Jornalista Rosa Rodrigues
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular varizes dos membros inferiores são veias dilatadas tortuosas e palpáveis, situadas no subcutâneos (camada de tecido gorduroso que fica sob a pele). Por vezes estas varizes podem tornar-se muito volumosas ocasionando sérias complicações.
A porcentagem de pessoas portadoras de varizes é muito elevada e varia entre pessoas. No Brasil ocorre em 35% das pessoas acima de 15 anos. O número aumenta com a idade. Entre 30 e 40 anos, atinge 3% dos homens e 20% das mulheres. Aos 70 anos de idade, 70% dos indivíduos apresentam algum tipo de varizes.
As varizes são mais comuns nos membros inferiores, porque o sangue veneno segue do pé em direção ao coração e, daí, para os pulmões para ser oxigenado, a fim de retornar aos tecidos para nutri-los. Nos membros inferiores circula contra ação da gravidade e contra a pressão do abdome, exigindo condições para evitar o refluxo sanguineo, isto é, que o sangue que já subiu não desça novamente.
Os mecanismos anti-refluxo são:
_ O bombeamento do sangue pela musculatura da panturrilha (barriga da perna);
_ A estrutura da parede das veias superficiais nos membros inferiores, cuja espessura é normalmente resistente à dilatação;
_ A presença, dentro das veias, de válvulas (pequenas formações saculares) que impedem o refluxo do sangue.
Quando falham estes mecanismos há dilatação das veias as válvulas tornam-se incompetentes e o sangue não retorna normalmente.
Há condições que favorecem o aparecimento das varizes, e são denominadas fatores de risco. As condições que favorecem o aparecimento das varizes são:
_ Predisposição genética (hereditária, que faz com que o indivíduo já nasça com tendência).
_ Gestações (o risco é tanto maior quanto maior o número de gestações);
_ Obesidade;
_ Permanência longas horas em pé ou sentado;
_ Falta de exercícios físicos;
_ Constipação intestinal;
_ Uso de anticoncepcionais;
_ Tabagismo;
_ Trombose venosa.
Sintomas frequentes:
_ Edema (inchaços nos tornozelos);
_ Sensação de pernas cansadas e pesadas.
Todas estas queixas se acentuam no final do dia, sobretudo quando se permanece longas horas de pé ou sentado; no calor, nas mulheres na época menstrual; ou durante as gestações.
As complicações são:
Manchas ocres;
Eczema;
Erisipela – infecção aguda da pele;
Varicorragia – sangramento abundante decorrente de rotura de veia varicosa;
Varicotrombose – veias varicosas inflamadas por sangue coagulados no seu interior;
Lipodermatoesclerose – pele e tecido subcutâneo espessados e endurecidos;
Úlcera de estase.
Como se tratam as varizes?
Depende do tipo de varizes. As calibrosas são de tratamento cirúrgico; já as telangiectasias (microvarizes, vasinhos), são tratadas pela escleroterapia. Há casos, porém, em que se procede apenas ao tratamento clínico.
É altamente recomendável a prescrição de meia-calça de média compressão, para pacientes com varizes primárias que não querem ser operadas, ou querem adiar a cirurgia. Alguns medicamentos aliviam os sintomas.
É fundamental também a prescrição de meia-calça, de compressão média, como profilaxia de varizes primárias em gestantes.
Como se faz o planejamento cirúrgico?
Para realizar corretamente uma operação de varizes, o cirurgião deve, na véspera da operação, marcar na perna do paciente com tinta adequada, os pontos onde vai fazer os cortes e o trajeto das varizes que vai retirar: é o mapeamento destas varizes, necessário a boa execução de seu trabalho.
Em que consiste a operação?
Na retirada das veias varicosas, através de pequeníssimas incisões (cortes) com a ajuda da agulha de crochet. Na virilha ou no joelho ou onde houver uma veia muito calibrosa, o corte é maior e há necessidade de pontos para fechá-lo. Mesmo assim, a cicatriz, na grande maioria dos casos, é imperceptível.
Há hoje o cuidado de não se retirar as veias safenas (fleboextração) a não ser em casos em que seja impossível conservá-la. A avaliação pré-operatória com ultrasom auxilia no planejamento cirúrgico e na decisão quanto a esse procedimento. Como todos sabem as safenas servem para pontes no coração e, também nas pernas, salvando-as de grangrena.
Pode-se operar varizes com anestesia local, em ambiente cirúrgico (de clínicas ou hospitais), sem necessidade de internação. Em casos de operações demoradas e varizes volumosas utiliza-se a anestesia geralmente restrita a apenas um dia.
