domingo, 30 de janeiro de 2011

RG urgente

Foto: arquivo da internet


Chegou a hora de trocar a antiga cédula de identidade da população brasileira. O Registro de Identidade Civil (RIC) será o novo RG. A partir do dia 17 de janeiro, as capitais privilegiadas serão Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. Outras cidades serão convocadas, tais como; Hidrolândia (GO), Ilha de Itamaracá (PE), Nísia Floresta (RN) e Rio Sono (TO). As pessoas residentes dessas capitais e cidades receberão cartas com o chamado do Ministério da Justiça.


Diferente do antigo RG, o RIC será em forma de cartão magnético, com impressão digital e chip eletrônico.


O Ministério da Justiça comunica que o processo levará 10 anos para ser concluído com sucesso.

Rede Record mantém concessões


Alvo de perseguições a Rede Record têm motivos excelentes para comemorar a chegada deste novo. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na cidade de São Paulo (SP), na última quarta-feira (12) decidiu manter a concessão da rádio e TV Record de São Paulo, TV Record de Franca e São José do Rio Preto.

O tribunal considerou improcedente o recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) e aprovadas a medidas que foram tomadas pelo Ministério das Comunicações, segundo parecer do juiz federal Leonel Ferreira, relator do caso.

Em 1997, o MPF recorria a uma ação que acusava os antigos responsáveis dessas emissoras de terem passado, as empresas de formas fraudulentas as concessões aos bispos Edir Macedo e Marcelo Crivella. E as acusações não pararam por aí. Ouve quem acusasse que os veículos de comunicação seriam de fim total ao proselitismo por parte da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Mas de nada adiantou, as provas são outras que os ouvintes e telespectadores são testemunhas de que no Brasil existem sim, veículos de comunicação capazes de oferecer conteúdos educativos, o que outros canais infelizmente não são capazes de disponibilizar na sua grade de programação.

Herpes, mais de 640 mil portadores no Brasil



Verão, sol quentes e o vírus da herpes à solta. Evite beijar na boca e manter relações sexuais com pessoas com o vírus ativo (lesões aparentes). Não divida toalhas, copos e talheres e procure alimentar de forma balanceada, evitando ingerir bebidas alcoólicas, fumar, usar drogas, procure fazer exercícios físicos regularmente e usar pomadas na boca ou na parte genital.

Essas são as dicas do Ministério da Saúde, em pesquisa realizada onde aponta 640 mil brasileiros infectados com o vírus da herpes. E os motivos para desenvolver o vírus vão desde estresse físico ou emocional. Todo cuidado é pouco pois o mesmo pode ganhar grandes proporções e atingir o cérebro, causando encefalite herpética, onde poderá ser tratada em hospital com dias de internação. E não confunda conjuntivite com herpes, aos primeiros sinais procure um especialista.

US$ 2 bilhões de economia energética


Você usa na sua casa ou trabalho lâmpadas incandescentes (amarelas) ou fluorescentes (brancas)?

Se a resposta foi lâmpadas fluorescentes, parabéns! Você pode ser mais um entre 2 bilhões de pessoas responsáveis pela a economia de energia elétrica prevista pela Organização da Nações Unidas para o Brasil.

A estimativa é uma economia baseada em R$ 3,4 bilhões por ano. Faça sua parte e sinta a diferença no seu bolso.

Classe D recuará


Nas palavras do Ministério da Fazenda Guido Mantega, até 2014, a população brasileira da classe D recuará em 20% e ocupará a denominada classe C do país. O número equivalerá a 113 milhões de pessoas com poder aquisitivo melhorado.
É aguardar pra ver.

Quais os cursos mais concorridos no Brasil?


Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2009 e divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), os quatro cursos superiores mais concorridos no país são; Pedagogia, Direito, Administração e Engenharia. Na outra escala destaque-se Comunicação Social, Letras, Enfermagem, Ciências Contábeis, Ciências Biológicas e Educação Física.

Outra novidade da pesquisa é que entre 2009 e 2010, houve um aumento de 13% em novos cursos. A comodidade também veio facilitar a vida de muitos que não disponibilizam de tempo para os estudos, aumentando em 30% a procuram por cursos à distância e 12% nos cursos presenciais.

Solidão faz mal à saúde


A revista Science publicou recentemente uma pesquisa onde afirma que pessoas que passam a maior parte da vida só, passam a desenvolverem doenças nos sistemas cardiovasculares, imonológico e principalmente no sistema nervoso.

A pesquisa explica que essas pessoas que tem menos vida social estão propensas a uma vida mais curta.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sabores perigosos


O livro Sabores perigosos: A história das especiarias, de Andrew Dalby e traduzidos Lenita Rinoli Esteves, contém 240 páginas, ao custo de R$ 55,00. A obra traz todas as explicações dos mitos ao longo dos anos, contadas a respeito das ervas, temperos, condimentos e remédios. Lendas contadas equivocadamente, onde muitos afirmam que esses produtos eram utilizados no preparo de alimentos como forma de inibir o cheiro real, quando na maioria das vezes eram ocultados o gosto de comidas estragadas.


Outro mito que ele Sabores perigosos: A história das especiarias, derruba, é quando falam quem essas especiarias eram usadas no preparo de comidas e remédios nas embarcações como aperitivos, digestivos, tônicos, afrodisíacos e remédios e um terceiro mito, é que os condimentos e seus afins surgiram a partir do momento em que passaram a existir o interesse na criação de rotas marítimas e terrestres.


Dalby desmente esses e muitos outros mitos. No seu livro ele deixa bem claro que na época medieval eles eram produtos raros e caros e só podiam ser adquiridos pelos ricos. A verdade nas palavras de Andrew Dalby é que os produtos eram espalhados pelo mundo através da civilização austronésia, há seis mil anos, percorrendo os caminhos da China até chegar a Madagascar. Os austronésios levavam as mudas de gengibre, um tipo de especiaria por ele considerada a mais antiga. Os austronésios usavam o gengibre por considerá-lo um eficaz remédio.


Na Índia surge o mito de que os três condimentos mais antigos são: coentro, cominho e açafrão. Andrew explica que essas especiarias são proviniêntes do Mediterrâneo e foram transportadas pelos persas, por Alexandre, o Grande ou pelo imperialista budista Asoka que governava o norte da Índia no século III a.C.


Em um trabalho profundamente pesquisado, o autor do livro afirma a existência de cada produto e destaca aproximadamente 60 espécies com suas origens, usos e propriedades.



Para os alucinados por chocolates e pimentas o livro reserva ótimas curiosidades, que vão seduzir o leitor.

IBGE apresenta nova amostragem populacional brasileira




Conforme o último levantamento do Censo 2010, a população brasileira cresceu 12%, com destaque para o aceleramento populacional da Região Sudeste e para o crescimento da população urbana de 81% de 2000, para 84% em 2010.

A pesquisa foi realizada em 5.565 municípios brasileiros de 1º de agosto a 31 de outubro de 2010. Somos portanto, 190.732.694, uma superação aos números contabilizados, em relação ao ano de 2000, quando foi divulgado 169,8 milhões de habitantes, em 2009, esse número deu uma freada nos 191,5 milhões de habitantes. De acordo com o IBGE a Região Sudeste supera em habitantes, 80.353.724 pessoas, a Região Nordeste com 53.078.137. São Paulo é o estado com 41.252.160 pessoas. A Região Norte, é o estado populoso, com 451.227 pessoas. A população feminina superou em 3,9 milhões, ou seja, 97.342.162 contra 93.390.532 masculina.

