quinta-feira, 18 de junho de 2009

AS LEIS DO BRASIL NOS ENVERGONHAM. ESTOU DE LUTO PELA A QUEDA DA OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA DE JORNALISTA. AGORA A CASA CAI DE VEZ!!!!


Longa Tramitação



Disputa judicial se arrasta desde 2001

O embate em torno da constitucionalidade da exigência de diploma de curso superior em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão transcorre nas esferas judiciais há quase nove anos. Dispostos a quebrar com um dos pilares da regulamentação profissional dos jornalistas e a prosseguirem desrespeitando os direitos dos trabalhadores, representantes das empresas de comunicação alimentam esta disputa, que terá seu desfecho com o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961. Veja, a seguir, alguns dos principais momentos deste imbróglio.



Em 2001 a juíza Carla Abrantkoski Rister, da 16ª Vara Federal em São Paulo concedeu uma liminar em Ação Civil Pública do Ministério Público, a pedido do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo, suspendendo a exigência do diploma de graduação em comunicação social para a concessão do registro profissional.



Contra o despacho liminar (antecipação dos efeitos da tutela), a FENAJ, juntamente com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, ingressou com um pedido de intervenção como terceiro prejudicado no processo e, ao mesmo tempo, ingressou com um recurso (Agravo de Instrumento) perante o Tribunal Regional Federal de São Paulo visando a suspensão daquela decisão. A Advocacia Geral da União também ingressou com recurso contra a mesma decisão.




No dia 26 de outubro de 2005, 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região derruba a liminar. “Não se pode confundir liberdade de manifestação do pensamento ou de expressão com liberdade de profissão. Quanto a esta, a Constituição assegurou o seu livre exercício, desde que atendidas as qualificações profissionais estabelecidas em lei (art. 5º, XIII). O texto constitucional não deixa dúvidas, portanto, de que a lei ordinária pode estabelecer as qualificações profissionais necessárias para o livre exercício de determinada profissão”, sustentou o relator, juiz Manoel Álvares. O acórdão do julgamento diz, também, que “O inciso XIII do art. 5º da Constituição Federal de 1988 atribui ao legislador ordinário a regulamentação de exigência de qualificação para o exercício de determinadas profissões de interesse e relevância pública e social, dentre as quais, notoriamente, se enquadra a de jornalista, ante os reflexos que seu exercício traz à Nação, ao indivíduo e à coletividade”.



Em julgamento realizado no dia 08, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que para o exercício do jornalismo é necessária a apresentação de diploma de nível superior em comunicação social, com habilitação em jornalismo. A decisão foi da Primeira Seção do STJ em mandado de segurança impetrado pelo médico José Eduardo Marques contra portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, publicada no início do ano e que anulava todos os registros precários. A votação foi unânime e seguiu integralmente o parecer do relator do processo, ministro José Delgado.




Em seu voto, o ministro destacou que a profissão de jornalista é regulada pelo Decreto-Lei 972, de 1969, com alterações de leis subseqüentes e que, desde então, exige-se o diploma de nível superior para o seu exercício. Para o magistrado não há dúvidas de que o artigo 5º, inciso XIII, da Constituição condiciona o exercício profissional ao atendimento das exigências legais.




No entanto, no dia 21/11/2006 a Segunda Turma do STF confirmou liminar à Ação Cautelar proposta pela Procuradoria Geral da República, permitindo o exercício do jornalismo por precários até decisão final do próprio STF sobre o Recurso RE 511961.

Em defesa da Profissão



Recurso contra o diploma vai a julgamento no STF hoje

O Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência de diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, volta à pauta do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira. A FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e entidades apoiadoras da Campanha em Defesa do Diploma promovem novos movimentos para assegurar esta conquista que em 2009 completa 40 anos.O recurso contra o diploma é o segundo ponto da pauta do STF nesta quarta-feira. A Executiva da FENAJ montou esquema de mobilização nas escolas e locais de trabalho de Brasília para novo ato no STF. Também intensificou contatos políticos para fortalecer o movimento. Já o GT da campanha em defesa do diploma encaminhou orientações para mobilização dos Sindicatos, profissionais, professores, estudantes, entidades regionais, seções estaduais de entidades nacionais, bancadas de cada estado e personalidades. Também destacou a importância do envio de mensagens de sensibilização aos ministros do STF a partir de sugestão contida no site da FENAJ. A perspectiva é de novas atividades em vários estados, paralelamente à sessão do STF em Brasília, que começa às 14h e deve ser transmitida pela TV Justiça.



Artigo


Uma polêmica do tempo do Getúlio



Nilson Lage

Há 70 anos, em 30 de novembro de 1938, o presidente Getúlio Vargas regulamentou a profissão de jornalista – e, no mesmo decreto, previu a formação em cursos superiores específicos, reivindicação da categoria que data dos primeiros anos do Século XX. Levaria bom tempo até que se implantassem o primeiro curso, na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, e a primeira faculdade, a Casper Líbero, em São Paulo.

A resistência interna era grande. De um lado, o patronato, constituído de “jornalistas” por direito de propriedade; de outro, alguns dos profissionais próximos do ápice da pirâmide salarial, motivados por um fenômeno que ainda se observa hoje em dia: a tendência de assumir como sua a ideologia da empresa em que trabalham. No ponto da carreira em que estão, já não importa de onde venham os novos profission ais: julgam-se seguros com seus invejáveis portfólios e denodados serviços.

Outra matriz de descontentamento decorre da tradição liberal, cara àqueles setores de onde, outrora, saíam jornalistas de prestígio. Vindos, em regra, das faculdades de direito, davam-se bem com o estilo parnasiano da imprensa das primeiras décadas do Século XX. Espécimes desse linguajar obsoleto (tentem ler Paulo Barreto ou Humberto de Campos) sobrevivem, ainda, em chavões nos meios jurídicos.

A insatisfação “progressista” é pior: imagina que milhões de trabalhadores, depois do jantar e em lugar de assistir à novela, sentarão diante do computador para produzir o editorial do dia. Naturalmente, nesses tempos impossíveis, o “povo” teria acesso às fontes noticiosas primárias “sem intermediários” e caberia “à sociedade” a fiscalização direta da mídia. O povo tem mais o que fazer e não é próprio da sociedade fiscalizar coisa alguma.

A experiência de sete décadas de tentativa e erro, de uma protelação a outra, deixou claro, no entanto, o acerto de algumas proposições:

1- Qualquer regulamentação profissional depende da formação dos jornalistas e da capacidade que tenham de impor o respeito a seu trabalho, que objetiva assegurar o direito da sociedade à informação;

2- No mundo moderno, formação e respeitabilidade dependem do acesso ao conhecimento da realidade contingente, das técnicas e da ética do Jornalismo, algo que a graduação universitária pretende fornecer. Se não fornece, é o caso de mudá-la, não de extingui-la ou torná-la adereço dispensável;

3- Regulamentação e formação específica não restringem de modo algum o direito dos cidadãos de manifestar-se sobre assuntos de sua especialidade ou interesse. Pelo contrário, a tecnologia ampliou as oportunidades de manifestação através da Internet – em particular em blogs e e-mails;

4- Regulamento e formação específica reduzem, no entanto, o poder patronal de ditar quem é e quem não é jornalista, bem como dividir as redações, como ocorria em outros tempos, entre apuradores semi-alfabetizados e o número mínimo de redatores, alguns dos quais utilizavam a profissão como plataforma para carreiras políticas ou punham-se a serviço de interesses escusos.

A questão não se restringe ao ambiente profissional. Transborda para a cidadania, no momento em que núcleos de poder buscam controlar e silenciar a imprensa, particularmente quando ela expõe mecanismos de privilégio vigentes no país.

(*) Nilson Lage, jornalista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina. (**) Este artigo foi publicado na Revista Lide n.º 55 em 2008.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Edição no Jornalismo Impresso - Gazeta Mercantil



O
jornal Gazeta Mercantil é publicado desde 1920 e pertence a família Levy.
Há alguns anos, foi considerado um dos cinco melhores de economia pela revista Fortune.


- Basicamente um jornal de economia, publicado de segunda à Sexta-feira.

- Com aproximadamente 106 mil exemplares dos quais 100 mil são assinaturas, a média é de 3,8 leitores por exemplar.


Público alvo


Empresários, executivos e políticos.


- Cadernos

São quatro cadernos (A,B,C e D) diários.

Caderno – A > divididos em assuntos de maior relevância (opinião, política, nacional, internacional e legislativo.

Caderno – B > Finanças & Negócios. Informações sobre (cotações, juros, câmbios, commodities, mercados de seguros, cartões de crédito, leasing, bolsa...).

Caderno – C > Empresas & Negócios. (artigos relativos a fusões e aquisições, administração e marketing, oportunidade de negócios em informática e telecomunicações, publicidade, processos industriais, desenvolvimentos tecnológicos, agribusiness).