As veias retiradas não vão fazer falta? Quais os riscos da operação?
As veias que são retiradas por estarem doentes não colaboram para circulação; ao contrário, sua retirada causa melhoria nas condições circulatórias da perna, aliviando os sintomas, melhorando a estética e prevenindo as complicações da evolução do processo varicoso.
Risco existe em qualquer ato operatório, mas é praticamente zero, sobretudo hoje com as modernas técnicas e cuidadoso exame pré-operatório. Examina-se o paciente e não apenas as suas pernas.
As intercorrências que surgem depois da operação são:
equimoses e hematomas;
infecção (raríssima);
lesão de nervo – quando acontece traz distúrbio da sensibilidade – áreas de anestesia ou de hiperestesia no terço inferior da perna;
linforreia ou linfocele – extravasamento de líquido indolor (linfa) por uma cicatriz (linforreia) ou dentro do subcutâneo (linfocele);
edema persistente (raríssimo).
Hoje, os riscos de intercorrências são estatisticamente insignificantes nas operações de varizes realizadas por especialistas.
Telangiectasias
O que são?
Vasinhos muito superficiais, vermelhos ou azulados, muito finos e que podem chegar a 1 milimetro, geralmente com ramificações que se assemelham as teias de aranha ou a raízes de plantas. São também conhecidas como microvarizes.
Como são tratadas?
O tratamento das telangiectasias é feito pela escleroterapia. Existem vários agentes esclerosantes: Os agentes osmóticos, entre eles a glicose hipertônica, os agentes agentes detergentes, como o oleato de etanolamina, o polidocanol; e os agentes irritantes químicos, como a glicerina cromada.
Cada especialista usa o agente esclerosante com o qual tem mais conhecimento. O fundamental é a experiência e empenho do especialista. Quando bem indicada e efetuada com técnica correta a escleroterapia proporciona excelentes resultados.
Como se faz a escleroterapia?
Usando-se agulhas descartáveis, seringas descartáveis ou de vidro desde que esterilizadas corretamente. O número de picadas não indica melhor qualidade de tratamento; o importante é a quantidade de esclerosante injetado por sessão. Posterior compressão elástica não é utilizada por todos os especialistas.
Quais as intercorrências que podem surgir no curso de um tratamento com esclerosantes?
Quem se submete a um tratamento deste tipo visa principalmente o lado estético, fato este do mesmo modo desejado pelo médico. Não obstante, por mais prudente que ele seja, podem ocorrer:
manchas hipercrônicas;
bolhas ou flictenas;
necroses cutâneas (feridas); que deixam marcas e são de demorada cicatrização, podem ocorrer mesmo quando o profissional é experiente; infelizmente são eventualidades raríssimas.
Há outros tipos de tratamento?
As telangiectasias, principalmente as localizadas no nariz e em outros locais da face, podem ser tratadas com sucesso por meio de eletrofulguração.
As telangiectasias podem ser tratadas também por meio da fotoermólise que é a destruição das mesmas por meio da energia luminosa. Um dos aparelhos utilizados é o laser, outro é Photoderm, acoplado ou não ao vasculight.
Estes outros tipos de tratamento ainda não substituem a escleroterapia química. Também não são isentos de intercorrências. O tratamento com Laser ou o Photoderm apresenta, às vezes, hipopigmentação ou manchas brancas nos locais das aplicações que poderão ser definitivas. A hiperpigmentação, que são as manchas escuras, ocorrem com mais frequência nas clientes mais morenas ou nas que tomaram sol recentemente. Mesmo a terrível necrose cutânea pode acontecer, embora com menos frequência.
Todos exigem, além de conhecimento especializado do médico, aparelhagem de alto custo.
Fonte: Dr. Hideki Nakaro
Angiologista e Cirgia Vascular
CRM – GO 6825
Eu Rosa Rodrigues paciente, faço recomendações positivas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular varizes dos membros inferiores são veias dilatadas tortuosas e palpáveis, situadas no subcutâneos (camada de tecido gorduroso que fica sob a pele). Por vezes estas varizes podem tornar-se muito volumosas ocasionando sérias complicações.
A porcentagem de pessoas portadoras de varizes é muito elevada e varia entre pessoas. No Brasil ocorre em 35% das pessoas acima de 15 anos. O número aumenta com a idade. Entre 30 e 40 anos, atinge 3% dos homens e 20% das mulheres. Aos 70 anos de idade, 70% dos indivíduos apresentam algum tipo de varizes.