O outro destaque da pesquisa do IBGE é para o rankinng das cidades mais populosas do Brasil. Brasília segundo os últimos anos ocupava o sexto lugar, hoje, está em quarto, Manaus de nona, passa a ocupar a sétima posição, Belo Horizonte quem diria, de quarta foi para o ranking de sexto lugar e Curitiba? Bem; Curitiba de sétima colocada passa a ocupar até as próximas amostragens a oitava da pesquisa em cidade mais populosa do Brasil.

Absurdo é pouco!


Em 1997, iniciava-se na República Democrática do Congo, a guerra civil que se estenderia por anos e anos. Numa disputa por territórios e poder devido as grandes reservas de diamantes, cobres, cobalto, ouro e nióbio. Com isso, quem mais sofre é população. Em uma pesquisa realizada pela BBC, mostra que 39% das mulheres e 24% dos homens já sofrerão violência sexual. Esta é uma forma de punição aos cidadãos daquele país.

Cerca de 10 mulheres são estupradas por dia e os seus agressores na maioria das vezes, ferem gravemente a genitália das vítimas com pedaços de pau, baionetas e tiros.

Desde 1965 o presidente congolês Mobutu Seseko foi obrigado a se exilar e o líder rebelde Laurent D. Kabila passou a ser o atual presidente e desde então a guerra se arrasta de forma assombrosa.

Brasileiro tem memória curta


Em quem você votou nas últimas eleições para; presidente, deputado estadual, federal e senador?

Não lembra?

É justamente isso que incentivou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a realizar uma pesquisa com 2 mil pessoas entre os dias 3 e 7 de novembro de 2009, para saber como anda a memória dos brasileiros.

De acordo com a pesquisa, 23% dos eleitores já não se lembram da escolha do seu candidato a deputado estadual, 21,7% são afirmativos ao declarar que não se lembram do candidato ao cargo de deputado federal, e, para senador 20,6% simplesmente esqueceram.

Portanto, cobrar o que e de quem? Cada um tem o governo que merece.

Crespa ou lisinha é sempre gostosa


Fibras, baixo teor de calorias, fonte de vitaminas A e do complexo B, cálcio, ferro, fósforo e vitamina C.

Seja ela crespa, lisa ou americana, a alface é uma das melhores folhas para o bom funcionamento do intestino, na qualidade da visão, alivia o estresse e principalmente evita você a ficar contando carneirinhos para dormir. Ela auxilia na combate a insônia. Consuma alface sempre com molhos frescos, tais como limão, salsa, manjerição, cebolinha e nunca com temperos gordurosos ou cremosos. No mais, bom apetite!

Bebidas energéticas levam ao alcoolismo



A Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, em parceria com aproximadamente mil universidade pelo país, divulgaram que pessoas que consomem excessivamente bebidas energéticas com alto teor de cafeína, estão mais propicias ao consumo de bebidas alcoólicas, o que pode torná-las viciadas, por bebidas como; vodca e uísque, além de correrem mais riscos a desmaios.

Agora cidades como Nova York, Washington, Michign, Utah e Oklahoma estão com medidas sérias para proibir a venda de bebidas que combinam álcool e cafeína.

Homens, cuidado com o câncer de mama


Você pensa que câncer de mama só pode acontecer em mulheres? Engano!
De cada cem diagnóstico um é realizado e confirmado em homens, afirma o mastologista do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Felipe Andrade. O especialista admite que os homens ignoram a possibilidade e quando detectada a doença em muitos casos são negativas as chances de cura.

O médico explica que o fato não é que o câncer de mama em homens são mais agressivos e sim pela demora de procurar o diagnóstico para a cura imediata.

Em 2008, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) notificou que das 11.860 mortes, 125 foram homens. Mas vale lembrar que o número alarmante é devido a falta extrema de informação, porque antes não era divulgada a doença para o sexo masculino. A descoberta só veio depois que o designer gráfico americano Steve McAllister, de 58 anos, descobriu que estava com câncer de mama. A partir daí, ele começou uma campanha para alertar os homens de todo o mundo.

Vale prestar atenção nos primeiros sintomas: nódulos endurecidos na mama ou embaixo dos braços; secreção e retrações na pele são sinais. Pessoas com idade acima de 60 anos estão mais propicias, mas não há a confirmação de que os mais jovens estão livres, tem que estar atento. Uma curiosidade é que os homens de origem judaíca ou aqueles com problemas hepáticos são alvos do câncer de mama masculino com mais facilidade.

Os piratas em alta


Quando o seu ator (a) preferido (a) é lançado (a) em um novo filme, você vai ao cinema, espera o filme ir para as video locadoras ou prefere comprar o dvd pirata na rua e asssistir em casa ?

Quando a seu cantor (a) lança aquele álbum com belissimas músicas, você prefere o download ou prefere comprar com camelô?

Bem, se você foi contra todas as primeiras opções e respondeu que prefere os produtos piratas, saiba que você é mais um entre os 70,2 milhões de pessoas no Brasil que consome produtos ilegais. Os dados foram divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismos do Rio de Janeiro. Os dados foram levantados em mil domicílios de 70 cidades do país.

Investir em saúde fica pobre


Segundo pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 100 milhões de pessoas estão ficando mais pobres por ano quando tentam arcar com gastos na saúde. Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo não tem condições de investir.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Recorde Schmidt


Segundo Oscar Schmidt durante toda sua carreira ele atingiu a marca dos 49.737 pontos no basquete em 1.615 jogos disputados.


Porém a Federação Internacional de Basquete contestado, dizendo que não seria correta essa somatória. Se Schmidt estiver certo do seu recorde, ele é no momento o maior em pontuação no basquete mundial.



Férias é na Globo






Melhor que viajar é ficar assistindo TV jogada no sofá, ainda mais quando a Rede Globo exibe Festival Nacional com excelentes produções brasileira.

O destaque desta nova temporada para; Se eu Fosse Você (“Tela Quente”)
Terça (04) – Divã (“Festival Nacional), Quarta (05) – Casa da Mãe Joana (“Festival Nacional), Quinta (06) – Última Parada 174 (“Festival Nacional) e Sexta (07) – Sexo com Amor? (“Festival Nacional), um belo destaque para a nossa 7ª arte. Outra grande produção foi a série Amor em 4 Atos com histórias emocionantes representadas por nomes admiráveis da nossa TV.

E depois de brilhar nos cinemas, O Bem Amado de Dias Gomes, roteiro de Guel Arraes e Cláudio Paiva e dirigida por Guel Arraes e estrelado por Marco Nanini, Caio Blat, Maria Flor, Bruno Garcia, Andrea Beltrão, Edmilson Barros, Matheus Nachtergaelle, Drica Moraes, Zezé Polessa, Tonico Pereira e com participação especial de José Wilker.

Leite, bom para os ossos




Todo adulto deve consumir de três a quatro copos de leite ao dia O leite é fonte inesgotável de cálcio para o fortalecimento dos ossos, ácido linoléico (CLA) responsável no combate as doenças como; arteriosclerose, diabete e câncer.



Seus benefícios são vitais para o corpo, pois contém potássio. O seu uso frequente ajuda na contração muscular, na formação dos tecidos e músculos. O leite também é um excelente regulador dos batimentos cardíacos, coagulação sanguinea e no funcionamento do sistema nervoso central por conter fósforo.