Caderno – D > impresso separado de acordo com as oito regionais. (publicidade, anunciantes de diversos setores). Cada dia da semana são tratados assuntos diferentes: (na 2ª-feira -Talentos & Carreira – 3ª, Viagens – 4ª, Estilo – 5ª, Propriedades – 6ª, Motores).


Alguns semanais



Gazeta Mercantil Latino Americana (GMLA) – na forma de tablóide – aborda tendências do MercoSul e curiosidade de cada região.
GMLA – contém 10 seções; Empresa & Negocios, Legislação, Economia, Política, Cultura, Turismo & Esportes, Agenda do MercoSul, Mercados Financeiro, Capitais, Agribusiness e Opinião.
Nas sextas-feiras, - caderno - Leitura de Fim de Semana sobre atualidade mundial (ciência, tecnologia, genética, medicina, teatro, cinema, restaurantes, arte e lazer, moda, literatura e música).

Fonte de informações

- Agência Reuters.
- Revista Economist.
- Jornal Financial Times.
- Revista Busines Week
- Fechou acordo com Foreign Affairs-publicação do Counsil of Foreign Relatins (Instituto de estudos e pesquisas de grande influência dentro e fora dos EUA).


Faturamento

Em 1995, foi entre 85 e 89 milhões de dólares.
Espera-se chegar em torno de 140 a 150 milhões de dólares no final de 1997.


Pretensões para o futuro

Há mais espaço para a cobertura esportiva, pois nota-se que este é um negócio lucrativo e uma boa oportunidade de investimento e faturamento.


Projeto gráfico

Páginas mais arejadas
Aumentou o corpo do jornal,(antes era de difícil leitura)
O jornal possui 6 coluna, exceto a primeira página, que faz lembrar a qualidade tradicional de velhos tempos de publicação, mesmo assim ele inovou.


Mais fotos. Mas não apresenta um bom departamento fotográfico e boa qualidade de imagem.


Colunistas têm um lugar nobre no periódico.
Um Correspondente em Tóquio – Washington, dois em New York , que são pautados pelos chefes de cada seção.
As sucursais são independentes, têm liberdade de ação na cobertura do dia a dia.
Repórteres escrevem e dão sugestão de pautas.

Texto

Antes valorizava mais o jornalista de renome e o texto nem sempre recebia atenção.

Hoje um jornalista FOCA pode ter sua matéria como manchete.

O profissional

Na opinião do editor Antônio Pimenta, ele acredita na democracia, na liberdade política e na liberdade econômica. Por não ser um jornal de massa e sim de elite, Pimenta procura compor a redação por jornalista que trabalham incansavelmente para policiar a própria reação diante dos acontecimentos. Não se deve deixar ser influenciado pelo departamento comercial do jornal Gazeta Mercantil.


Objetivo

Continuar fazendo o melhor trabalho na área econômica, para ganhar prestígio na área política. E dá inspiração principalmente para investimento entre grandes empresários.


A fotografia é a feliz arte da combinação de cor e luz, formadora de uma simpática imagem aos nossos olhos



M
agro ou gordinho? Essa é a máquina fotográfica do futuro.
Tire a foto, entre em “Menu”, depois em “Aplicar efeitos artísticos” e escolha a função. Pronto está aí a fotografia da pessoa que alguns quilinhos a menos e pode também corrigir cores e criar 12 efeitos estilizados e tudo isso sem a necessidade de usar o computador.


A máquina modelo HP Photosmart R727, já está nas lojas do Brasil. De tela colorida de 2,5 polegas e com a possibilidade de imprimi-las em tamanho pôster. E sem importar a distância captura a imagem que o fotógrafo deseja tudo porque o zoom digital é de 8x e o zoom ótico de 3x.


Mas para quem está buscando uns quilinhos a mais a máquina fotográfica pode também esticar a imagem.

Fotografia - Composição - desobedecendo às regras

Fotógrafa Rosa Rodrigues JP.: 2283
O fotógrafo deve permitir que sobre a fotografia prevaleça seu próprio gosto, instinto artísticos, é preciso alguma prática para que se possa destingüir entre arranjo agradavelmente assimétrico e outro que apenas chega a confundir o olhar.


Sacrificar a composição em nome do efeito, por exemplo: o lado humorístico da fotografia, é preciso fazer uma divisão de imagem vertical, horizontal e diagonal.



Ponto de Vista e Perspectiva


As fotografias são bidimensionais: possuem largura e comprimento, e para se conseguir o efeito de profundidade é preciso que uma terceira dimensão seja introduzida – perspectiva.



Reconhecendo a perspectiva


Em essência, a perspectiva pode ser criada por três métodos. O mais importante é o da redução da escala, pelo qual, quanto mais afastados estiverem do espectador, menores parecem tornar-se objetos do mesmo tamanho. O segundo, e talvez o de efeito imediato mais óbvio, equivale à perspectiva linear - linhas retas e paralelas dando a impressão de convergir a distância.




A perspectiva superposta constitui o terceiro método, e nesse caso, pelo fato de um dos objetos encobrir parcialmente o outro, obtém-se uma sensação de profundidade. Uma Compreensão da perspectiva auxiliará o fotógrafo a compor melhor suas fotos.



Não obstante, existem muitas situações, em fotografia, nas quais a profundidade e a perspectiva são definitivamente indesejáveis - quando a profundidade é menos relevante que a escala dos objetos. Por outro lado, às vezes é possível melhorar muito uma foto através da introdução de objetos no primeiro plano e no plano intermediário - um recurso para se criar deliberadamente uma sensação de profundidade.

O Mundo da Máquina Fotográfica - A Objetiva e a Focalização


Raios só formam uma imagem sobre uma tela quando se usa algo para ¨ controlá - los¨ e, em uma câmara, essa tarefa cabe á lente.

* Distância Focal

Quanto mais espessa e curva a superfície de uma lente , maior sua capacidade de desviar luz.


A distância focal também está relacionada á área da cena reproduzida sobre o filme por uma objetiva, seu ângulo de visão.



Forma


Ocupamos um espaço no universo e neste espaço deparamos com diversas formas; forma visual, concreta, escrita, estética, física, abstrata, emotiva e simbólica.


Do princípio jornalístico passamos a observar o fato. De que forma tudo aconteceu? Pois as imagens nos levam a questionar aquilo que é ou não possível tocar. Se o leitor depara com uma forma escrita duvidosa, ele começa a buscar explicações lógicas.


Se uma foto foi impressa de qualquer jeito, atrapalha totalmente a conclusão de uma matéria, pois esta foto tem o dever de corresponder ao que está escrito e evidentemente levar quem a ler a uma reação; seja emotiva ou não.

Para concluir o melhor trabalho em um jornal ou revista é dever do pauteiro, repórter, diagramador observar todo o conteúdo produzido pois amanhã ele estará na primeira banca à venda e esta será a prova concreta de um bom trabalho, o que simbolicamente o fará reconhecido ou não.

O mundo da Máquina Fotográfica - História - Progresso e Retratos


Foi Sir John Herschel, cientista e amigo de Talbot, que sugeriu o uso de diversos processos químicos , inclusive o do hipossulfito como agente fixador . Cunhou a palavra Fotografia ( 1839 ) e introduziu os termos ¨Positivo ¨e¨ Negativo¨ na nomenclatura referente ao calótipo. Outro revolucionário foi Frederick Scott Archer, o inventor do processo de colódio úmido (1851) responsável por tornar obsoletos tanto os calótipos quantos os talbótipos , mas Sir James Clerk - Maxwell físico escocês e o primeiro a demonstrar o princípio da combinação das cores, em 1861.


A Evolução da Máquina Fotográfica


O aperfeiçoamento da máquina fotográfica caracteriza - se por sua crescente sofisticação e tamanho sempre mais reduzido. Embora o plástico desempenhe hoje um papel de importância na fabricação das câmaras, todas as armações de tamanho grande já haviam sido superadas quando o modelo Leica surgiu pela primeira vez, em 1913. A exceção mais digna de nota é a máquina reflex mono-objetiva ( SLR ) de negativos de 35 mm, cuja fabricação foi iniciada na década de 1930.



Construída por André Giroux, a primeira câmara para daguerreótipos a ser comercializada compunha - se de dois estojos que se encaixavam, um dentro do outro , para focalizar a objetiva na tela de vidro despolido, atrás . Um simples disco de metal na frente da objetiva era o obturador. A lente tinha uma distância focal de 38 cm e uma abertura útil de f14.




Usada por Talbot por volta de 1840 para produzir alguns de seus primeiros negativos, esta máquina possuía uma simples objetiva de microscópio e armação ajustável. O irifício de focalização podia ser fechado com uma rolha; o papel sensível ficava preso á superfície interna atrás da caixa.





