domingo, 4 de janeiro de 2009

Ética e transplante


A agonia e a esperança de quem espera por um transplante



Em 16 de janeiro de 1997, foi aprovada pelo Congresso Nacional, após uma longa discussão, a nova lei de transplantes (Lei 9434/97), sancionada pelo Presidente da República em 4 de fevereiro de 1997, que altera a forma de obtenção para consentimento presumido.



Segundo a legislação anteriormente vigente (Lei 8489/92 e o Decreto 879/93), estabeleciam o critério da doação voluntária. Em março de 2001, houve uma nova mudança da Lei 10211, que dá plenos poderes para a família doar ou não os órgãos de cadáver. Todas as manifestações de vontade constantes em documentos foram tornadas sem efeitos.



Religião e Ética


O corpo de um morto, na opinião dos religiosos, é sagrado e não pode sofrer mutilação. Para os judeus os transplantes de órgãos deve partir da permissão em vida do doador e o órgão precisa ser transplantado imediatamente.



Apesar de toda a polêmica que envolve a doação de órgãos; algo é certo, a doação tem como objetivo salvar outra vida. Mesmo com os inúmeros questionamentos éticos a cerca da origem, forma de obtenção do material a ser transplantado e tipo de procedimento a ser realizado o que prevalece ainda é a questão da voluntariedade e espontaneidade.



Animais como doadores



A utilização de órgãos de animais em seres humanos vem atraindo a atenção de cientistas desde o início do século. Em Genebra estudos vem sendo realizados com chipamzés e veados. Os últimos estudos revelaram que que o veado é o doador adequado para transplantes de órgãos em seres humanos. Os transplantes de órgãos e tecidos de animais em seres humanos, os chamados xenotransplantes, pode ser a grande solução para muitos doentes.



A conclusão é de um estudo divulgado em um encontro da Organização Mundial de Saúde (OMS), que reuniu em Genebra 25 especialistas de diferentes áreas médicas. De acordo com o professor Jeffrey Platt, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, a solução virá como alternativa viável e segura, para a falta de doadores de órgãos. Os casos mais recomendados são para pacientes que estão na fila a mais tempo.


No entanto, o professor Jeffrey alerta, que os animais devem sofrer alterações genéticas para que seus órgãos fiquem mais semelhantes aos seres humanos já por outro lado pesquisadores estão investigando as possibilidades de transmissão de doenças com esse tipo de cirúrgia.


Doações no Brasil



O Brasil é o segundo país em número de transplantes do mundo, mas 56 mil pessoas ainda necessitam de doações. Só perde para os Estados Unidos em número de transplantes. Em quantidade e investimento, porém o país possuí o maior programa público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo: O Sistema Único de Saúde (SUS) financia 92% desses procedimentos, além é claro, de possui grande capacidade instalada com serviços e hospitais habilitados á realização de transplantes.



Se o assunto é transplante infantil, os números são ainda mais pessimistas. No Instituto do Coração (Incor), por exemplo, foram feitas 50 cirúrgias para transplante infantil de coração nos últimos 11 anos. O número poderia ser 10 vezes maior, caso as notificações de morte encefálica fossem feitas com maior rapidez.



A meta do Ministério da saúde é, até 2007, zerar a espera por córnea e, no mesmo prazo, reduzir a fila por medula óssea e órgãos sólidos, como rim, coração e pulmão, e essa meta para ser alcançada deve partir por uma série de medidas, entre elas a realização de campanhas publicitárias nacionais para conscientizar a sociedade da importância da doação de órgãos.



Segundo Henrique Gomes estudante de Administração, os brasileiros são mal informados, mas tendem a ser solidários quando conhecem mais sobre as doações de órgãos.



Para saber mais sobre os serviços de doações em todo país, Disque Transplante: 0800-8832323.




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