Principais lutas políticas desenvolvidas no período entre 1945 a 1964



Jornalista Rosa Rodrigues

Hoje gostaria de fazer uma análise das principais lutas políticas desenvolvidas no período entre 1945 a 1964. Quando a república instaurada em 1945, caracterizou-se pela volta das liberdades democráticas, pelo crescimento econômico no setor industrial, pelo populismo e pelo alinhamento com o bloco capitalista.

Pois bem, no governo do general Eurico Gaspar Dutra instalou-se uma Assembleia Nacional Constituinte que representava as forças conservadoras do país. Adotou uma política econômica Liberal, de não intervenção do Estado na economia, abriu o país ao capital estrangeiro. Essa política trouxe prejuízo para a Indústria Nacional, que enfrentou a competição de artigos importados, beneficiando o setor de Comércio Importador.

A dívida externa que havia diminuído no governo Vargas, começou a crescer, a política de contenção dos salários provou greves operárias, com expressões violentas e com intervenções de sindicatos. A Câmara votou pelo fechamento do PCB, em 1947.

Em 1950, Getúlio Vargas do PTB saiu vitorioso e assim cumpriu seus dois governos: populista e nacionalista, tomando posse em 31 de janeiro, num clima de muitas contradições entre burguesia Industrial e Financeira, trabalhadores urbanos e algumas oligarquias estaduais conservadoras.

Durante o seu governo foram aprovados o monopólio estatal do petróleo e a criação em 3 de outubro de 1953 da Petrobrás. Era um governo, com contato direto com o povo e com isso cresce a oposição. João Goulart foi escolhido para assumir o Ministério do Trabalho e reorganizar os Sindicatos, atrelando-os mais ao governo. Em fevereiro de 1954, Goulart propós um aumento de 100% para os salários mínimo, o que degradou os empresários e obrigou Getúlio a demiti-lo. A política de Getúlio não tinha apoio dos EUA, pois dificultava a entrada das multinacionais norte-americanas no país.

O operacionista da UDN Carlos Lacerda, jornalista dono do Jornal Tribuna da Imprensa, acusou Vargas de corrupção. Contava com o apoio da grande imprensa (O Estado de São Paulo, O globo, etc), das Forças Armadas e de Grupos econômicos ligados aos interesses norte-americanos e do próprio governo dos EUA.

Com a morte de Getúlio Vargas em 5 de agosto de 1954, a população se revoltou, apedrejou as sedes da UDN, o consulado norte-americano em algumas capitais e ameaçou invadir a embaixada dos EUA, Lacerda fugiu do país.

Com o suicídio de Vargas, seu vice Café Filho (1954 e 1955) formou um ministério em que a maioria dos ministros da UDN e assim favoreceu a abertura de Capital Estrangeiro.

Os anos JK estabeleceu o que se chama “um Estilo de Governo”. No dizer de Juca Chaves, autor em várias canções satirizou o presidente, tratava-se de um “presidente Bossa Nova”. A verdadeira “Bossa” de Juscelino foi, porém, saber ser um renovado antigo político do PSD que, cordial, hábil e tolerantemente, manteve a ordem, modificou sem alterar, usou o poder sem violência e capitalizou simpatias com cada um de seus atos.

Kubitschek conseguiu, sobretudo, catalisar a esperança dos brasileiros, criando uma mentalidade desenvolvimentista. Era preciso ter os olhos no futuro, despertar a nação, aproveitar suas potencialidades e riquezas (...)

JK fracassou nas áreas da educação e agricultura. No setor automobilístico General Motors, Volkswagen, Mercedes Benz e Ford desenvolveram sobre tudo muito bem concretizando a política desenvolvimentista.

A Capital muda para o Centro-Oeste, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa, Brasília foi inaugurada em 31 de abril de 1960.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) é uma agência especial da Organização das Nações Unidas com sede em Washington. Foi criado para promover a cooperação Monetária entre os países-membros, em dificuldades econômicas temporárias.

O FMI exigiu do Governo brasileiro o combate a inflação, e redução de despesas e o fim dos subsídios par ao trigo e o petróleo, o que provocaria a elevação do preço do pão e do transporte e JK não aceitou as exigências e rompeu o acordo, dificultando o crescimento econômico e este foi perdendo o apoio.

Em 3 de outubro de 1960 foi eleito Jânio da Silva Quadros e João Goulart vice e assim a democracia é ameaçada. Os grupos de esquerda defendiam o socialismo e a luta anti-imperialista, e os de direita estavam ligados aos interesses de grupos econômicos norte-americanos, um governo baseado na luta contra a corrupção, comunismo e a inflação.

O governo de Jango representa um ponto crítico na história brasileira. Seu projeto de reformas procura dar uma face mais humana ao desenvolvimento capitalista no Brasil. Ele ousa transformações na vida econômica e política sem burgueses. Mas sua ousadia era demais para os influentes e poderosos grupos conservadores.

Mas o que mais chama a atenção são os interesses que representavam os principais partidos políticos desse período. Getúlio Vargas quis conduzir o processo de transição da ditadura para a democracia. A oposição do Estado novo era formado por um amplo leque que ia desde a oligarquia aliada do poder pela Revolução de 30 até a esquerda. Essa oposição organizou a União Democrática Nacional (UDN) que, inicialmente, incluía até socialistas. NO entanto, esse partido acabou dominado pela oligarquia e em empresários conservadores.

Com a legalização dos partidos, consequência da queda do Estado Novo, Vargas teria que organizar partidariamente as suas bases de apoio pra sobreviver politicamente. Promoveu, então, a organização de dois partidos.

a) Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que arregimentava a burocracia sindical e os trabalhadores urbanos em geral. Era um partido que se assemelhava do Partido Trabalhista Inglês: operário sem ser socialista.

b) Partido Social Democrata (PSD), que aglutinava grandes proprietários rurais, empresários, financistas e altos burocratas:

A queda de Vargas, em 1945 determinou a realização de eleições para a presidência da República. A disputa se polarizou entre o general Eurico Gaspar Dutra, apoiada por Vargas e Eduardo Gomes, apoiado pela UDN e pelos setores conservadores. Venceu Dutra.

A eleição do presidente foi feita simultaneamente à da Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição de 1946. Nesta eleição por exemplo a PSD elegeu a maior
bancada de Senadores e Deputados. A UDN foi à segunda agremiação da Assembleia e assumiu posições conservadoras. À esquerda ficaram PTB, o PCB, etc.

Pela primeira vez no Brasil os partidos tinham abrangência nacional com uma democracia liberal que controlou o movimento popular.

Apesar da modernização a que levou uma parte do país, deixou sérios problemas econômicos e sociais de herança para os governos seguintes, como a maior dependência em relação ao capital estrangeiro, índices elevados de inflação e custo de vida, divida externa considerável.

Sendo que uma das principais realizações do governo JK, destacadas é a contrição para a integração mais profunda da economia brasileira ao sistema capitalista ocidental, na direção de um desenvolvimento industrial acelerado, para cuja realização buscou-se atrair capital e tecnologia estrangeira.


Em resumo: O motivo é que subitamente, parecia que a esquerda havia ganho vida. Mais de 1600 sedes locais da Aliança Nacional Libertadora havia brotado (...). A plataforma da aliança, pedia o cancelamento das “dívidas imperialistas”, a nacionalização das empresas estrangeiras e a liquidação dos latifúndios. Os radicalizantes estavam igualmente ativos na direita. Um movimento fascista chamado Integralismo vindo por igual força...