A partir de 1851, as câmaras para chapas úmidas substituiram rapidamente os processos de daguerreotipa e calotipia, porém a invenção da gelatina, por sua vez, não tardou a fazer da chapa seca o elemento predominante na fotografia.



Lançada em 1888, a Kodak de George Eastman permitia que se fizessem cem exposições em um filme em rolo. Qualquer objeto situado a uma distância superior a 1,2 m encontrava - se automaticamente em foco. Para processar o filme era necessário enviar a máquina de volta á fábrica. A Brownie , vendida por 1 dólar, ou 5 xelins , finalmente tornou a fotografia acessível ao grande público, em 1900.



A Leica, lançada no mercado em 1925, foi a primeira máquina fotográfica miniaturizada de precisão. Graças a seu obturador de plano focal e transportador de filme acoplado, preparou o terreno para a revolução ocorrida no sistema de fotografia de 35 mm. Ela continua a ser a melhor máquina de 35 mm não - reflex.



A Era dos Retratos - a possibilidade de tirar retratos fiéis, com rapidez e poucos gastos, foi o segredo da pronta popularização da fotografia e, em especial, dos processos do daguerreótipo e das chapas molhadas. Em 1849, o poeta francês Charles Baudelaire deplorava ¨nossa sociedade sórdida, pois induz os Narcisos á uma exultação unânime sobre suas imagens banais, gravadas sobre um pedaço de metal¨. Não obstante, posou para um retrato, tirado por Ètienne Carjat . Outros satirizavam o fotógrafo e seus métodos. Por volta de 1850, havia 71 galerias de retratos em Nova York, e um número quase equivalente em Londres.



Gaspar Félix Tournachon, ou Nadar, ex- caricaturista e escritor, enteressou - se pela fotografia em 1853 e, além de retratar praticamente todaes as personalidades ilustres de París ( inclusive sarah Bernhardt ) foi também pioneiro em diversos campos. Encontrava - se entre os primeiros dos muitos que fizeram experiências com a luz elétrica na fotografia , foi o primeiro a tirar fotos subterrâneas das catatumbas de París em 1861 e a promover uma entrevista fotográfica , para a qual convidou o químico centenário M.E. Chevreul, em 1886. Foi no estúdio de Nadar que os pintores impressionistas pela primeira vez expuseram suas obras. Era sem dúvida o mais famoso de todos os fotógrafos de retratos em atividades durante a época em que essa moda teve seu auge ( 1845 - 90 ). Uma de suas façanhas foi ser o primeiro a fotografar de um balão. As interpretações da proeza, feita pela imprensa europeia.




Foi em 1854, André Disderi patenteou um sistema para tirar diversos retratos, até dez, em uma única chapa. A Carte - de -Visite, já um excelente negócio , transformou - se em verdadeira mania a partir de 1859, quando Napoleão III, ao conduzir suas tropas para fora de París a fim de lutar contra os austríacos, deteve - se á porta do estúdio de Disderi, pois desejava um retrato múltiplo. No auge dessa moda as cartes das celebridades vendiam - se aos milhares. Disderi abriu filiais em Madri e Londres, mas morreu cego, surdo e na miséria, em 1890 .



Ponto de Vista e Composição


A capacidade para selecionar e dispor os elementos de uma fotografia depende em grande parte do ponto de vista do fotَgrafo. Na verdade, o lugar onde ele decide se colocar para bater uma foto constitui uma de suas decisُes mais críticas.



A composição nada mais é do que a arte de dispor os elemento do tema - forma, linhas, tons e cores- de maneira organizada e agradável. É sempre aconselhável começar com um único objeto, de preferência aquele ao qual se pretende conferir maior destaque, e então acrescentar os outros, um e um , afastando-se deles a cada vez, a fim de analisar as relações existentes entre eles. Nesse exercício, não é sequer necessário fotografar os objetos, basta apenas estudar os efeitos com um visor de cartolina e as menores mudanças podem ter conseqüências surpreendentes na estrutura e equilíbrio de uma fotografia.



Luz, forma e tom



A maioria dos objetos de uso diلrio pode ser identificada apenas pelo seu contorno.




A luz é indispensável à fotografia. A luz, a sombra e as altas-luzes, e é isso o que revela a forma espacial, o tom, a textura e o desenho.



Qualidade e direção da luz


A forma espacial afetada pela qualidade e direção da luz é o termo empregado para definirem a natureza da fonte emissora de luz: ela deve ser suave, produzindo sombras tênus, em bordas pouco marcadas.
A direção da luz é igualmente importante para a forma espacial.



Luz e Textura



A textura e a forma espacial estão intimamente relacionadas, entendendo-se como textura a forma espacial de uma superfície.



Se uma fonte de luz dirigida e de pouca densidade representa o melhor meio para expor a forma espacial, a textura via regra exige uma fonte de luz mais forte até mais dirigida para ser acentuada. Porém, como também acontece com a forma espacial, quanto mais definida a textura, menor é a intensidade de luz necessária, quanto mais o fotógrafo tornar consciente da distribuição de luz e sombra em seu tema ou modelo, mais apto estará a utilizar a luz para conseguir o máximo de efeitos.


Acrescentando o elemento táctil



A textura deve ser considerada um fator de importância em uma fotografia, em virtude de criar uma sensação de tato, em termos visuais, conduzindo uma qualidade palpável à forma plana, espacial e cor.



A importância dos desenhos



Em virtude de serem extremamente fotogênicos, os desenhos tornaram-se um chavão fotográfico. Eles jamais devereiam ser utilizados apenas por possuírem interesses, mas sim como parte integrante da fotografia.


Um desenho não é nada além da repetição de uma forma plana, não existindo regras para determinarem o uso da luz, com a finalidade específica de tornar os desenhos visíveis.



O Mundo da Máquina Fotográfica - A Histَria da Fotografia


* Os Pioneiros




Joseph Nicéphore Niepce foi a primeira pessoa do mundo a tirar uma fotografia, em 1826, mas seu processo heliográfico era inadequado para as reproduções comuns. Os artistas utilizaram a câmara escura - tipo caixão, portátil e reflex durante 150 anos , antes do advento da fotografia. Depois de Joseph, Louis J. Mandé Daguerre um talentoso tanto como pintor de paisagens quantos como desenhista de cenários para peças de teatro, além de astuto empresário, Daguerre alcançou fama em 1822 com a encenação do diorama, em Paris, um espetáculo multicor onde combinava vistas panorâmicas e efeitos variáveis de luz e primeiros planos.


Embora tivesse se associado a Joseph em 1829, foi só em 1835, dois anos após a morte deste último, que Daguerre fez a descoberta graças á qual se firmaria como praticamente o único inventor da fotografia prática.



Dois anos antes, Daguerre guardara, displicentemente, uma chapa sensibilizada com iodeto de prata em um armário, e ao abri-lo, no dia seguinte , encontrara uma imagem revelada. Segundo a lenda criada, o então misterioso agente revelador - o valor de mercúrio seria proveniente de um termômentro quebrado.


Daguerre não tardou a chamar a atenção dos grupos elegantes da sociedade francesa, com fotografias como Tulherias. Em certo sentido , a revolução fotográfica teve início no dia 19 de agosto de 1839, quando a nova técnica e imagens como essa foram apresentadas aos membros da Academia de Ciências e da Academia de Belas - Artes. Poucas semanas depois, os vendedores de instrumentos de óptica eram assediados por pedidos de equipamentos.


A febre da fotografia começou quando uma caricatura francesa satirizava a nova mania. Em meados de outubro de 1839, os daguerreótipos eram vendidos em sete países da Europa e nos EUA, e, no final de1840, o manual de autoria de Daguerre era vendido em oito línguas Em março daquele mesmo ano, Alexander Walcott abriu ao público o primeiro estúdio de retratos em Nova York, no que não tardou a ser imitado por Richard Beard, em Londres 1841. Apesar de tudo, aquela invenção ainda era imperfeita , sendo capaz de proporcionar apenas um positivo simples, uma fotografia .


O calótipo tirado em 1845 , tendo como tema o estúdio fotográfico de Talbot, em Reading, Berkshire. Esse processo era utilizado principalmente por amadores que se dedicavam á reprodução de paisagens, mas, na Escócia, David Octavius Hill e Robert Adamson associaram - se para criar uma série notável de fotografias, na qual se incluía Os Jovens McCandlish ( 1846 ).


O primeiro negativo surgiu por volta de 1835, Talbot já abtivera seus primeiros negativos, sendo o exemplo mais antigo a janela de rótula de sua casa, situada em Lacock Abbey, em Wiltshire. Porém , passaram - se ainda cinco anos até que ele começasse a usar iodeto de prata e percebesse que os tempos de exposição poderiam ser drasticamente reduzidos para menos de 1 min, se tentasse registrar uma imagem latente, revelando - a depois de algum tempo. Ele na verdade revelou e copiou seu primeiro calótipo (mais tarde, talbótipo) no dia 23 de setembro de 1840, e revelou o desenvolvimento de seu trabalho em um livro estupendo , chamado The Pencil Of Nature ( 1844 ).


