quarta-feira, 10 de junho de 2009

O resgate do homem na família


O homem na construção familiar. É possível conciliar carreira profissional e relacionamento matrimonial sem causar conflitos e debates acirrados?



Entediado com a liberdade de homem solteiro, ele acaba tomando a decisão de casar e construir uma família. Pensando seriamente em trazer ao mundo seus descendentes, ele esquece que o papel de homem casado; pai de família, tem que abdicar de muitos prazeres do mundo, abdicar de parte do seu comportamento as vezes machista para assim poder criar um entendimento entre a esposa.




Para o pastor Saulo da Igreja Assembléia de Deus, "o homem é o alicerce do lar, ele deve ser respeitado e a mulher tem o seu papel de cumprir a risco as funções de mãe, dona de casa e esposa e assim elas aceitam como manda as leis do matrimônio". Já a sua esposa dona Maria Aparecida , chega a discordar de tal atitude do marido ela acredita que seria bom os dois trabalharem e assim melhorar a situação financeira do casal.



"Hoje passamos por problemas - principalmente financeiro, pois chega no final do mês e precisamos pagar a conta do gás, da energia, água e as prestações da nossa casa vencida e ai falta sempre dinheiro. E acabamos recorrendo à amigos da nossa igreja para fazermos empréstimos e assim aliviar a barra", acrescenta Aparecida.



Afinal, a mulher por sua vez, depois de grandes lutas para conseguir direitos iguais, acaba sofrendo bruscamente na hora de levar uma vida de dupla jornada, entre casa e a sua vida profissional. Muitos homens querem ainda ter o controle sobre o sexo frágil, este que não é mais poupado e não admite o controle masculino. Começa então o conflito da relação, colocando em jogo princípios que nenhum dos dois querem abrirem mãos. Todos querem conquistar o seu espaço no mundo globalizado. Liberdade financeira, direito de ir e vir sem dar explicações ao parceiro é a bomba prestes a explodir.




O senhor Carlos Alberto é um exemplo de pai que convive com as diferenças do mundo moderno. Todos os dias sua esposa Kelly Inácio, sai às 05h00 da manhã e só volta as 13h00, depois que o almoço já pronto e as crianças estão na creche. “Eu faço de tudo um pouco, afinal minha baixinha tem dupla jornada e nem por isso me envergonho do meu papel de homem. Estamos caminhando para isso. Queremos vencer e compreensão é tudo nessa hora, apesar que sacrificamos os nossos momento a dois”.



O que fazer nessa hora? O diálogo sempre foi o melhor para controlar ou atiçar os ânimos. Há quem entenda e há quem não entenda o propósito da boa conversa. Por outro lado as pessoas que freqüentam algumas religiões como da Igreja Assembléia de Deus ou da Deus é Amor e tem uma educação mais severa quanto ao papel do homem e o papel da mulher, as coisas são facilitadas e as vezes entendidas.




Para a dona de casa dona Geralda Pena, da igreja católica, a liberdade pode existir sem ser questionada desde que haja respeito múltuo entre os dois e assim os filhos respeitarem seus pais, pois neste clima quem sofre ou adquire os piores hábitos são eles que estão em face de crescimento e amadurecimento.




Carlos também têm dupla jornada de trabalho além de cuidar das crianças e da casa trabalha como garçom da meia a noite às 06h00da manhã e tem folga uma vez por semana.



Conflitos e debates

São histórias diferentes em que um nem sempre concorda com a atitude do outro e assim muitos homens acham que estão perdendo o respeito na construção da família. Resgatar o papel do homem na sociedade é antes de tudo, trabalhar com sentimentos e lidar com o preconceito que eles mesmos acabam criando. É possível conciliar carreira profissional e relacionamento matrimonial sem causar conflitos e debates acirrados, o que acaba levando muitos a atitudes drásticas e até atos de violência contra seus parceiros.




“É importante o marido ter sua profissão e ao mesmo tempo participar da educação dos filhos junto com a sua esposa. Isso facilita para ambos no entendimento a dois, já que a família como prega os bons costumes; deve ser unida e o homem deve ter o seu espaço respeitado não só pela esposa mas este deve servir de exemplo para os filhos que acabam sendo influenciados pelo clima do ambiente em que vivem. Tomando esses cuidados ninguém estará exposto a julgamento ou a condenação”, explica a psicóloga, Débora Kelly.





E Débora acrescenta, “muitos tradicionais não concordam com o novo papel exercido pela mulher, enquanto que os mais modernos apoiam. O homem sempre foi considerado o provedor da família e responsável pelo abrigo e o sustento do lar. Hoje, aceitar ou conviver com a idéia de que a mulher pode estar cumprindo além do seu papel de dona de casa, esposa e exercendo uma profissão leva muito a refletir a importância do homem como responsável pela criação dos filhos junto a mãe”.




A mulher não veio substituir o homem. Grandes anos de sua luta foram para conquistar também espaço na sociedade sem confrontar com princípios que cabe somente a ele. Existem as diferenças entre cada papel assumido e se bem distinguindo enriquecerá o relacionamento.


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