Percebe-se que as pressões externas e internas pela abertura do Mercado Nacional aos investimentos estrangeiros, apontou uma das razões do esgotamento do modelo de desenvolvimento industrial nacionalista inaugurada com Vargas. O que se poderia questionar é a maneira como a questão foi formulada. ``A partir da segunda metade da década de 50...`` deve ser entendido como o período que corresponde ao governo de JK também foi de substituição de importações, deixando de ser nacionalista e deslocando os investimentos para o setor de produção de bens de consumo duráveis e não mais priorizando as indústrias de base. A posterior crise do desenvolvimentismo patrocinado por JK, esta ligada a fatores apontados em nenhuma alternativa: inflação, endividamento externo, pressão política e social de setores poucos beneficiados pelo modelo de desenvolvimento adotado.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quem foi Antônio Gonçalves Dias?







Índice

01- Quem foi Antônio Gonçalves Dias?
02- O grande amor - Ana Amélia
03- Julgamento crítico
- De Alexandre Herculano
- José de Alencar
- De Machado de Assis

04- Cronologia
05- Obras
06- Alguns poemas de Gonçalves Dias
07- Bibliografia


Introdução





Este é um trabalho realizado pelos alunos do 2º D do Ensino Médio do Colégio Cora Coralina, Luzia Godoi, Ana Carolina, Ítalo Mello e Wesley. Trabalho este que tem como objetivo apresentar aos professores e alunos a trajetória de vida de Antônio Gonçalves Dias, grande poeta que deixou gravada a sua história dentro da literatura brasileira.






Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão, em 1823, filho de pai português e mãe provavelmente cafuza, Gonçalves Dias era um homem que se orgulhava de ter no sangue as três raças formadoras do povo brasileiro: a branca, a índia e a negra.




Após a morte do pai, sua madrasta mandou-o para a Universidade em Coimbra, onde ingressou em 1840. Atravessando graves problemas financeiros, Gonçalves Dias é sustentado por amigos até se graduar bacharel em 1844. Retornando ao Brasil, conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, grande amor de sua vida. Em 1847, publica os Primeiros Cantos. Esse livro lhe trouxe a fama e a admiração de Alexandre Herculano e do Imperador Dom Pedro II.





Para saber mais, acompanhe este trabalho e você saberá dados importantes e curiosos sobre a vida deste grande poeta da Era do Romantismo Brasileiro.




Antônio Gonçalves Dias, nasceu no dia 10/08/1823, em Caxias (Maranhão), filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837. Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.





Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das idéias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.





No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive "Ainda uma vez — Adeus" foram escritas para ela. Nesse mesmo ano viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Comércio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária.





Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo.Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma idéia de Brasil a literatura nacional.


Litografia de Gonçalves Dias em rótulo de cigarro. Em 1849 fundou com Porto Alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.


Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.





Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de Guimarães no Maranhão.





Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma idéia de Brasil a literatura nacional.


O grande amor - Ana Amélia




Por ocasião da elaboração da antologia poética da fase romântica, elaborada por Manuel Bandeira, Onestaldo de Pennafort gentilmente escreveu a nota que segue, retirada daquela obra e aqui transcrita: " A poesia "Ainda uma vez --adeus,--" bem como as poesias "Palinódia e "Retratação" -- foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo.





Gonçalvez Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias "Seus olhos" e "Leviana". Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a S. Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.





A família da linda Dona Ana - como lhe chamavam- tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que tudo era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento.


Por seu lado o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la!


E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Dona Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações.


"Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado aquele que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de "Ainda uma vez - adeus -" as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue."




Julgamento crítico

De Alexandre Herculano





“Os primeiros cantos são um belo livro; são inspirações de um grande poeta. A terra de Santa Cruz, que já conta outros no seu seio, pode abençoar mais um ilustre filho. O autor, não o conheço; mas deve ser muito jovem. Tem os defeitos do escritos ainda pouco amestrado pela experiência: imperfeições de língua, de metrificação, de estilo. Que importa? O tempo apagará essas máculas, e ficarão as nobres inspirações estampadas nas páginas deste formoso livro”.





“Abstenho-me de outras citações, que ocupariam demasiado espaço, não posso resistir à tentação de transcrever das Poesias Diversas uma das mais mimosas composições líricas que tenho lido na minha vida. (Aqui vinha transcrita a poesia Seus Olhos.) Se estas poucas linhas, escritas de abundância de coração, passarem, os mares, receba o autor dos Primeiros Cantos testemunho sincero de simpatia, que não costuma nem dirigir aos outros elogios encomendados nem pedi-los para si" ("Futuro Literário de Portugal e do Brasil" em Revista Universal Lisbonense, t.7,pág. 7 ano de 1847-1848).





De José de Alencar





"Gonçalves Dias é o poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação, no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus costumes selvagens" (Iracema).


De Machado de Assis

“Depois de escrita a revista, chegou à notícia da morte de Gonçalves Dias, o grande poeta dos Cantos e dos Timbiras. A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento. Só me resta espaço para aplaudir a idéia que se vai realizar na capital do ilustre poeta. Não é um monumento para Maranhão, é um monumento para o Brasil. A nação inteira deve concorrer para ele”. (Crônicas em Diário do Rio de Janeiro, de 9 de novembro de 1894).







Cronologia





1823 - 10 de agosto: Nasce no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá, a 14 léguas da vila de Caxias, Antônio Golçalves Dias. Filho do comerciante João Manuel Gonçalves Dias, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, maranhense.

1830 - É matriculado na aula de primeiras letras do Prof. José Joaquim de Abreu.

1833 - Começa a servir na loja do pai como caixeiro e encarregado da escrituração.

1835 - É retirado da casa comercial e matriculado no curso do Prof. Ricardo Leão Sabino, onde principia a estudar latim, francês e filosofia.

1838 - Parte para São Luís, onde embarcará para Portugal; chega em outubro a Coimbra e entra para o Colégio das Artes.

1840 - 31 de outubro: Matricula-se na Universidade.

1845 - Embarca no Porto para São Luís, aonde chega em março, partindo no dia 6 para Caxias.

1846 - Embarca para o Rio de Janeiro.

1847 - Aparecem os Primeiros Cantos, trazendo no frostispício a data de 1846.

1848 - Aparecem os Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão.

1849 - É nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II.

1851 - Publicação dos Últimos Cantos.

1852 - É nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros.

1854 - Parte para Europa.

1856 - Viagem à Alemanha. É nomeado chefe da seção de Etnografia da Comissão Científica de Exploração.

1857 - O livreiro-editor Brockhaus, de Dresda, edita os Cantos, os primeiros quatro cantos do poema Os Timbiras e o Dicionário da Língua Tupi.

1859 - 1861 - Trabalhos da Comissão no interior do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará e Amazonas, chegando até Mariná, no Peru.

1862 - Parte para o Maranhão, mas no Recife, depois de consultar médico, resolve embarcar para Europa.

1862 - 22 de agosto: É desligado da comissão Científica de Exploração.


1862 - 1863 - Estação de cura em Vicky. Marienbad, Dresda, Koenigstein, Teplitz e Carlsbad.

Em Bruxelas sofre a operação de amputação da campainha.

1863 - 25 de outubro: Embarca em Bordéus para Lisboa, onde termina a tradução de A noiva de Messina, de Schiller.

1864 - Fins de Abril: Volta a Paris. Estações de cura em Aix-ls-Bains, Allevard e Ems (Maio, junho e julho).