William Henry Fox Talbot , cientista , poliglota , viajante e ex - membro do Parlamento , Talbot deu início a suas pesquisas em 1833 , em busca de uma imagem fotografica inalterável. Poucos meses depois, já obtinha negativos minúsculos após uma exposição de 30 min em máquinas fotográficas de fabricação local, designadas por sua esposa como ¨Ratoeiras¨. Contudo, foi só no final de 1840, depois do triunfo de Daguerre, que ele passou a fazer processos palpáveis e inventou o primeiro processo prático para á produção de um número indeterminado de cópias a partir do negativo original .





Fotografia


Fotógrafa Rosa Rodrigues - JP.: 2283

A fotografia é uma arte? Em si a fotografia é apenas um meio (como a pintura a óleo, ou pastel) utilizado para fazer arte, sem qualquer pretensão intríseca de ser arte.


Como a xilogravura, a água-forte, a gravura em cobre e a litogravura, a fotografia é uma forma de impressão que depende de processos mecânicos. Ela nunca resulta em uma reprodução completamente fiel da realidade. Sejamos ou não capazes de perceber tal fato, a câmara altera as aparências e reinterpretação mundo á nossa volta, fazendo com que o vejamos , literalmente, em novos termos.


A fotografia não era nem inevitável na história da tecnologia nem necessária para a história da arte, no entanto, era uma idéia cuja época havia claramente chegado.



A invenção da fotografia foi uma resposta aos anseios artísticos e forças históricas subjacentes ao Romantismo. Grande parte do impulso veio de uma busca do verdadeiro e do natural. O desejo de obter imagens criadas pela Natureza.



Por volta de 1800, grande parte da burguesia mandava fazer retratos seus, e foi nos retratos que a fotografia obteve sua aceitação mais imediata. Ao longo do processo, o homem comum passou a ser assim, uma projeção dos valores democráticos incentivados pelas revoluções francesa e americana.


A noção que permeou o século XIX, segundo a qual o presente já era a história em movimento foi fundamental para a ascensão da fotografia.


A fotografia voltou-se também á representação da realidade dos eventos contemporâneos. Essa concepção trouxe em seu bojo um novo tipo de fotografia: o fotojornalismo. primeiro grande representante: Mathew Brady - fez a cobertura da Guerra Civil.


Durante a segunda metade do séc. XIX, a imprensa teve um papel fundamental no movimento social que colocou a terrível realidade da pobreza diante dos olhos do público.


Durante o séc. XIX a fotografia lutou para firmar-se como arte, mas não foi capaz de encontrar sua identidade. Foi apenas sob condições extraordinárias de conflitos políticos e reformas sociais que ela se voltou para o tema fundamental da arte, que é a própria vida.


Louis Lumiére - introduziu a fotografia em cores, em 1907. A fotografia criou uma nova forma de arte, o cinema.


A fotografia é a feliz arte da combinação de cor e luz, formadora de uma simpática imagem aos nossos olhos.

Saiba mais sobre o livro.: Síntese da linguagem visual de Donis A. Dondis





Cap. 8 e 9

As artes visuais – Função e mensagem



Quais são as razões básicas e subjacentes para a criação de todas as inúmeras formas de materiais visuais?


A principal razão é a necessidade tanto do cotidiano quanto para a auto - expressão de um estado de espírito ou de uma idéia.



No modo visual, muitos objetos se destinam a glorificar ou a preservar a memória de um indivíduo ou grupo.



Registrar, preservar, reproduzir e edificar; são princípios de demonstrar e ensinar formal ou informalmente, afim de ampliar a comunicação humana.


Os dados visuais podem transmitir informação, mensagens ou sentimental. Toda forma visual concebível tem uma capacidade incomparável de informar o observador sobre si mesma e seu próprio mundo, ou ainda sobre outros tempos e lugares, distantes e desconhecidos.


A propaganda desempenha papéis importantíssimos. Por exemplo, um poster que se destina basicamente a anunciar uma marca de calçado com a modelo Gisele Bündchen, acaba se destinando a decorar um ambiente da casa, por exemplo na cabeceira da cama, porque a forma em que foi feita torna-se interessante, uma arte, convida quem a vê a interpretá-la, à interrogar a sua natureza de comunicar.


Alguns aspectos universais da comunicação visual


Na Idade Média e no Renascimento, o artista servia à igreja como propagandista. Nos vitrais, nas estátuas, nos entalhes e afrescos, nas pinturas e ilustrações de manuscritos, era ele quem transmitia visualmente “a palavra” a um público que, graças a seus esforços, podia ver as histórias bíblicas de forma palpável.



A sutileza e a sofisticação tendem a ser contrapruducentes. Deve-se buscar um equilíbrio ideal: nem uma simplificação exagerada, que exclua detalhes importantes , nem a complexidade que introduza detalhes desnecessários. São essas observações que amplia, reforça a compreensão.


O realismo simplificado foi também a abordagem de um extraordinário grupo de pintores mexicanos - Siqueros, Orozco e Rivera – para transmitir as mensagens de revolução social de seus governos. Eles e muitos outros artistas ressuscitaram a técnica do afresco, e usaram – na para decorar os muros das cidades provincianas com imagens cujos objetivo fundamental era a propaganda política.


A compreensão visual é um meio natural que não precisa ser aprendido, mas apenas refinado através do alfabetismo visual. Os cartuns e as charges são bons exemplos dessa forma de linguagem visual. O cartum é de conteúdo lúdico, atemporal. Não compromisso com formato de tamanhos definidos. Não tem um protagonista fixo. As charges sempre tratam de um assunto que é ou foi crítica ou admiração de um certo acontecimento na vida, na política, no país recente.


As placas de trânsito é uma forma de expressão, nos remetem mensagens.
Os símbolos lingüístico de perguntas e exclamação.


O punho cerrado com o polegar indicando uma determinada direção. O punho cerrado e o braço levantado é um símbolo da unidade comunista; a mão aberta, com a palma para baixo e o braço formando um ângulo com o corpo é a saudação fascista italianos, e mais tarde adotada pelos nazistas da S.A de Hitler.


Á dança, o teatro, os gestos, a expressão, a linguagem escrita, a simbolização e a linguagem de surdo e mudo, recebe o nome de “livras”, são artes de comunicar e todas estão ao alcance do leigo. De alguma forma há como entender. Mas o desenho industrial, a fotografia, a pintura, a escultura e a arquitetura exigem dos que os praticam um talento específico e uma formação especial. O entendimento dessas forças amplia o campo da experimentação e da interpretação tanto para o criador quanto para o observador, e os leva a um conjunto de critérios mais sofisticados de avaliação visual, capazes de unir mais estreitamente a realização e o significado.


Escultura



A essência da escultura consiste no fato de ser construída com materiais sólidos e existe em três dimensões. A maioria das outras formas de arte visual- pintura, desenho, artes gráficas, fotografia, cinema- apenas sugere as três dimensões através de uma utilização extremamente sofisticada da perspectativa e da luz e sombra do claro-escuro. A escultura existe numa forma que, além de poder ser tocada, também pode ser vista a partir de um número infinito de ângulos, com cada plano correspondendo àquilo que, em duas dimensões, seria um desenho completo.



A palavra escultura vem de sculpere, entalhar, embora o segundo método preferido em escultura não recorra ao entalhe, mas a um processo de construção que utiliza materiais maleáveis, como a argila ou a cera, oferecendo várias experimentações e alterações; durante o processo de construção.



Arquitetura



A arquitetura partilha com a escultura a característica da dimensão. Na arquitetura, a dimensão encerra um espaço cuja finalidade básica é proteger o homem contra os caprichos do meio ambiente. Qualquer tipo de edifício é um problema compositivo envolvendo os elementos visuais puros de tom, forma, textura, escala e dimensão. A casa é a unidade social básica, um lugar onde o homem pode dormir, preparar seu alimento, comer, trabalhar e manter – se aquecido e em segurança.



A medida que as culturas se tornam mais desenvolvidas, a arte e a técnica da construção passaram a servir também às atividades e aos interesses do homem: a sua religião, com a igreja, santuários e monumentos; a seu governo, com edifícios administrativos, câmaras legislativas e palácios de justiças; a seu lazer, com teatros, auditórios, ginásios de esportes e museus; a seu bem – estar e a sua educação, com hospitais, escolas, universidades e bibliotecas.



O estilo e a forma dos edifícios públicos e privados comunicam algo que ultrapassa suas funções sociais, expressando o gosto e as aspirações dos grupos sociais e das instituições que os conceberam e construíram. Os estilos arquitetônicos não só variam segundo a finalidade de um edifício, mas também segundo as tradições de uma cultura. Por isso o arquiteto deve ser um artesão e um engenheiro que conhece os métodos de construção e de manipulação de materiais.



