sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Classificação dos gêneros radiofônicos


É o instrumento de que dispõe o rádio para atualizar seu público por meio da divulgação. O gênero jornalístico apresenta-se, no rádio, por meio de diversos formatos, tais como:

Nota

Informação de um fato atual, curto com quarenta segundos de duração de forma direta.

Notícia

No rádio têm características diversas; curta, informação básica, de um a trinta segundos, podendo ser apresentada em mais de um bloco com mais de um apresentador ou locutor.

Porém; as mais usadas são: boletins ou radiojornais. Esses dois tipos enfocam o fato em si e tudo o que o acompanha e seja fundamental para seu entendimento.

Obs:

As notícias de opinião estão bem próximas do comentários. A notícia monologada e a dialogada dizem respeito não à forma da notícia em si, um exemplo: “pingue-pongue”

Notícia documentada, é baseada nos programas temático-jornalísticos ou documentários jornalísticos

O informe se aproxima do programa de variedades, a rigor, visão completa dos acontecimentos no desenvolvimento de uma determinada notícia.

Boletim

Programa informativo com no máximo cinco minutos de duração ao longo da programação.

Reportagem

Para Marques de Melo, é um relato ampliado de acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu alterações que são percebidas pela instituição jornalística [...]

Para Emílio Prado a reportagem é um agrupamento de representações fragmentada da realidade, dando uma idéia global do tema e propõe uma tipologia da reportagem radiofônica com pesquisa, entrevista e seleção de dados relacionados à mensagem a ser veiculada.



Entrevista

Para Walter Sampaio, a entrevista representa uma das principais fontes de coleta de informação de um jornal e pode ser inserida no corpo matéria.

Porchat sintetiza o conceito de entrevista como: “[ ... ] diálogo entre repórter e fonte, sob a forma de perguntas e repostas, para obter informações [...]”.

Comentário

Propicia a presença, por meio do comentarista, o conteúdo é opinativo, conhecimento especializado este aproxima muito do editorial.

O comentário é a opinião do autor. Na opinião de Kaplun o comentário não visa só comentar e sim informar o ouvinte.

Editorial

Retrata a opinião da instituição, do veículo. Para Porchat, texto opinativo, de maneira impessoal, sem identificação do autor, sobre assunto nacional ou internacional.

Crônica

A crônica definiu os perfis de vários periódicos no final do século XIX e início do XX. É considerada o formato que transita nas fronteiras do jornalismo e da literatura.

É com e pela crônica que o jornalismo se livra das amarras do texto enxuto, conciso, da seqüência particular para o geral e esta combina a entonação do locutor e os recursos de sonoplastia.

Radiojornal

Formato que agrega os formatos jornalísticos, como as notas, notícias, reportagens, entrevistas, comentários e crônicas.

O radiojornal é constituído por diversas seções ou editorias, como as de notícias nacionais, internacionais, econômicas, cultura e artes, serviços, política, esportes etc.

Deve manter regularidade nos horários de início e término de suas transmissões, para garantir a credibilidade do público no que diz respeito aos conteúdos transmitidos.

Belau prefere denomina o radiojornal de programa de notícias pois este apresenta critérios de elaboração, tais como:

1 ) a cabeça do programa;
2 ) os resumos, em caso de existirem;
3 ) a classificação dos blocos noticiosos;
4 ) o tipo de elementos utilizados para dividir os blocos;
5 ) os recursos para atrais a atenção do ouvinte;
6 ) a utilização de fundos musicais;
7 ) a resolução do programa.

Os programas de maior duração, devem seguir rigorosamente a pirâmide invertida.

Documentário jornalístico

Verdadeira análise sobre tema específico com a participação d um repórter mescla pesquisa documental, mediação dos fatos in loco, especialistas e envolvidos.

De acordo com Kaplun o documentário jornalísticoé comparado com o formatoda reportagem cinematográfica – “a película documental” por sua função informativa.

Países da Ásia e da África, utilizam a formatação reportagem, ao lado de países europeus e dos Estados Unidos, é constante. O aproveitamento deste formato na América Latina tem suas raízes.

Mesas–redondas ou debates

São espaços de discussão coletiva em que os participantes apresentam idéias diferenciadas entre si e são mediados por um apresentador que impõe regra, delimita o tempo para cada um.

Deve ser ao vivo e se por um acaso gravar, faça de uma forma natural ao ponto de convencer o ouvinte.

Para Belau:

Tem as mesmas características da entrevista, porém; necessita de um moderador, apresentador, líder para distribuir igual participação. Prado considera o debate radiofônico como: a forma mais viva da polêmica.

Programa Policial

Cobre acontecimentos e fatos policias, com reportagens, entrevistas, comentários e notícias apresentado por um jornalista especializado.

Programa Esportivo

Cobertura e análise dos eventos esportivos. Com notícias, entrevistas, mesas redondas, em radiojornais ou programas específicos de caráter permanente.

Para Edileuza Soares, este nasceu primeiro no rádio é considerado fenômeno de comunicação de massa. Este é produzido numa linguagem diferenciada que superam a realidade, com jargões e chavões típicos que só o programa esportivo criou e mantém até hoje.

Wilby e Conroy, apontam quatro tipos de programas esportivos:

1 ) boletins esportivos;
2 ) programas de estúdio;
3 ) coberturas esportivas;
4 ) placar esportivo.

Estes são compostos por:

Retrospectivas, placar com resultados, tabela de classificação de campeonatos, serviços com notas de trânsito sobre o fluxo de veículos próximo ao estádios, policiamento, etc.

Divulgação tecno-científica

Divulgar as novas tecnológias de mercado numa linguagem e texto científico.

Gênero educativo-cultural

Países desenvolvidos costumam muito fazer esse tipo de programa. No Brasil é raro.


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