A maior parte da população do mundo é excluída dos benefícios das tecnologias da informação
Jornalista Rosa Rodrigues
A revolução informacional se alastrou a partir dos anos 70 e 80, ganhando intensidade nos anos 90 com a propagação da internet, ou seja; da comunicação em rede por meio do computador. A partir daí entra em discussão a definição do que é Exclusisão Digital. A exclusisão digital é o não acesso da maior parte da população do mundo hoje às tecnologias de informação, principalmente a comunicação mediada, em rede, que atualmente é feita através de um computador, de uma linha telefônica e de um provedor de acesso.
A maior parte da população do mundo é hoje excluída deste benefício das tecnologias de informação porque esses avanços tecnológicos têm servido, na maior parte às elites mundiais. Por outro lado as principais atividades econômicas do mundo, assim como as universidades, encontram-se ligadas em rede e conseguem acompanhar o processo de produção e armazenamento de informação.
Jornalista Rosa Rodrigues
A revolução informacional se alastrou a partir dos anos 70 e 80, ganhando intensidade nos anos 90 com a propagação da internet, ou seja; da comunicação em rede por meio do computador. A partir daí entra em discussão a definição do que é Exclusisão Digital. A exclusisão digital é o não acesso da maior parte da população do mundo hoje às tecnologias de informação, principalmente a comunicação mediada, em rede, que atualmente é feita através de um computador, de uma linha telefônica e de um provedor de acesso.
A maior parte da população do mundo é hoje excluída deste benefício das tecnologias de informação porque esses avanços tecnológicos têm servido, na maior parte às elites mundiais. Por outro lado as principais atividades econômicas do mundo, assim como as universidades, encontram-se ligadas em rede e conseguem acompanhar o processo de produção e armazenamento de informação.
A tecnologia da informação, abandonada às forças de mercado, não gera uma menor desigualdade, mas amplia, como é o caso da Unesco, ONU e G-8 que determinam diretrizes, mas, efetivamente com tantos outros problemas da humanidade que têm vínculos com a pobreza não há políticas globais para enfrentar estes problemass.
Torna-sde muito problemático o fato de que governos, como o brasieliro, não tenham ainda percebido que é necessário transformar a questão da Exclusão Digital em políticas públicas, e exigir, nesses fóruns globais, recursos dos monópolios mundiais da informação.
Não é a toa que a Microsoft vale aproximadamente 35% do PIB brasileiro. Essas empresas fazem programas " para inglês ver" enquanto temos a necessidade de grandes políticas públicas de incorporações de pessoal ma área de informação para que nessa nova fase tecnológica se utilize da tecnologia para reduzir o problema da miséria.
Pobreza
É importante lembrar que não se combate a pobreza com cesta básica, mas oferecendo formas de superá-la. A pobreza se reduz superando-se as condições que a reproduzem. Isso significa colocar a população em condições de ter capacidades cognetivas, de manusear e acessar o que existe de mais moderno na economia, pois a pobreza nada mais é que, problema social e hoje a riqueza tecnológica está concentrada em países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Japão entre outros.
Segundo Pierre Lévy, a cibercultura reúne de forma caótica todas as heresias. Mistura os cidadãos com os bábaros, os pretensos ignorantes e os sábios. Contrariamente às separações do universal clássico, suas fronteiras são imprecisas, móveis e provisórias. Mas a desqualificação dos excluídos deixa por isso de ser terrível.
Telecentros
Em São Paulo por exemplo, existem os telecentros, a finalidade de disponibilizar publicamente máquinas para acesso rápido à internet, como agências dos correios e bibliotecas. O telecentros são importantes e seria um meio de pressionar principalmente os governos regionais a atentar para as necessidades da população. Nos telecentros as comunidades fazem suas agências de notícias, o que facilita a divulgação das informações sob a ótica delas.
Segundo o estudante do curso de Ciências da Computação da Faculdade Lions Flávio Barreto, "Os telecentros de Goiânia não estão aptos a oferecer à população oportunidades de tele-trabalho, porque estes ainda estão em fase de testes em nossa região, por outro lado, à comunidade ainda desconhece esse sistema, devido a falta de divulgação, principalmente do governo estadual" enfatiza.
Com os telecentros hoje, não é necessário o mesmo deslocamento físico que se tinha no passado, ainda que, por outro lado, estes deslocamaentos estarão acontecendo com mais intensidade, mas para atividades de lazer e integração das pessoas.
De acordo com o antropólogo Gustavo Lins Ribeiro, a internet está construindo, com o passar dos tempos e das horas, uma opinião pública mundial. Assim como os jornais foram importantes para pautar o que estamos conversando além dos nossos limites domésticos, a internet permite reduzir o mundo todo em um quarteirão. A TV também permite essa integração mundial, mas não oferece a possibilidade a interagir com o usuário. O telefone permite a interação ao usuário, mas é ponto a ponto, e não em rede mundial, afirma Gustavo.
Para Pierre Lévy, estudioso da sociedade da informação e da cibercultura, as performances industriais e comerciais das companhias, das regiões, das grandes zonas geopolíticas, são intimamente correlacionadas a políticas de gestão do saber. Ou seja, isso significa que o conhecimento e a constante geração de competências são principais fontes de riquezas das empresas, metrópoles e nações.
Portanto, informação, expressão e comunicação nada mais é que uma revolução da comunicação onde engloba tudo, desde serviços e grandes possibilidades. Ontem o que dependia do telefone era diferente do que dependia do rádio ou da revolução da televisão. Amanhã, ao contrário, a mudança não é somente técnica, é também cultural.
A ideologia tecnológica estabelece uma continuidade entre grandes serviços e aplicação, inovação e prática. A internet é a ilustração mais espetacular do antigo sonho.
Um sistema de informação não é sempre uma mídia, é uma grande quantidade de informações de tipos e de estatutos diferentes. A net é o império da informação para todas as direções e o Paraíso da Interação, império da expressão através de chats. Na net pode-se dizer muitas coisas mais que no rádio e na televisão.
Um sistema de informação não é sempre uma mídia. A primeira diferença é: A informação remete ao conhecimento de uma sociedade complexa. A expressão nos levam a necessidade livre, mas provocada de solidões interativas. A comunicação implica a dificuldade de intercompreensão, contrapondo a velocidade da informação com a lentidão da comunicação.
A segunda diferença é que o mundo da multimídia está em ebulição constante, provocando o sentimento exato de ser um terreno de aventura sem limites. Ao contrário, pelo lado das mídias tudo é contido por trinta a cinquenta anos de legislação, de tradições culturais e profissionais, pelas práticas e inserções na sociedade.
E a terceira diferençã é que com os computadores, se está no lado da produção e da rentabilidade, enquanto que com as mídias se está no lado da política ou da cultura. Da mesma forma que as relações entre a imprensa escrita e a televisão dificilmente são simples, as dos meios da informática, das telecomunicações e das mídias não são menos dificeis.
A definição de uma mídia não remete somente à representação de seu público, ela integraa também uma visãoda relação entre a escala coletiva, então uma certa visão das relações sociais. A existência de uma mídia remete sempre à existência de uma comunidade. Quanto ao que é essencial a Net não é uma mídia. É um formidável sistema de transmissão e de acesso a um número incalculável de in formações.
É por isso que temos que sair da Web sem regulamentação, essa web devastada pelos piores vírus, os das desigualdades, das manipulações e mitos. É preciso colocar as novas tecnologias de comunicação em seu lugar, colocando de um lado as necessidades de troca, de outro a busca por uma intercompreenssão.