Um sociólogo capaz de compreender sua própria cultura e criar projetos que respondam às necessidades de seu tempo e se ajuste coerentemente ao seu ambiente. E, o que é mais difícil ainda, deve ser um artista que conheça os elementos, as técnicas e os estilos das artes visuais, e consiga combinar a forma e a função, para atingir os efeitos pretendidos. Seu talento deve competir com o do escultor, afim de manifestar visões abstratas a serem esteticamente avaliadas.




Pintura




A contemplação da natureza, uma forma de o homem enxergar e compreender a si próprio, a glorificação de grupos ou indivíduos, a expressão de sentimentos religiosos e a decoração, para tornar mais agradável o ambiente humano.




A denominação “belas – artes”, em geral nos referimos à pintura e aos quadros transportáveis que pendem das paredes de casas, edifícios públicos e museus. As artes visuais derivou de muitas fontes, começando pelas primeiras tentativas feitas pelo homem pré-histórico para criar imagens, desenhadas ou pintadas, até chegar ao cenário da arte contemporânea, com seus críticos e admiradores.



Para ser válida, a arte nunca deve deixar de comunicar seu objetivo ela deve ser clara para que ninguém venha a questionar sua existência.



O artista, o pintor e o criador de imagens têm qualidades para o controle dos meios de comunicação que ainda fazem de seu produto uma parte desejável e necessária da experiência humana. Embora o produto pré – fotográfico que nos chegou através do pincel dos pintores nos ofereça relatos visuais de como eram as coisas, o tipo de roupa que as pessoas usavam e toda a informação visual que hoje só nos chega através da câmera, da qual, nesse aspecto, nos tornamos dependentes, os pintores fizeram muito mais que isso. Deram-nos insight, na exata medida de sua sensibilidade e talento. O método para o desenvolvimento de um desenho ou de uma pintura demonstra essa busca de controle dos meios de comunicação.


Ilustração


O toque essencialmente luminoso do ilustrador e a maestria de seu trabalho constituem seu principal fascínio e continua sendo fundamental para as revistas e a publicidade, mesmo depois de técnicas de reprodução fotográfica fantásticas inventadas. O ilustrador é antes de mais nada um visualizador da arte gráfica, é um especialista na sua área. Trabalha por encomenda, cria dentro de um prazo estabelecido pela publicação para a qual trabalha. Muito se exige dele, mas as recompensas são grandes.



Mas o objetivo básico do ilustrador é referencial, seja no caso uma fotografia, de um detalhado desenho a traço ou de uma fotogravura em preto e branco ou em cores. Trata-se, basicamente, de levar uma informação visual a um determinado público, informação que em geral significa a expansão de uma mensagem verbal. Assim, a variedade de ilustrações abrange desde desenhos detalhados de expressivos feitos por artistas talentosos e consumados, que acompanham um romance ou um poema.


Design Gráfico



Além de desenhar seu próprio tipo de impressão, precisavam aprender a fundi-lo em metal, a construir prensas, a comprar papel, a desenvolver tintas adequadas, a vender seus serviços, e frequentemente também a escrever o material que pretendiam imprimir. Ao longo dos séculos XVI e XVII, os impressores avançaram muito, aperfeiçoando constantemente seu ofício.



Para o desing gráfico, a industrialização e a produção em série começaram em meados do século XV, com o desenvolvimentodo tipo móvel, e seu grande momento foi assinalado pela impressão da Bíblia de Gutenberg. O livro foi impresso simultaneamente. O precursor do design gráfico era um trabalhador especializado, a quem se costumava chamar “artista comercial”, denominação que contém uma certa carga pejorativa. Quando talentoso, esse tipo de profissional foi mais tarde resgatado da cidadania de Segunda classe que tinha sido condenado pelos pintores e críticos.



O designer aprendeu a trabalhar em harmonia com o impressor, e essa cooperação tem sido um dos mais importantes farores da qualidade cada vez msior do design na impressão contemprânea. A experimentação no design levou a resultados sólidos e dinâmicos, tanto em termos da eficácia da comunicação, quanto da criação de um produto mais atraente. Embora o esboço do design gráfico seja comparável ao esboço na pintura e na escultura, ele é mais literal. Ele pode na sua busca preliminar das possíveis soluções, buscar modificações com grande liberdade. Na impressão, por exemplo, o elemento visual dominante é a linha; outros elementos,como o tom, a cor, a textura ou a ecala, são secundários. O design pode optar por por diferentes técnicas visuais, num processo claro entre forma e conteúdo e tudo isso porque na impressão há a combinação de palavras, imagens e fórmulas abstratas combinando também o verbal com o visual, numa tentativa direta de transmitir informações.


Artesanato



Hoje em dia, os artesãos comuns ocupam um lugar especial e esotérico em nossa sociedade. Tudo o que produzem provavelmente pode ser fabricado pela máquina de modo mais rápido e barato. No passado, os produtos feitos a mão eram de absoluta necesidade; em nossa época, são produzidos para pessoas de gosto especial, que podem permitir-se pagar um preço muito maior que o dos produtos feitos em série. Suas obras são colecionadas como se fossem quadros mas ainda há muito o que aprender como artessão e se conhecimento dos materiais e da maneira de utilizá-lo com competência.



Os tipos de artesanato, cerãmica, tecelagem, metal e madeiras trabalhadas – além de constituírem meios de suprie cada vez maior enquanto atividade de lazer. Muitas pessoas se voltam para o artesanato como um passatempo, o que ajuda a recuperar o interesse por essa atividade.


Desenho Industrial



Algumas tentativas do desenho industrial resultaram numa super-estrutura que ignorava os mecanismos interiores do produto.


O fator mais questionável do moderno desenho industrial é a obsolencência, a natureza perecível de sua aparência, que nele já se projeta tendo em vista uma constante renovação da produção.


Para ser bem sucedida, sua obra não deve perder de vista a noção de lucro; deve conceber suas criações como um elemento a mais na produção econômia de um produto vendável.


Fotografia


O talento especial e os de aprendizado que modelavam e aprimoravam as habilidades artísticas passaram a ser desafiados por uma máquina que, depois de um breve período de aprendizado, podia ser utilizada por qualquer um. Arthur Goldsmith, em seu artigo no século XX “The Photographer as a God” publicado pela revista Popular Photography:


“Vivemos numa época dominada pela fotografia.(...) A fotografia exerce hoje uma força comparável à da liberação da energia nuclear no universo físico”.

O instantâneo conserva seu enorme poder de atração, que só fez aumentar, graças à invenção, por Edward Land, da câmera Polaroid, que prescinde do quarto escuro e produz imagens instantâneas.


A fotografia também é uma profissão de importância fundamental para o universo da comunicação, e uma profissão que conta com inúmeras especializações.


O repórter fotográfico faz a cobertura dos acontecimentos atuais e suas fotos tem que ser nítidas e audaciosas, conservando uma mensagem de forma direta e simples.


O fotógrafo retratista ainda é muito solicitado, e sua atividade não se viu comprometida pela abundância de amadores.


A fotografia é dominada pelo elemento visual em que interatuam o tom e a cor, ainda que dela também participem a forma, textura dor o mais convincente simulacro da dimensão, pois a lente, como o olho humano, vê, e expressa aquilo que vê em uma perspectiva perfeita.


Cinema



Embora ainda não passe de uma criança, o cinema promete tornar-se uma forma de arte extraordinária e incomparável.


Os experimentos de Edison e o triunfo mecânico de Lumière utilizaram o fenômeno da persistência da visão para obter fotografias que pudessem registrar o movimento. A comédia-pastelão, exclusiva do cinema, foi levada à perfeição por Chaplin, o maior palhaço da tela.


O cinema é ao mesmo tempo um instrumento de absoluta precisão um criador de magia: um espelho da verdade, um sonhador de sonhos e um operador de milagres, mesmo depois de ter atravessado um dilema entre expressão artística e sucesso financeiro. Fazer um filme, mesmo os primitivos, em que se usava apenas um rolo, era algo que exigia capital, e, portanto, um certo controle sobre o produto final. O público os devorava, e o novo meio se viu diante de enormes oportunidades de expressão e experimentação. Os longa-metragens com enredos muitos semelhantes aos dos romances, e com eles essa incomparável figura dos tempos modernos: a estrela cinematográfica. Introduziu-se o som, mais tarde a cor, e ambos vem passando até hoje por um processo de aperfeiçoamento contínuo e tendo como referencial a cidade de Hollywood.


Hoje os cineastas podem contar com o controle do story board, o profissional que trabalha com a arte visual, permitindo a conexão do som e outros arranjos para a sua valorização, ele tem a visão apurada dos grandes designers.