1864 - 10 de setembro: Embarca o Poeta no Haver no navio Ville de Boulogne. Piora em viagem e no dia 3 de novembro: Naufrágio nas costas do Maranhão e morte de Gonçalves Dias.




Obras





1843: Canção do exílio

1846: Primeiros cantos

1846: Meditação

1846: O Brazil e Oceania (prosa)

1848: Segundos Cantos

1848: As sextilhas de Frei Antão

1846: Seus Olhos

1857: Os timbiras

1851: I-Juca-Pirama

1858: Dicionário da Língua Tupi chamada língua geral dos indígenas do Brasil.
Quem foi Antônio Gonçalves Dias?


Alguns poemas de Gonçalves Dias

Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Canção do Exílio



Olhos Verdes





São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte,
Diz uma — vida, outra — morte;
Uma — loucura, outra — amor.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz do coração;
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
Mais ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como se lê num espelho,
Puder ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mim!
Quem foi Antônio Gonçalves Dias?

Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mim,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esperança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mim!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!


Conclusão





Portanto, conclui-se que Antônio Gonçalves Dias pertence ao cânone romântico europeu na medida em que, com a sua obra de poeta e de escritor, concorre para as diretrizes principais do lirismo do século XIX, é isso não somente no enriquecimento da estética romântica, com a contribuição da lírica de tradição portuguesa, mas também pela expressão do homem romântico, dimensionada com uma nova sensibilidade de espontânea simplicidade, própria do mesmo.


Bibliografia


Blog: rosarodriguesjornalistaeradialista.blogspot.com


Montello, J. Para conhecer melhor Gonçalves Dias. Rio de Janeiro: Block. 1973. 138 p.


Brait, B. Gonçalves Dias. São Paulo: Nova Cultural. 1988 (Literatura Comentada)







Quem foi Antônio Gonçalves Dias?

REALISMO NATURALISMO




Índice


01 - Introdução
02 – Características
– Romance realista
– Romance naturalista
– Poesia parnasiana
03 – Produção Literária em Prosa
– Machado de Assis
– A prosa de Machado de Assis – Primeira Fase
– Advertência
– A prosa de Machado de Assis – Segunda Fase
04 - Raul Pompéia
05 – Aluísio Azevedo
06 – Principais autores e obras
07 – Dez Exercícios Realismo
08 – Dez Exercícios Naturalismo
09 – Bibliografia



01 - INTRODUÇÃO


REALISMO NATURALISMO

Em 1857, mesmo ano em que no Brasil era publicado O Guarani, de José de Alencar, na França era publicado Madame Bovary, de Gustave Flaubert, considerado o primeiro romance realista da literatura universal. Em 1867, Émile Zola publica Thérèse Raquin, inaugurando o romance naturalista.

No Brasil considera-se 1881 como o ano inaugural do Realismo. Um ano fértil para a literatura brasileira, com a publicação de dois romances fundamentais, que modificaram o curso de nossas letras: Aluísio Azevedo publica O Mulato, o primeiro romance naturalista do Brasil; Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, o primeiro romance realista de nossa literatura. O Realismo se estende, na prática, até as duas primeiras décadas do século XX.

O Realismo reflete as profundas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais da segunda metade do século XIX. A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, entra numa nova fase, caracterizada pela utilização do aço, do petróleo e da eletricidade. O capitalismo se estrutura em moldes modernos, com o surgimento de grandes complexos industriais; por outro lado, a massa operária urbana avoluma-se, formando uma população marginalizada que não partilha dos benefícios gerados pelo progresso industrial. Essa nova sociedade serve de pano de fundo para uma nova interpretação da realidade, gerando teorias de variadas posturas ideológicas.

O Brasil também passa por mudanças radicais tanto no campo econômico como no campo político-social, no período compreendido entre 1850 e 1900, embora com profundas diferenças materiais, se comparadas às da Europa. A monarquia vive uma progressiva decadência; avança a luta abolicionista; desde a Guerra do Paraguai, organiza-se o movimento republicano notadamente entre os militares. O fim da mão-de-obra escrava e a sua substituição pela mão-de-obra assalariada, então representada pelas levas de imigrantes europeus que vinham trabalhar na lavoura cafeeira, originou uma nova economia voltada para o mercado externo.


02 - CARACTERÍSTICAS

As características do Realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico, refletindo, dessa forma, a postura do positivismo de Augusto Comte, preocupado com o real-sensível, o fato; do socialismo científico de Marx e Engels, definindo o materialismo histórico e defendendo a luta de classes; do evolucionismo de Charles Darwin e sua teoria da origem das espécies, negando a origem divina defendida pelo cristianismo.

Assim é que o objetivismo aparece como negação do subjetivismo romântico e nos mostra o homem voltado para aquilo que está diante e fora dele, o não-eu; o personalismo cede terreno ao universalismo. O materialismo leva à negação do sentimentalismo e da metafísica. O Realismo só se preocupa com o presente, o contemporâneo. O avanço das ciências, influencia sobremaneira os autores da nova estética, principalmente os naturalistas, donde se falar em cientificismo nas obras desse período.

Ideologicamente, os autores desse período são antimonarquistas, assumindo uma defesa clara do ideal republicano; negam a burguesia a partir da célula-mãe da sociedade – a família; eis por que a insistência nos triângulos amorosos, formados pelo o pai traído, a mãe adúltera e o amante, que é normalmente um ¨amigo da casa¨; são anticlericais, destacando-se em suas obras os padres corruptos e a hipocrisia das beatas.

Finalmente, é importante salientar que Realismo é denominação genérica de um estilo de época, em que se podem perceber três tendências distintas, expostas a seguir:

01.1 - Romance realista

Cultivado por Machado de Assis, é uma narrativa mais preocupada com a análise psicológica, fazendo críticas à sociedade a partir do comportamento de determinados personagens. Por outro lado, o romance realista analisa a sociedade ¨por cima¨, ou seja, seus personagens são capitalistas, pertencem à classe dominante. O romance realista é documental, retrato de uma época.


01.2 - Romance naturalista



Cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo, Júlio Ribeiro, Adolfo Caminha, Domingos Olímpio, Inglês de Sousa e Manuel de Oliveira Paiva, o romance naturalista é marcado por forte análise social a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo. É tradicional a tese de que, em O Cortiço, o principal personagem não é João Romão, nem Bertoleza, nem Rita Baiana, mas sim o próprio cortiço, devidamente antropomorfizado. Por outro lado, o Naturalismo apresenta romances experimentais; a influencia de Darwin se faz sentir na máxima naturalista segundo a qual o homem é um animal; portanto, antes de usar a razão, deixa-se levar pelos instintos naturais.
Importante:

Como você observa, há vários pontos de coincidência entre o romance realista e o naturalista; diríamos até que ambos partem de um mesmo ponto X e ambos chegam ao mesmo ponto Y, só que percorrendo caminhos diversos. Inclusive podemos encontrar, numa mesma obra, determinadas posturas mais realistas convivendo com enfoques mais naturalistas, como no romance O Ateneu, de Raul Pompéia.



01.3 - Poesia parnasiana



Cultivada por Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho, a poesia parnasiana preocupa-se com o rigor formal e a objetividade.



