segunda-feira, 9 de maio de 2011

Jornalista Esportivo...


Jornalismo Esportivo tem alma e essência. Portanto, especializar e qualificar-se nessa área pode ser a grande saída do famoso achísmo que o mercado tem mostrado diariamente


Jornalista Rosa Rodrigues


Segundo o "Manual do Jornalismo Esportivo"; a reportagem é a alma, a essência do jornalismo, mas não é o que se perceber no "mercado" da notícia. Digo mercado porque tudo gira em torno da expectativa financeira e não pelo conteúdo proposto pelas academias da área. Essa alma tem-se descaracterizada a cada dia. Os simples boletins escritos e falados têm recebido o nome de reportagem, enquanto que nunca foi e será considerado pelos formados em comunicação social.


A notícia deve ser escrita, analisada e passada ao público-alvo de forma séria e imparcial. E as pessoas têm confundido jornalismo sério com ato promoção, têm deixado a paixão da informação pelo status e pelo o glamour. Poucos têm dedicado suas vidas a uma especialização; vivem do achísmo.


Para Joel Fraga, formado em administração e locutor esportivo desde os 14 anos, sua paixão pela notícia esportiva começou nos bastidores de uma emissora e hoje ele é reconhecido por onde passa, mas isso aconteceu em uma época em que fazer bem já era oportunidade e sinônimo de um futuro promissor. Um simples teste era a oportunidade para quem sonhava com os microfones de uma rádio. Hoje a realidade é outra; o mercado exige conhecimento profundo e formação acadêmica, e isso não é tudo; é preciso dominar os quatro meios de comunicação (TV, Rádio, Impresso e Digital).


A experiência de Joel Fraga para o mercado hoje não é nada plausível mesmo porque ele sendo o profissional que é, ninguém quer se arriscar, pois não valeria a pena a tal desgaste. Para se fazer parte de um veículo de comunicação hoje há empresa que dão preferência até para o motorista ser da área, com formação superior, um exemplo é a TV Record, onde o motorista é formado em jornalismo e isso não é vergonha para um profissional admitir.


Joel é dentre milhares de profissionais no BRASIL dentro da comunicação que começou pelo conhecimento das regras e os regulamentos. Esse tipo de profissional tem em mente as regras que sempre lhe deu mais intimidade com o exercício da profissão, ele tem um bom preparo prático, porém; o mercado dá importância ao nível teórico.


Por isso no jornalismo esportivo o repórter deve preocupar muito com o a apresentação da reportagem, mais a cada dia o deslumbramento pelas imagens, pelos contatos tem atrapalhado bastante o seu desenvolvimento dentro das redações.



Sabemos que o esporte aqui no Brasil é um negócio. Interesses milionários movimentam informações plantadas por dirigentes e representantes de jogadores. Elogios, deslumbramentos por determinado atleta confundi profissional com fã e essa falta de profissionalização tem levado muitos torcedores a irritabilidade das mesmas e velhas perguntas e as mesmas e velhas respostas dos próprios jogadores.


A preocupação com o brinde da marca tal que patrocina determinado atleta faz do atual jornalista esportivo verdadeiro cabide de promoção. Expõe este a determinada preferência. Intimidade com celebridades do esporte tem sido nos últimos anos a falta de compromisso e credibilidade com a informação e talvez seja por isso que as empresas que tem um nome e uma história a zelar estão passando a repensar e exigir mais preparação desse novo perfil de profissional.

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