O cinema hoje no mundo é destaque para as redes de TV Educativas, sua participação é maior e mais valorizada.


O cinema com sua gestualidade e seu ritmo, com suas restrições técnicas, com suas limitações específicas e sua indigência fantasticamente fértil, enquadra sua arte em forma de gargalhadas, e até os que exigem a satisfação de necessidades estéticas sutis. A”Sétima Arte” com suas infinitas possibilidades.


O cinema é a na verdade a característica e a grande forma artística do século XX.


Televisão


Qualquer portador de mensagens – uma pintura, um discurso, uma carta pessoal pode ser chamado de meio de comunicação. Essa referência seria válida por definição, mas hoje, quando falamos em meios de comunicação, a idéia implícita é um grande, e possivelmente impessoal, grupo de pessoas.


Os mais modernos meios de comunicação, são efeitos colaterais da Revolução Industrial e de sua capacidade de produção em série.


O livro provocou e incentivou o alfabetismo, que rompeu com o monopólio da informação mantido por uma minoria culta e poderosa. O livro e os demais formatos impressos vieram a substituir o mito e o símbolo, a fábula e a moralidade. Ainda hoje, numa época dominada pelos meios de eletrônicos de comunicação, o livro e os impressos em geral continuam sendo poderosos agentes de transformação. A uniformidade dos formatos impressos, livros, revistas, jornais, folhetos, posteres torna possível a transmissão de uma mensagem para um grande público. Mas o advento do rádio e da televisão fez com que essa mesma informação e experiência se tornassem instantaneamente acessíveis a uma audiência em massa.

A televisão uniu a câmera, as ondas de rádio, a fotografia, tudo que a TV é, não é só de sua própria responsabilidade, ela é a cópia de tudo que existe nos meios de comunicar e expressar. A televisão veio simplesmente para inovar logo depois da Segunda Guerra Mundial.


Em termos elementares, a principal diferença entre a televisão e o cinema é a escala. Todos os outros elementos visuais são os mesmos. O cinema foi concebido para reproduzir imagens maiores e a TV em escala menor. Por isso ao criar um programa, devemos dominar a atenção de todos aquele que esta em volta do aparelho; crianças, jovens e adultos. O importante é neutralizar as pertubações provocadas.


A televisão é capaz de minuciosamente penetrar na vida do telespectador manipulando e controlando. As críticas em relação a sua existência é grande, mais é confesso a sua necessidade dentro de todas as casas por mais simples e pobre que sejam as pessoas.

Alfabetismo Visual.: Como e Por quê?



Para compreender melhor a arte visual, é preciso estudar os componentes da inteligência visual, os elementos básicos, as estruturas sintáticas, os mecanismos perspectivos, as técnicas utilizadas, os estilos e o sistema em que foi desenvolvido, como sentimos essa arte, só assim seremos visualmente alfabetizados.


Consciência: O primeiro requisito essencial


Fotógrafa Rosa Rodrigues - JP.: 2283

Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. Todas as fotografias subjetivas e, em menor escala, as objetivas, representam uma declaração pessoal de seu autor, e, sendo assim, ele sempre deve estar ciente daquilo que pretende expressar.


Pense primeiro, fotografe depois. A observação cotidiana é, na realidade, uma observação distraída, é totalmente inadequada para um fotógrafo que procura tirar fotografias interessantes e originais, pois essas exigem concentração, imaginação e prática.


A princípio, aprender a olhar com maior atenção para as cenas de todos os dias dependerá de um esforço voluntário, porém, com a prática, deverá transformar-se em um hábito mecânico.


A avaliação de todos esses aspectos fundamentais combinados pode propiciar ao fotógrafo uma consciência visual básica, depois de determinar seu tema, os motivos pelos quais deseja fotografá-lo, e, ainda, identificar os seus diversos componentes, o fotógrafo chega à etapa onde deverá avaliar a contribuição de cada um à imagem. As vezes, é preciso ser impiedoso e concluir apenas o principal ponto de atenção, entretanto, o uso do visor de cartolina possibilita a descoberta de outros aspectos da cena capazes de aumentar o impacto da fotografia e de torná-la mais interessante.


O fotógrafo amador, por outro lado, normalmente visa apenas à sua própria satisfação.

O Mundo da Máquina Fotográfica



Abertura e Exposição

* Limitações Impostas á Nitidez

- Quanto maior a distância focal, menor a profundidade de campo, com qualquer abertura. Por esse motivo, quanto maior a distância, maior a profundidade de campo; assim, quando se trata de distâncias muito reduzidas, a pequena profundidade de campo pode- se transformar em um problema de difícil solução .

* Pré - Focalização

- São cálculos do fotógrafos a uma distância aproximada .

* Distância Hiperfocal

- É a distância entre a máquina e seu limite .

* Profundidade de Foco

Refere - se á parte da objetiva que fica voltada para o objeto.
A semelhança da profundidade de campo , ela é aumentada quando se
fecha a abertura , tornando menos crítico o exato posicionamento do
filme .


O resgate do homem na família


O homem na construção familiar. É possível conciliar carreira profissional e relacionamento matrimonial sem causar conflitos e debates acirrados?



Entediado com a liberdade de homem solteiro, ele acaba tomando a decisão de casar e construir uma família. Pensando seriamente em trazer ao mundo seus descendentes, ele esquece que o papel de homem casado; pai de família, tem que abdicar de muitos prazeres do mundo, abdicar de parte do seu comportamento as vezes machista para assim poder criar um entendimento entre a esposa.




Para o pastor Saulo da Igreja Assembléia de Deus, "o homem é o alicerce do lar, ele deve ser respeitado e a mulher tem o seu papel de cumprir a risco as funções de mãe, dona de casa e esposa e assim elas aceitam como manda as leis do matrimônio". Já a sua esposa dona Maria Aparecida , chega a discordar de tal atitude do marido ela acredita que seria bom os dois trabalharem e assim melhorar a situação financeira do casal.



"Hoje passamos por problemas - principalmente financeiro, pois chega no final do mês e precisamos pagar a conta do gás, da energia, água e as prestações da nossa casa vencida e ai falta sempre dinheiro. E acabamos recorrendo à amigos da nossa igreja para fazermos empréstimos e assim aliviar a barra", acrescenta Aparecida.



Afinal, a mulher por sua vez, depois de grandes lutas para conseguir direitos iguais, acaba sofrendo bruscamente na hora de levar uma vida de dupla jornada, entre casa e a sua vida profissional. Muitos homens querem ainda ter o controle sobre o sexo frágil, este que não é mais poupado e não admite o controle masculino. Começa então o conflito da relação, colocando em jogo princípios que nenhum dos dois querem abrirem mãos. Todos querem conquistar o seu espaço no mundo globalizado. Liberdade financeira, direito de ir e vir sem dar explicações ao parceiro é a bomba prestes a explodir.




O senhor Carlos Alberto é um exemplo de pai que convive com as diferenças do mundo moderno. Todos os dias sua esposa Kelly Inácio, sai às 05h00 da manhã e só volta as 13h00, depois que o almoço já pronto e as crianças estão na creche. “Eu faço de tudo um pouco, afinal minha baixinha tem dupla jornada e nem por isso me envergonho do meu papel de homem. Estamos caminhando para isso. Queremos vencer e compreensão é tudo nessa hora, apesar que sacrificamos os nossos momento a dois”.



O que fazer nessa hora? O diálogo sempre foi o melhor para controlar ou atiçar os ânimos. Há quem entenda e há quem não entenda o propósito da boa conversa. Por outro lado as pessoas que freqüentam algumas religiões como da Igreja Assembléia de Deus ou da Deus é Amor e tem uma educação mais severa quanto ao papel do homem e o papel da mulher, as coisas são facilitadas e as vezes entendidas.




Para a dona de casa dona Geralda Pena, da igreja católica, a liberdade pode existir sem ser questionada desde que haja respeito múltuo entre os dois e assim os filhos respeitarem seus pais, pois neste clima quem sofre ou adquire os piores hábitos são eles que estão em face de crescimento e amadurecimento.




Carlos também têm dupla jornada de trabalho além de cuidar das crianças e da casa trabalha como garçom da meia a noite às 06h00da manhã e tem folga uma vez por semana.



Conflitos e debates

São histórias diferentes em que um nem sempre concorda com a atitude do outro e assim muitos homens acham que estão perdendo o respeito na construção da família. Resgatar o papel do homem na sociedade é antes de tudo, trabalhar com sentimentos e lidar com o preconceito que eles mesmos acabam criando. É possível conciliar carreira profissional e relacionamento matrimonial sem causar conflitos e debates acirrados, o que acaba levando muitos a atitudes drásticas e até atos de violência contra seus parceiros.