03 - PRODUÇÃO LITERÁRIA EM PROSA

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, em 1839. Seu pai era brasileiro, mulato e pintor de paredes; sua mãe era portuguesa e lavadeira. Frequentou por pouco tempo uma escola pública, onde aprendeu as primeiras letras; aos 16 anos publica o poema ¨Ela¨, em uma edição da revista Marmota Fluminense. Em 1869, casa-se com Carolina Xavier de Novais. Como funcionário público, teve uma carreira meteórica, que lhe deu tranquilidade financeira. Em 1897, realizando um velho sonho, é eleito presidente da recém-fundada Academia Brasileira de Letras. Após a morte de sua esposa , em 1904, o romancista passou a sair de casa raramente; sua saúde, extremamente abalada pela epilepsia, por problemas nervosos e por uma gaguez progressiva, contribuía para o seu isolamento. Morre em 1908, em sua confortável casa do Cosme Velho.

Costuma-se dividir a obra de Machado de Assis em duas fases distintas: a primeira fase apresenta o autor ainda preso a alguns princípios da escola romântica, sendo, por isso, chamada de fase romântica ou de amadurecimento; a segunda apresenta o autor completamente definido dentro das ideias realistas, sendo, portanto, chamada de fase realista ou de maturidade. Machado foi romancista, cronista, contista, poeta e crítico literário, além de deixar algumas peças de teatro. Nesse volume comentaremos apenas a prova machadiana.


01.1 - A prosa de Machado de Assis – Primeira fase


Pertencem à primeira fase os romances Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia.



Machado de Assis foi um ótimo crítico literário, principalmente de sua própria obra. Portanto, ninguém melhor do que o próprio autor para reconhecer a diversidade de caminhos trilhados; transcreve-se a seguir uma ¨advertência¨de Machado para a reedição de 1905 do romance Helena:



Advertência



Esta nova edição de ¨Helena¨sai com várias emendas de linguagem e outras, que não alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e imprimi, diverso do que o tempo me foi depois, correspondendo assim ao capítulo da história do meu espírito, naquele ano de 1876.


Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferentes páginas, ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. É claro que, em nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu tempo.



(ASSIS, Machado de. Obra completa.
Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1986. p.272.)


Observa-se, portanto, que Machado nos dá a dimensão exsta das fases de sua obra, assumindo uma posição paternal ao comentar e se desculpar das obras da primeira fase, nostalgicamente relembradas como uma época de ¨Fé Ingênua¨, ingenuidade essa perdida ao trilhar ¨diferentes páginas¨, ou seja, páginas realistas.

No entanto, apesar de romanescos, os textos da primeira fase já indicavam algumas características das obras da maturidade: o amor contrariado, o casamento por interesse, um ligeira preocupação psicológica e uma sutil ironia.



01.2 - A prosa de Machado de Assis – Segunda fase



A esta fase pertencem as obras-primas do romancista e contista. A análise psicológica dos personagens, o egoísmo, o pessimismo, o negativismo, a linguagem correta, clássica, as frases curtas, a técnica dos capítulos curtos e da conversa com o leitor são as principais características dos textos realistas, ao lado da análise da sociedade e da crítica aos valores românticos.



Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma obra inovadora sob todos os aspectos; um livro revolucionário a partir da sua própria estrutura: são memórias ... póstumas! Ou seja, o narrador, já morto, rememora sua vida, constituindo-se, dessa forma, num defunto-autor – a narração é feita em primeira pessoa. Qual o objetivo de Machado ao criar um narrador que já está morto? Ora, para narrar sua vida com total isenção, Brás Cubas teria de estar totalmente desvinculado de qualquer relação com a sociedade, com a propicia um total descomprometimento, uma total sinceridade. Ironicamente, Brás Cubas assim escreve a dedicatória do livro:


Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas.



Com o verbo no passado: roeu. O que significa que Brás Cubas não é mais nada, não existe, não deve satisfações a ninguém; é livre, soberano absoluto para pintar a vida, as pessoas, a si próprio.


O que faz do meu Brás Cubas um autor particular é o que ele chama ¨rabugens de pessimismo¨. Há na alma deste livro, por mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero. (...) não digo mais para não entrar na crítica de um defunto, que se pintou a si e a outros, conforme lhe pareceu melhor e mais certo. (...)


04 - Raul Pompéia



Raul d Ávila Pompéia nasceu em 1863, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Aos dez anos de idade, transfere-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde é matriculado no Colégio Abílio, dirigido pelo o Dr. Abílio César Borges, Barão de Macaúbas. Em 1881 muda-se para São Paulo, matriculando-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Participa ativamente da campanha abolicionista e engaja-se na causa republicana. Em 1888 Raul Pompéia publica O Ateneu, em folhetim, na Gazeta de Notícias. Leva vida agitada, com várias polêmicas, inimizades e crises depressivas. Abandonado pelos amigos e caluniado nos meios jornalísticos, Pompéia suicida-se no dia de Natal de 1895.



Raul Pompéia, a exemplo de Manuel Antônio de Almeida, entrou para a literatura graças a um único livro: O Ateneu. Suas experiências anteriores se perdem diante da importância desse livro.



O Ateneu – crônica de saudades, como o próprio subtítulo indica, é um livro de memórias: a narrativa é feita em primeira pessoa (o que permite ao autor entrar no complexo mundo das revelações que só se fazem à consciência); Sérgio, o personagem-narrador, já adulto, narra seu tempo de aluno interno no Ateneu. E mais: trata-se de um romance com fortes traços autobiográficos; a fronteira entre ficção e realidade é muito frágil. As identidades são claras: Sérgio é Raul Pompéia; o Dr. Aristarco, diretor do Colégio, é na realidade o Dr. Abílio; O Ateneu é o Colégio Abílio.



O Ateneu é uma obra que permite duas leituras: uma no campo individual, fruto da vivência de Sérgio/Raul Pompéia como interno em um colégio de estrutura cruel (o homossexualismo, inevitável num internato só de meninos; a tirania do diretor; as frustrações e complexos e complexos que essa sociedade fechada provoca; outra no campo político-social, pois se ampliarmos esse universo, poderemos ver O Ateneu como a própria representação da monarquia e Aristarco como a personificação do governo. Ambas as leituras, no entanto, não podem ser vistas isolada e independentemente; ao contrário, elas se fundem, se interpenetram, se complementam. Ao final do livro, Raul Pompéia destrói O Ateneu: um dos meninos provoca um incêndio; é a destruição daquele mundo cruel e de seu criador, Aristarco; é a destruição daquela decadente representação da monarquia. Segundo Mário de Andrade, trata-se da ¨vingança¨de Raul Pompéia.



05 - Aluísio Azevedo



Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 1857. Após os primeiros estudos em sua terra natal, vai para o Rio de Janeiro estudar pintura e desenho; trabalha como caricaturista na imprensa. Em 1880 inicia-se no romance, publicando Uma Lágrima de Mulher. No ano seguinte, choca a sociedade maranhense ao publicar O Mulato, primeiro romance naturalista de nossa literatura. Em 1895 ingressa na vida diplomática e abandona a literatura. Falece em Buenos Aires, Argentina, em 1913.



Por tentar profissionalizar-se como autor, Aluísio produziu uma obra propositalmente diversificada: de um lado. Os romances românticos, que o próprio autor chamava de ¨comerciais¨; os romances naturalistas, chamados de ¨artísticos¨. Os romances do primeiro grupo foram escritos para o consumo fácil, seguindo a tradicional receita folhetinesca. Ao segundo grupo, entre outros, pertencem os três romances maiores de Aluísio: O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão. Importante é observar que essa divisão não constitui fases, como no caso de Machado de Assis; Aluísio produzia os romances românticos e naturalistas alternadamente.