As varizes são mais comuns nos membros inferiores, porque o sangue veneno segue do pé em direção ao coração e, daí, para os pulmões para ser oxigenado, a fim de retornar aos tecidos para nutri-los. Nos membros inferiores circula contra ação da gravidade e contra a pressão do abdome, exigindo condições para evitar o refluxo sanguineo, isto é, que o sangue que já subiu não desça novamente.
Os mecanismos anti-refluxo são:
_ O bombeamento do sangue pela musculatura da panturrilha (barriga da perna);
_ A estrutura da parede das veias superficiais nos membros inferiores, cuja espessura é normalmente resistente à dilatação;
_ A presença, dentro das veias, de válvulas (pequenas formações saculares) que impedem o refluxo do sangue.
Quando falham estes mecanismos há dilatação das veias as válvulas tornam-se incompetentes e o sangue não retorna normalmente.
Há condições que favorecem o aparecimento das varizes, e são denominadas fatores de risco. As condições que favorecem o aparecimento das varizes são:
_ Predisposição genética (hereditária, que faz com que o indivíduo já nasça com tendência).
_ Gestações (o risco é tanto maior quanto maior o número de gestações);
_ Obesidade;
_ Permanência longas horas em pé ou sentado;
_ Falta de exercícios físicos;
_ Constipação intestinal;
_ Uso de anticoncepcionais;
_ Tabagismo;
_ Trombose venosa.
Sintomas frequentes:
_ Edema (inchaços nos tornozelos);
_ Sensação de pernas cansadas e pesadas.
Todas estas queixas se acentuam no final do dia, sobretudo quando se permanece longas horas de pé ou sentado; no calor, nas mulheres na época menstrual; ou durante as gestações.
As complicações são:
Manchas ocres;
Eczema;
Erisipela – infecção aguda da pele;
Varicorragia – sangramento abundante decorrente de rotura de veia varicosa;
Varicotrombose – veias varicosas inflamadas por sangue coagulados no seu interior;
Lipodermatoesclerose – pele e tecido subcutâneo espessados e endurecidos;
Úlcera de estase.
Como se tratam as varizes?
Depende do tipo de varizes. As calibrosas são de tratamento cirúrgico; já as telangiectasias (microvarizes, vasinhos), são tratadas pela escleroterapia. Há casos, porém, em que se procede apenas ao tratamento clínico.
É altamente recomendável a prescrição de meia-calça de média compressão, para pacientes com varizes primárias que não querem ser operadas, ou querem adiar a cirurgia. Alguns medicamentos aliviam os sintomas.
É fundamental também a prescrição de meia-calça, de compressão média, como profilaxia de varizes primárias em gestantes.
Como se faz o planejamento cirúrgico?
Para realizar corretamente uma operação de varizes, o cirurgião deve, na véspera da operação, marcar na perna do paciente com tinta adequada, os pontos onde vai fazer os cortes e o trajeto das varizes que vai retirar: é o mapeamento destas varizes, necessário a boa execução de seu trabalho.
Em que consiste a operação?
Na retirada das veias varicosas, através de pequeníssimas incisões (cortes) com a ajuda da agulha de crochet. Na virilha ou no joelho ou onde houver uma veia muito calibrosa, o corte é maior e há necessidade de pontos para fechá-lo. Mesmo assim, a cicatriz, na grande maioria dos casos, é imperceptível.
Há hoje o cuidado de não se retirar as veias safenas (fleboextração) a não ser em casos em que seja impossível conservá-la. A avaliação pré-operatória com ultrasom auxilia no planejamento cirúrgico e na decisão quanto a esse procedimento. Como todos sabem as safenas servem para pontes no coração e, também nas pernas, salvando-as de grangrena.
Pode-se operar varizes com anestesia local, em ambiente cirúrgico (de clínicas ou hospitais), sem necessidade de internação. Em casos de operações demoradas e varizes volumosas utiliza-se a anestesia geralmente restrita a apenas um dia.
As veias retiradas não vão fazer falta? Quais os riscos da operação?
As veias que são retiradas por estarem doentes não colaboram para circulação; ao contrário, sua retirada causa melhoria nas condições circulatórias da perna, aliviando os sintomas, melhorando a estética e prevenindo as complicações da evolução do processo varicoso.
Risco existe em qualquer ato operatório, mas é praticamente zero, sobretudo hoje com as modernas técnicas e cuidadoso exame pré-operatório. Examina-se o paciente e não apenas as suas pernas.