“É importante o marido ter sua profissão e ao mesmo tempo participar da educação dos filhos junto com a sua esposa. Isso facilita para ambos no entendimento a dois, já que a família como prega os bons costumes; deve ser unida e o homem deve ter o seu espaço respeitado não só pela esposa mas este deve servir de exemplo para os filhos que acabam sendo influenciados pelo clima do ambiente em que vivem. Tomando esses cuidados ninguém estará exposto a julgamento ou a condenação”, explica a psicóloga, Débora Kelly.





E Débora acrescenta, “muitos tradicionais não concordam com o novo papel exercido pela mulher, enquanto que os mais modernos apoiam. O homem sempre foi considerado o provedor da família e responsável pelo abrigo e o sustento do lar. Hoje, aceitar ou conviver com a idéia de que a mulher pode estar cumprindo além do seu papel de dona de casa, esposa e exercendo uma profissão leva muito a refletir a importância do homem como responsável pela criação dos filhos junto a mãe”.




A mulher não veio substituir o homem. Grandes anos de sua luta foram para conquistar também espaço na sociedade sem confrontar com princípios que cabe somente a ele. Existem as diferenças entre cada papel assumido e se bem distinguindo enriquecerá o relacionamento.


Energia Solar


A proveitar a energia que o sol gera, podemos considerar que é uma fonte inesgotável na escala terrestre, tanto como fonte de calor quanto de luz, é uma das alternativas energéticas mais promissoras para enfrentarmos desafios deste milênio. A energia solar responsável pela existência de praticamente todas as outras fontes de energia. Por tanto as fontes de energia são, derivadas da energia do Sol.




Da energia do Sol se dá a evaporação, origem do ciclo das águas, que possibilita o represamento e a conseqüente geração de eletricidade (hidroeletricidade).




A radiação produzida pelo sol induz a circulação na atmosfera, causando os ventos. Petróleo, carvão e gás natural também foram gerados a partir de resíduos de plantas e animais que, originalmente, obtiveram a energia necessária para o seu desenvolvimento.





Tipos de energia solar:




- Fototérmica




A quantidade de energia é um determinante corpo capaz de absorver, sob a forma de calor, a partir da radiação solar. A sua utilização implica saber captá-la e armazená-la. Os coletores solares são equipamentos mais difundidos com o objetivo específico de se utilizar a energia solar fototérmica.





Os coletores solares são aquecedores de fluidos (líquidos ou gasosos) e são classificados em coletores concentradores e coletores planos em função da existência ou não de dispositivos de concentração da radiação. O fluido aquecido é mantido em reservatórios termicamente isolados até o seu uso final (água aquecida para banho, ar quente para secagem de grãos, gases para acionamento de turbinas, etc.).





Os coletores solares planos são, hoje, largamente utilizados para aquecimento de água em residências, hospitais, hotéis, etc. devido ao conforto proporcionado e a redução do consumo de energia elétrica.





Arquitetura Bioclimática





Arquitetura bioclimática é o estudo que visa harmonizar as construções ao clima e características locais, pensando no homem que habitará ou trabalhará nelas a partir da energia solar. São correntes naturais e de microclimas criados por vegetação apropriada.
A arquitetura bioclimática não se restringe a características arquitetônicas adequadas. Preocupa-se, com o desenvolvimento de equipamentos e sistemas que são necessários ao uso da edificação (aquecimento de água, circulação de ar e de água, iluminação, conservação de alimentos, etc.) e com o uso de materiais de conteúdo energético tão baixo quanto possível.





O passado da Fotovoltaica




A energia solar Fotovoltaica é obtida através da conversão direta da luz em eletricidade (Efeito Fotovoltaico). A célula fotovoltaica é a unidade fundamental do processo de conversão.
Para o seu desenvolvimento tecnológico apoiou-se na busca, por empresas do setor de telecomunicações, de fontes de energia para sistemas instalados em localidades remotas. A corrida espacial foi impulsionadora para a sua captação. A célula solar continua sendo, o meio mais adequado (menor custo e peso) para fornecer a quantidade de energia para longos períodos de permanência no espaço.




A crise energética de 1973 renovou e ampliou o interesse em aplicações terrestres. Porém, para tornar economicamente viável essa forma de conversão de energia foi necessário reduzir em até 100 vezes o custo de produção das células solares em relação ao daquelas células usadas em explorações espaciais e modificou-se o perfil das empresas envolvidas no setor. Nos Estados Unidos por exemplo, as empresas de petróleo resolveram diversificar seus investimentos, englobando a produção de energia a partir da radiação solar.




O caso mais recente foi em 1993 quando a produção de células fotovoltaicas atingiu a marca de 60 MWp, sendo o Silício quase absoluto no "ranking" dos materiais utilizados. O Silício, segundo elemento mais abundante no globo terrestre, tem sido explorado sob diversas formas: monocristalino, policristalino e amorfo.





Células de filmes finos, além de utilizarem menor quantidade de material do que as que apresentam estruturas cristalinas, requerem uma menor quantidade de energia na fabricação, ou seja; possuem uma maior eficiência energética.





Radiação solar




O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, 1,5 x 1018 kWh de energia. Este é um valor, correspondente a 10000 vezes o consumo mundial de energia neste período. Isso indica que, além de ser responsável pela manutenção da vida na Terra, a radiação solar constitui-se numa inesgotável fonte energética.




Uma das possíveis formas de conversão da energia solar é conseguida através do efeito fotovoltaico que ocorre em dispositivos conhecidos como células fotovoltaicas. Estas células são componentes opto-eletrônicos que convertem diretamente a radiação solar em eletricidade. São constituídas de materiais semicondutores, sendo o silício o material mais empregado.




Radiação solar: Captação e Conversão




O planeta terra em seu movimento em torno do Sol, descreve em trajetória elíptica um plano que é inclinado de aproximadamente 23,50 com relação ao plano equatorial. Esta inclinação é responsável pela variação da elevação do Sol no horizonte em relação à mesma hora, ao longo dos dias, dando origem às estações do ano.




A radiação solar que atinge o topo da atmosfera terrestre provém da região da fotosfera solar que é uma camada tênue com aproximadamente 300 km de espessura e temperatura superficial da ordem de 5800 K. Porém, esta radiação não se apresenta como um modelo de regularidade, pois há a influência das camadas externas do Sol (cromosfera e coroa), com pontos quentes e frios, erupções cromosféricas.




Apesar disto, pode-se definir um valor médio para o nível de radiação, incidente normalmente sobre uma superfície situada no topo da atmosfera. A radiação solar é radiação eletromagnética que se propaga a uma velocidade de 300.000 km/s, podendo-se observar aspectos ondulatórios e corpusculares.




Esta mesma energia é incidente no meio material pode ser refletida, transmitida e absorvida. A parcela absorvida dá origem, conforme o meio material, aos processos de foto-conversão e termo-conversão.




Radiação solar a Nível do Solo




De toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fração atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera.
Antes de atingir o solo, as características da radiação solar (intensidade, distribuição espectral e angular) são afetadas por interações com a atmosfera devido aos efeitos de absorção e espalhamento.




Devido à alternância de dias e noites, das estações do ano e períodos de passagem de nuvens e chuvosos, o recurso energético solar apresenta grande variabilidade, induzindo, conforme o caso, à seleção de um sistema apropriado de estocagem para a energia resultante do processo de conversão.




Solarimetria e Instrumentos de Medição




A medição da radiação solar, tanto a componente direta como a componente difusa na superfície terrestre é de maior importância para o estudos das influências das condições climáticas e atmosféricas. Os sistemas térmicos e fotovoltaicos em uma determinada região garantindo o máximo aproveitamento ao longo do ano onde, as variações da intensidade da radiação solar sofrem significativas alterações.




Para as normas preestabelecidas pela OMM (Organização Mundial de Meteorologia) são determinados limites de precisão para quatro tipos de instrumentos: de referência ou padrão, instrumentos de primeira, segunda e terceira classe. As medições padrões são: radiação global e difusa no plano horizontal e radiação direta normal.




Piranômetros - Os piranômetros medem a radiação global. Este instrumento caracteriza-se pelo uso de uma termopilha que mede a diferença de temperatura entre duas superfícies, uma pintada de preto e outra pintada de branco.. A expansão sofrida pelas superfícies provoca um diferencial de potencial que, ao ser medida, mostra o valor instantâneo da energia solar.
Existem vários modelos de piranômetros de primeira (2% de precisão) e também de segunda classe (5% de precisão).




Pireliômetros - Os pireliômetros são instrumentos que medem a radiação direta. Ele se caracteriza por apresentar uma pequena abertura de forma a "visualizar" apenas o disco solar e a região vizinha denominada circunsolar. O instrumento segue o movimento solar onde é constantemente ajustado para focalizar melhor a região do sensor.




Muitos dos pireliômetros hoje são autocalibráveis apresentando precisão na faixa de 5% quando adequadamente utilizados para medições.