É como naturalista que Aluísio Azevedo deve ser estudo. Seguindo as lições de Émile Zola e Eça de Queirós, o autor escreve romances de tese, com clara conotação social. Percebe-se nitidamente a preocupação com as classes marginalizadas da sociedade, a crítica ao conservadorismo e ao clero e a defesa do ideal republicano.



Destaque para sua postura tipicamente naturalista ao valorizar sobremaneira os instintos naturais, comparando constantemente seus personagens a animais ou, em outras passagens, atribuindo comportamentos humanos aos animais: uma mulher tem ¨ancas de vaca do campo¨, um homem morre ¨estrompado como uma besta¨; outro tem uma ¨uma exalação de animais cansados¨; por outro lado, os papagaios, ¨à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente¨; para citar alguns exemplos retirados de O Cortiço.



06 - Principais autores e obras


Realismo


Artur Azevedo (1855-1908) – Amor por anexins; A pele do lobo; O dote; A princesa dos cajueiros; O literato; A mascote na roça; O tribofe; Revelação de um segredo; A fantasia; A capital federal (teatro).



Machado de Assis (1839-1908) – Primeira fase: A mão e a Luva; Helena; Iaiá Garcia (romances); (...) - Segunda fase: Memórias Póstumas de Brás Cubas; Quincas Borbas; Dom Casmurro; (...).



Raul Pompéia (1863-1897) - O Ateneu; Uma tragédia no Amazonas; Agonia; (...).
Naturalista .



Adorno Caminha (1867-1897) – A normalista; O bom crioulo; (...).



Aluísio Azevedo (1857- 1913) – Uma lágrima de mulher; O mulato; Casa de pensão; O cortiço; (...).



Domingos Olímpico (1850-1906) – Luzia-homem.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff faz o juramento é empossada no Plenário da Camara

POSSE DA DILMA-Lula desce a ultima vez a rampa do palácio para dar posse...

Posse de Dilma O momento em que ela se emociona

A POSSE DE DILMA ROUSSEFF - Acenando Para o Povo do Carro Oficial Até o ...

Posse de Dilma Rousseff/Presidenta do Brasil!!

A POSSE DE DILMA :Lula passa faixa presidencial para Dilma Rousseff.{ 01...

Discurso de posse de Dilma

POSSE DA DILMA : Lula passa a faixa presidencial para Dilma Rousseff

A Posse - Dilma saíndo do Congresso Nacional

A posse de Dilma Rouseff

A Posse de Dilma

DESPEDIDA DE LULA DEZEMBRO 2010 "ELE É O CARA"

A era do rádio


Jornalista Rosa Rodrigues

``Tra-ba-lha-do-res do Brasil``! Com sua voz peculiar e sotaque gaúcho, Getúlio Vargas iniciava assim, ao microfone da rede nacional de radiodifusão, seus tradicionais ``discursos ao povo brasileiro``. Nos vários anos em que esteve no poder, como presidente do Governo Provisório (1930-1934), presidente eleito (1934-1937) no período do Estado Novo (1937-1945) e em seu retorno ao Palácio do Catete (1950-1954), Vargas não apenas utilizou o rádio para suas campanhas políticas nacionalistas, como também foi um dos grandes incentivadores de sua imagem pelo rádio, e seu projeto de integração nacional e cultural foi levado a cabo pelas ondas curtas que atingiam todos os cantos do país.



A utilização política do rádio não era novidade.



Tendo se disseminado como meio de comunicação de massa na década de 1920, já no início dos anos 30 o regime de Hitler havia transformado o rádio na mais poderosa arma de propaganda da ideologia nazista. Os nortes - americanos seguiram o exemplo, e também o usaram como arma de propaganda, mas de um modo um pouco mais sutil. enquanto os discursos de Hitler eram feitos em tom belicoso, com uma oratória que dispensa os acordes impetuosos das músicas de fundo, o presidente Roosevelt transmitia seus programas de rádio como se estivesse conversando tranquilamente com seus ouvintes, ao pé da lareira.



Durante a Segunda Guerra Mundial, discursos transmitidos pelo rádio podiam ser ouvidos ao mesmo tempo em Berlim, no norte da África, na frente russa, no Brasil e nos submarinos espalhados pelo Atlântico. Mas, se o rádio servia a guerra, também estava ao lado da resistência à opressão. As fronteiras nacionais, com suas alfândegas e controles, não eram obstáculos para as transmissões em ondas curtas. Há diversos relatos de intelectuais e escritores de países sob regime autoritário que encontravam nas emissoras de ondas curtas um modo de receber, a partir do exterior, as notícias de sua própria cidade e região, normalmente submetidas à censura nos jornais e rádios locais.



Meios de comunicação ideal para superar distância, não apenas geográficas, mas também culturais, o rádio podia ser produzindo e ouvido de forma relativamente barata. Superava assim, pela agilidade e alcance, seu concorrente mais próximo: o jornal impresso. Além disso, veiculava não apenas notícia, mas músicas, esportes e entretenimento, configurando - se como o principal veículo da primeira fase da expansão da sindústria cultural moderna. O Brasil, atrasado no que se referia a produção editorial, não queria ficar atas no domínio dessa nova tecnologia. Já em 1932, o governo Vargas institui as primeiras leis específicas para a radiodifusão, tomando posse das frequências e adotando o padrão americano, que colocava na mão de particulares, sob s forma de concessões, o controle das emissoras.



A expansão do rádio acabou contribuindo de maneira decisiva para a implementação do projeto nacionalista de Vargas, que em um de seus discursos deixou claro as diretrizes do Estado Novo: ``A riqueza de cada um, a saúde, a cultura, a alegria, não são apenas bens pessoais, representam reservas de vitalidade social que devem ser aproveitadas para fortalecer a ação do Estado``.



E para isso Vargas criou, em 1939, o Departamento da Imprensa e Propaganda (DIP), órgão destinado a vigiar a imprensa e difundir o pensamento político do regime. Um dos primeiro frutos do DIP foi a criação da ``Hora do Brasil``, programa de rádio oficial que depois de tornou à ``Voz do Brasil``, de transmissão obrigatório ainda hoje por todas as rádios do país. Os objetivos eram muitos: a exaltação do Brasil no exterior, a integração nacional, projetos de educação a distância, propaganda turística e ``difusão de números musicais e literários que manifestem o pensamento brasileiro``. Como cantava Lamartine Babo, uma marcha de apoio a Getúlio: ``Só mesmo com revolução, graças ao rádio e o paralelo, Nós vamos ter transformação, Neste Brasil verde e amarela``.



E essa revolução não consistia apenas na transmissão de discursos e propaganda partidária, a própria cultura passa a ser visto como elemento fundamental do projeto político do Estado Novo. Isso ficou claro em 1940, com a estatização da Rádio Nacional, maior emissora do Rio de Janeiro. Transmitindo programas de música, humor, jornalismo, variedades e novelas radiofônicas, a Rádio Nacional foi a maior expressão do que depois ficaria conhecido como a ``Era de Ouro`` do rádio brasileiro.



Levando a vida a cantar, às ``cantoras e cantores do rádio`` difundiam música brasileira de qualidade, com canções ao mesmo tempo divertidas e recheadas de apelo nacionalista. Em seus programas, o compositor Almirantes proibia o uso de expressões em outras línguas: Lamartine Babo e Ari Barroso compunham obras ufanistas, como a célebre ``Aquarela do Brasil``, enquanto Heitor Villa - Lobos reunia milhares de estudantes para cantar nos estádios, em coro, hinos de exaltação a pátria. Todos os principais cantores da época eram contratados da Rádio Nacional: vozes como as de Orlando Silva, Francisco Alves, Sílvio Caldas, Emilinha Borba, Vicente Celestino e Carlos Galhardo, que contavam com fãs ardorosos e vendiam milhares de discos, em grande parte divulgados pelas apresentações ao vivo transmitidas pela rádio.



