segunda-feira, 11 de abril de 2011

As tecnologias têm impacto?


01 - A tecnologia é Determinante ou Condicionante?


R: Uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas.



02 - A que devemos a Aceleração das Alterações Técnicas e a Inteligência Coletiva?


R: A velocidade de transformação é em si mesma é uma constante paradoxal da cibercultura. Ela explica parcialmente a sensação de impacto. Aquilo que identificamos, de forma grosseira, como “novas tecnologias” recobre na verdade a atividade multiforme de grupos humanos. Da mesma forma, quando os “impactos” são tidos como positivos, evidentemente a técnica não é a responsável pelo sucesso, mais sim aqueles que conceberam, executaram e usaram determinados instrumentos. Portanto quanto mais rápida é a alteração técnica, mais nos parece vir do exterior e o sentimento de estranheza cresce com a separação das atividades e a opacidade dos processos sociais. É aqui que intervém o papel principal da inteligência coletiva, que é um dos principais motores da cibercultura. Quanto mais os processos de inteligência coletiva se desenvolvem o que pressupõe, obviamente, o questionamento de diversos poderes, melhor é a apropriação, por indivíduos e por grupos, das alterações técnicas, e menores são os efeitos de exclusão ou de destruição humana resultante da aceleração do movimento tecno – social. O ciberespaço, dispositivo de comunicação interativo e comunitário, apresenta – se justamente como um dos instrumentos privilegiados da inteligência coletiva. É assim, por exemplo, que os organismos de formação profissional ou de ensino a distância desenvolvem sistemas de aprendizagem cooperativa em rede. Grandes empresas instalam dispositivos informatizados de auxílio à colaboração e à coordenação descentralizada (os “groupwares”).



03 - A Inteligência Coletiva, Veneno e Remédio da Cibercultura. Por quê dessa afirmação?


R: Em grego arcaico, a palavra “pharmakon” (que originou “pharmacie”, em francês) significa ao mesmo tempo veneno e remédio. Novo phamakon, a inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao mesmo tempo um veneno para aqueles que dela não participam (e ninguém pode participar completamente dela, de tão vasta e multiforme que é) e um remédio para aqueles que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes.

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