Heliógrafo - Instrumento que registra a duração do brilho solar. A radiação é focalizada por uma esfera de cristal de 10 cm de diâmetro sobre uma fita que, pela ação da radiação é energercida.
Actinógrafo - Instrumento usado para medir a radiação global. Este instrumento é composto de sensores baseados na expansão diferencial de um par bimetálico. Sua precisão encontra-se na faixa de 15 a 20% e é considerado um instumento de terceira classe.




Energia solar Fotovoltaica




A conversão de energia solar em energia elétrica foi verificado pela primeira vez por Edmond Becquerel, em 1839 onde constatou uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor quando exposto a luz.




Em 1876 foi montado o primeiro aparato fotovoltaico resultado de estudos das estruturas no estado sólido, e apenas em 1956 iniciou-se a produção industrial seguindo o desenvolvimento da microeletrônica.




Neste ano a utilização de fotocélulas foi de papel decisivo para os programas espaciais. Com este impulso, houve um avanço significativo na tecnologia fotovoltaica onde aprimorou-se o processo de fabricação, a eficiência das células e seu peso.




Com a crise mundial de energia entre 1973/74, a preocupação em estudar novas formas de produção de energia fez com a utilização de células fotovoltaicas não se restringisse somente para programas espacias mas que fosse intensamente estudados e utilizados no meio terrestre para suprir o fornecimento de energia. Um dos fatores que impossibilitava a utilização da energia solar fotovoltaica em larga escala era o alto custo das células fotovoltaicas.




Atualmente, os sistemas fotovoltaicos vêm sendo utilizados em instalações remotas possibilitando vários projetos sociais, agropastoris, de irrigação e comunicações.
As facilidades de um sistemas fotovoltaico tais como: modularidade, baixos custos de manutenção e vida útil longa, fazem com que sejam de grande importância para instalações em lugares desprovidos da rede elétrica.




Efeito fotovoltaico




O efeito fotovoltaico dá-se em materiais da natureza denominados semicondutores que se caracterizam pela presença de bandas de energia onde é permitida a presença de elétrons (banda de valência) e de outra onde totalmente "vazia" (banda de condução).
O semicondutor mais usado é o silício. Seus átomos se caracterizam por possuírem quatro elétrons que se ligam aos vizinhos, formando uma rede cristalina.




Se, partindo de um silício puro, forem introduzidos átomos de boro em uma metade e de fósforo na outra, será formado o que se chama junção pn. O que ocorre nesta junção é que elétrons livres do lado n passam ao lado p onde encontram os buracos que os capturam; isto faz com que haja um acúmulo de elétrons no lado p, tornando-o negativamente carregado e uma redução de elétrons do lado n, que o torna eletricamente positivo.




Estas cargas aprisionadas dão origem a um campo elétrico permanente que dificulta a passagem de mais elétrons do lado n para o lado p; este processo alcança um equilíbrio quando o campo elétrico forma uma barreira capaz de barrar os elétrons livres remanescentes no lado n.
Tipos de Células




As células fotovoltaicas são fabricadas, na sua grande maioria, usando o silício (Si) e podendo ser constituída de cristais monocristalinos, policristalinos ou de silício amorfo.




Para se utilizar o silício na indústria eletrônica além do alto grau de pureza, o material deve ter a estrutura monocristalina e baixa densidade de defeitos na rede. O processo mais utilizado para se chegar as qualificações desejadas é chamado "processo Czochralski".




O silício é fundido juntamente com uma pequena quantidade de dopante, normalmente o boro que é do tipo p. Com um fragmento do cristal devidamente orientada e sob rígido controle de temperatura, vai-se extraindo do material fundido um grande cilindro de silício monocristalino levemente dopado. Este cilindro obtido é cortado em fatias finas de aproximadamente 300m.
Após o corte e limpezas de impurezas das fatias, deve-se introduzir impurezas do tipo N de forma a obter a junção. Este processo é feito através da difusão controlada onde as fatias de silício são expostas a vapor de fósforo em um forno onde a temperatura varia entre 800 a 1000o.




Dentre as células fotovoltaicas que utilizam o silício como material base, as monocristalinas são, em geral, as que apresentam as maiores eficiências. As fotocélulas comerciais obtidas com o processo descrito atingem uma eficiência de até 15% podendo chegar em 18% em células feitas em laboratórios.





Silício Amorfo - Uma célula de silício amorfo difere das demais estruturas cristalinas por apresentar alto grau de desordem na estrutura dos átomos. A utilização de silício amorfo para uso em fotocélulas tem mostrado grandes vantagens tanto nas propriedades elétricas quanto no processo de fabricação.





A absorção da radiação solar na faixa do visível e podendo ser fabricado mediante deposição de diversos tipos de substratos, o silício amorfo vem se mostrando uma forte tecnologia para sistemas fotovoltaicos de baixo custo. Mesmo apresentando um custo reduzido na produção, o uso de silício amorfo apresenta duas desvantagens: a primeira é a baixa eficiência de conversão comparada às células mono e policristalinas de silício; em segundo, as células são afetadas por um processo de degradação logo nos primeiros meses de operação, reduzindo assim a eficiência ao longo da vida útil.





Módulos Fotovoltaicos





Pela baixa tensão e corrente de saída em uma célula fotovoltaica, agrupam-se várias células formando um módulo. O arranjo das células nos módulos podem ser feito conectando-as em série ou em paralelo.



Ao conectar as células em paralelo, soma-se as correntes de cada módulo e a tensão do módulo é exatamente a tensão da célula. A corrente produzida pelo efeito fotovoltaico é contínua.
Quando uma célula fotovoltaica dentro de um módulo, por algum motivo, estiver encoberta a potência de saída do módulo cairá drasticamente que, por estar ligada em série, comprometerá todo o funcionamento das demais células no módulo.




Características elétricas dos módulos fotovoltaicos





Geralmente, a potência dos módulos é dada pela potência de pico. Tão necessário quanto este parâmetro, existe outras características elétricos que melhor caracteriza a funcionalidade do módulo. As principais características elétricas dos módulos fotovoltaicos são as seguintes:
Voltagem de Circuito Aberto (Voc)
Corrente de Curto Circuito (Isc)
Potência Máxima (Pm)
Voltagem de Potência Máxima (Vmp)
Corrente de Potência Máxima (Imp)




Fatores que afetam as características elétricas dos módulos
As características elétricas de um painel é a Intensidade Luminosa e a Temperatura das Células. A corrente gerada nos módulos aumenta linearmente com o aumento da Intensidade luminosa.


Por outro lado, o aumento da temperatura na célula faz com que a eficiência do módulo caia abaixando assim os pontos de operação para potência máxima gerada.







Componentes de um sistema fotovoltaico







Um sistema fotovoltaico pode ser classificado em três categorias distintas: sistemas isolados, híbridos e conectados a rede. Os sistemas obedecem a uma configuração básica onde o sistema deverá ter uma unidade de controle de potência e também uma unidade de armazenamento.







Sistemas Isolados







Sistemas isolados,que utiliza-se de alguma forma de armazenamento de energia. Este armazenamento pode ser feito através de baterias, quando se deseja utilizar aparelhos elétricos ou armazena-se na forma de energia gravitacional quando se bombeia água para tanques em sistemas de abastecimento.







Alguns sistemas isolados não necessitam de armazenamento, o que é o caso da irrigação onde toda a água bombeada é diretamente consumida ou estocadas em reservatórios.




Para alimentação de equipamentos de corrente alternada (CA) é necessário um inversor. Este dispositivo geralmente incorpora um seguidor de ponto de máxima potência necessário para otimização da potência final produzida. Este sistema é usado quando se deseja mais conforto na utilização de eletrodomésticos convencionais.








Sistemas Híbridos







Sistemas híbridos são aqueles que, desconectado da rede convencional, apresenta várias fontes de geração de energia como por exemplo: turbinas eólicas, geração diesel, módulos fotovoltaicos entre outras.







A utilização de vários formas de geração de energia elétrica torna-se complexo na necessidade de otimização do uso das energias. É necessário um controle de todas as fontes para que haja máxima eficiência na entrega da energia para o usuário.









Os sistemas híbridos são empregados para sistemas de médio a grande porte vindo a atender um número maior de usuários. Por trabalhar com cargas de corrente contínua, o sistema híbrido também apresenta um inversor.







Devido a grande complexibilidade de arranjos e multiplicidade de opções, a forma de otimização do sistema torna-se um estudo particular para cada caso.





Sistemas Interligados à Rede





Estes sistemas utilizam grandes números de painéis fotovoltaicos, e não utilizam armazenamento de energia pois toda a geração é entregue diretamente na rede. Todo o arranjo é conectado em inversores e logo em seguida guiados diretamente na rede. Estes inversores devem satisfazer as exigências de qualidade e segurança para que a rede não seja afetada.