Além disso, não faltava verba para a manutenção de músicos e artistas, como os que faziam parte da Orquestra Brasileira da Rádio Nacional, dirigida pelos maestros Leo Peracchi e Radamés Gnatalli, que um dia lembrou, em entrevista, a frase que ouviu de Gilberto de Andrade, o diretor nomeado por Vargas para reformular a programação da Rádio Nacional: ``Gastem o dinheiro que tiver aí, não precisa guardar``. Andrade foi um dos principais entusiasta do uso político e cultural do rádio, ressaltando o poder do meio em uma de suas declarações: ``Não podemos desestimar a obra de propaganda e de cultura realizada pelo rádio e, principalmente, a sua ação extra - escolar; basta dizer que o rádio chega até onde não chegam a escola e a imprensa, isto é: aos pontos mais lonlínquos do país``.



No entanto, o produto de maior sucesso da Rádio Nacional estava longe de servir aos elevados interesses da política e da cultura. A introdução da novela radiofônica mudou hábitos e criou uma tradição que segue até hoje, transplantada para a televisão. A primeira novela estreou em 1941: o melodrama ``Em busca da felicidade``, do autor cubano Leonardo Blanco.


Autores e diretores brasileiros logo desvendaram os truques do gênero, criando obras que se estendiam por meses e até mesmo anos, prendendo a atenção de um público formado principalmente por mulheres. A contra partida ``Cultural`` era a encenação de peças teatrais, adaptadas ao rádio e ``encenadas`` com o apoio de narração e sonoplastia. Nos primeiros anos da década de 1940 foram montadas, em várias emissoras, 300 peças integrais e 116 novelas, para alegria dos anunciantes, que pagavam caro pela exposição de seus produtos.



Embora tivesse menos tempos de transmissão, em meio a tantos programas, o jornalismo ocupava uma posição de destaque. Vários dos debates mais importantes da época, muitos deles justamente sobre o controle dos meios de comunicação, ocorriam pelo rádio.



As estações geralmente estavam ligadas a empresas do jornalismo escrito, participando ativamente da política local e nacional. O principal programa de jornalismo, com um formato diferenciado e uma alegada objetividade, era o famoso ``Repórter Esso``, a Testemunha Ocular da História``. Com um discursso anticomunista e liberalizante, o programa era alimentado por agências norte-americanas, e sua implantação no Brasil fez parte dos esforços da ``Política da Boa Vizinhança`` levada a cabo pelos EUA desde meados da década de 1930. Curiosamente, o principal noticiário de um governo que havia criado a Petrobrás e lutado pela nacionalização do ``Ouro Negro`` era patrocinado por uma empresa petrolífera americana.



Se Getúlio forjou sua vida política através do rádio, foi no momento de sua morte que o poder de informação e comoção do jornalismo radiofônico afetou de modo imediato a vida política nacional. O livro Vargas, agosto de 54, a história contada pelo rádio (Editora Garamond, 2004), organizado pela historiadora Ana Baum, conta em detalhes esse episódio, e ainda vem acompanhado de dois discos com notícias e programas sobre a época. Nodia 24 de agosto de 1954, após uma madrugada confusa, em que vários grupos Toneleros, a notícia do suicídio do presidente ecoou no Brasil inteiro pela Rádio Nacional, enquanto os jornais ainda saiam com a cobertura das reuniões do dia anterior: ``Atenção, aqui fala o Repórter Esso`` em edição extraordinária. Acaba de suicidar-se, em seus aposentos, Palácio do Catete, o presidente Getúlio Vargas``.



O efeito foi imediato: uma multidão saiu às ruas para chorar a morte de Vargas e destruir as sedes dos órgãos de imprensa contrários ao governo. A carta-testamento de Getúlio, lida no mesmo dia com voz embargada de emoção pelos locutores favoráveis ao governo, era uma peça perfeitamente adequada ao rádio: ``Lutei contra a esfoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei minha vida. Agora vos ofereço minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história``. E quem contou essa história, ao vivo, tornando - se ele mesmo parte importante da história do Brasil.



O ``Pai dos Pobres`` construiu sua imagem pelo rádio, e seu projeto de integração nacional cultural foi levado a cabo pelas ondas curtas que atingiam todos os cantos do país.



O filme ``A era do rádio`` (1987) do diretor Woody Allen, é um retrato bem humorado do enorme impacto dos programas radiofônicos na vida cotidiana, durante as décadas de 1930-1940, antes do advento da televisão. Assistia ao filme e, com a ajuda do professor, organize um programa de rádio com entrevistas e depoimentos sobre a história das transmissões radiofônicas do Brasil. Certamente as pessoas com mais de sessenta anos terão muita coisa para contar, pois acompanharam grande parte dos eventos decisivos do século XX com o ouvido grudado nos alto-falantes.

Entrevista


Jornalista Rosa Rodrigues



Entrevista



- Domínio do assunto;
- Contato: Jornalista (radialista e o entrevistador);
- Ponto de vista: (Trabalhar sem preconceito, fazer a linha do ouvinte);
- Evite comentar tudo e acabar pedindo a opinião (Se você já sabe do assunto, porque convidou a pessoa);
- Fugir do senso comum; (Eu acho, Tu acha) é dever do radialista ter certeza).
- Evitar mostrar ou adiantar as perguntas ao entrevistado.



Tipos de entrevistas



- Noticiosas.
- Interpretativa ou Analítica.
- Opinião ( Quando eu chamo alguém).
- Personalidade (Chico Buarque - como tudo começou positivo).
- Enquete ( Não vale para o IBGE).
Coletiva (Convida toda imprensa para acompanhar o pronunciamento).


Processo de entrevista



- Investigar antes, durante e depois.
- Tempo para preparar, pesquisar.
- Forma de passar a notícia (Ao vivo ou gravada).


Normas gerais



- Preparar:



1 - Caneta
2 - Papel
3 - Gravador



Evite perguntar com resposta (Sim ou Não). Faça Sim. Por quê?

Agora coloque em prática.

"Síntase Noticiosa"

É um apanhado de notinhas em sequência em pequeno tempo.



Boletim


- Ao Vivo - Com repórter
- Mixto - Gravado ou ao vivo
- Gravado - Com sonora



Ferramenta


- Repórter - Informado, comparar o que a concorrência fala, escreve e vê.
- Verificar fonte e saber se a matéria teve ou terá sequência no dia seguinte.
- Caneta, bloco de papel, pilha ou bateria, gravador (arsenal particular).


Anotar e ouvir



- Manter certa distância da sua fonte, sem ser inimiga.



Transmissões


- Falar em campo aberto;
- Não gravar com porta fechada;
- Evite ruídos, onde você está gravando;
- Mantenha uma agenda atualizada.

OBS: (Toda matéria tem um sujeito, verbo e predicado).




EXERCÍCIOS PARA VOZ




PRA TRA CRÁ
PRE TRE CRÉ
PRI TRI CRÍ
PRO TRO CRÓ
PRU TRU CRÚ


PLA TLÁ CLÁ
PLE TLE CLÉ
PLI TLI CLÍ
PLO TLO CLÓ
PLU TLU CLÚ