As intercorrências que surgem depois da operação são:
equimoses e hematomas;
infecção (raríssima);
lesão de nervo – quando acontece traz distúrbio da sensibilidade – áreas de anestesia ou de hiperestesia no terço inferior da perna;
linforreia ou linfocele – extravasamento de líquido indolor (linfa) por uma cicatriz (linforreia) ou dentro do subcutâneo (linfocele);
edema persistente (raríssimo).
Hoje, os riscos de intercorrências são estatisticamente insignificantes nas operações de varizes realizadas por especialistas.
Telangiectasias
O que são?
Vasinhos muito superficiais, vermelhos ou azulados, muito finos e que podem chegar a 1 milimetro, geralmente com ramificações que se assemelham as teias de aranha ou a raízes de plantas. São também conhecidas como microvarizes.
Como são tratadas?
O tratamento das telangiectasias é feito pela escleroterapia. Existem vários agentes esclerosantes: Os agentes osmóticos, entre eles a glicose hipertônica, os agentes agentes detergentes, como o oleato de etanolamina, o polidocanol; e os agentes irritantes químicos, como a glicerina cromada.
Cada especialista usa o agente esclerosante com o qual tem mais conhecimento. O fundamental é a experiência e empenho do especialista. Quando bem indicada e efetuada com técnica correta a escleroterapia proporciona excelentes resultados.
Como se faz a escleroterapia?
Usando-se agulhas descartáveis, seringas descartáveis ou de vidro desde que esterilizadas corretamente. O número de picadas não indica melhor qualidade de tratamento; o importante é a quantidade de esclerosante injetado por sessão. Posterior compressão elástica não é utilizada por todos os especialistas.
Quais as intercorrências que podem surgir no curso de um tratamento com esclerosantes?
Quem se submete a um tratamento deste tipo visa principalmente o lado estético, fato este do mesmo modo desejado pelo médico. Não obstante, por mais prudente que ele seja, podem ocorrer:
manchas hipercrônicas;
bolhas ou flictenas;
necroses cutâneas (feridas); que deixam marcas e são de demorada cicatrização, podem ocorrer mesmo quando o profissional é experiente; infelizmente são eventualidades raríssimas.
Há outros tipos de tratamento?
As telangiectasias, principalmente as localizadas no nariz e em outros locais da face, podem ser tratadas com sucesso por meio de eletrofulguração.
As telangiectasias podem ser tratadas também por meio da fotoermólise que é a destruição das mesmas por meio da energia luminosa. Um dos aparelhos utilizados é o laser, outro é Photoderm, acoplado ou não ao vasculight.
Estes outros tipos de tratamento ainda não substituem a escleroterapia química. Também não são isentos de intercorrências. O tratamento com Laser ou o Photoderm apresenta, às vezes, hipopigmentação ou manchas brancas nos locais das aplicações que poderão ser definitivas. A hiperpigmentação, que são as manchas escuras, ocorrem com mais frequência nas clientes mais morenas ou nas que tomaram sol recentemente. Mesmo a terrível necrose cutânea pode acontecer, embora com menos frequência.
Todos exigem, além de conhecimento especializado do médico, aparelhagem de alto custo.
Fonte: Dr. Hideki Nakaro
Angiologista e Cirgia Vascular
CRM – GO 6825
Eu Rosa Rodrigues paciente, faço recomendações positivas.
OLA ,TENHO 29 ANOS E VÁRIAS VARIZES E VASINHOS,TENHO UM FILHO DE OITO ANOS,O QUE ACHO QUE NÃO ALTERA MUITO.FUI AO ANGIOLOGISTA ,ONDE ME INDICOU A CIRURGIA CONVENCIONAL,ESTOU COM MEDO DE FAZER SENDO ELE DETERMINOU ISSO NA 1ª CONSULTA,TALVEZ ELE PODERIA TER UTILIZADO OUTROS RECURSOS ,COMO MEIA,EXERCÍCIO.ALGUEM ME AJUDE POR FAVOR,A CIRURGIA ESTA MARCADA PRA SEMANA QUE VEM,DIA 01/12.
ResponderExcluirEstou na fila para fazer a cirurgia... tenho uma veia dilatada no MID e acho que é a safena. Sabe se é feita cirurgia a laser em algum hospital público?
ResponderExcluirTenho muitos vazinhos a algum remedio cazeiro?
ResponderExcluirBem o que eu procurava sobre escleroterapia. Muito obrigada!
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