terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Análise do filme: A opinião pública de Arnaldo Jabor



O
filme A opinião pública de Arnaldo Jabor, trata-se de uma análise mental e comportamental de cidadãos brasileiros, da década de 60, cuja sociedade era formada pela a classe média, ingênua, dotada de um grande conservadorismo, pois naquela época a sociedade vivia sobre o efeito da Ditadura Militar (1964).

As pessoas destacadas no vídeo-documentário “A opinião pública” faziam parte de uma sociedade menos privilegiada, onde só tinha importância à nata burguesa. A opinião pública era a oportunidade para muitos exporem seus pensamentos, mesmo se tratando de uma época de grandes repressões no país.

A opinião pública brasileira data de um período, onde a sociedade acompanhava os primeiros passos da liberdade de expressão mesmo que vigiada.

O filme “A opinião pública da continuidade ao poder de expressar ideias e pensamentos, partindo do princípio da filtragem da informação exposta cotidianamente.

O A opinião pública de Arnaldo Jabor faz parte da reflexão de tudo aquilo que a mídia expõe e o cidadão ver e ouve e que automaticamente toma suas decisões, afinal; o cidadão de ontem e hoje continua em busca de transformações, isso é opinião pública.

Imprensa e organização: Armando Medeiros de Faria


O assessor de imprensa é especializado na leitura dos conflitos sociais e na linguagem jornalística. Mantendo sempre alerta ao que dizer e como dizer a quem vai transmitir a informação. É um profissional pragmático pois ele está sempre atrás de informações e ao mesmo tempo fornecendo-as com credibilidade e ordem nos argumentos a oferecer.

O assessor de imprensa é responsável em abrir os muros das organizações para o mundo. É o interlocutor interno que assumi a função de tradutor do olhar externo sobre a instituição. Leva informação a diferentes interesses e assim cristaliza valores. Limita os efeitos negativos, pois ele é a visão interna da organização. Ele agenda os assuntos com a mídia e ao mesmo espaço de tempo ele é um analista desde cenário, rever se dentro dessa organização existem as fontes.

1 – FONTE VAIDOSA - aquelas que se preocupam com as plumas e patês. O parecer em benefício próprio.

2 – FONTE MEDROSA – que teme o tratamento negativo com a mídia.

3 – FONTE ARROGANTE -
que é capaz de desprezar ou ignorar o fator imprensa na gestão de negócios e empreendimento.

Ele esta ali para unir visões fragmentadas. Ele trabalha com a urgência dos fatos exigidos pela redação a qual ele é fonte.

O assessor de imprensa detecta os movimentos e as reações das fontes internas no tratamento da mídia, por outro lado.

As organizações encaram o relacionamento com a imprensa da seguinte forma:

quais os efeitos da mídia na modelagem da imagem? (Agenda setting) – normalmente, o efeito associa ao consumo de jornais locais e não aos noticiários televisivos. Os meios de comunicação são dotados de um poder de influencia diferente: na TV, tudo torna-se limitado, há um curto espaço de tempo. São rápidas, heterogêneas. Não há tanta explicação a dar, reduz a importância e a significação do que é transmitido. Por outro lado, os impressos oferecem uma vasta gama de espaço para direcionar direitos de perguntas e respostas, é de conteúdo mais sólido. Torna-se o banal em algo reflexivo. A agenda – setting leva a reflexão particular. Mexendo com aspectos psico/sócio e policológico.
O filme Mera Coincidência gera uma grande reflexão de como a imprensa deve ou lidar com a forma de fazer notícia.

Coloca em xeque-mate a perspectiva das organizações de encarar a imprensa como interlocutora central na comunicação com seus políticos. Fazendo entender-se a como imprensa como uma entidade homogenia e indiferenciada.

Por que a mídia exclui uns e valoriza outros assuntos? (Valor da Notícia). Observa: O caso da faculdade e do beija-flor/caso Sandro enquanto era divulgado em rede nacional o sequestro, acontecia muito mais tragédias não só no Rio/SP, mas em todo o Brasil.


Como o público-alvo ou clientes estratégicos são atingidos pela mídia? (Opinião Pública), especialistas acreditam que a O.P tem efeito de manipular, pois ela é instrumentalizada ao resultado, que a sua argumentação é limitada ao sim ou ao não. Ela simplesmente busca atingir seus objetivos específicos, numa vasta cobertura, a fim de avaliar o sucesso próprio e vendê-la. São promovidas por instituições de poder e autoridades, portanto seu caráter é administrativo. Os fatores relativos com a audiência é interesse público pela informação. Ele tem uma percepção de aceitar só que lhe interesse. As organizações tem um bom número de conhecimentos sobre a mídia.

Tentáculos da mídia


Quando uma organização estabelece relacionamento com a imprensa ativa e reativa. O pressuposto desses movimentos é que a “mídia tem poder”, e nesse caso começa a percepção generalizada de que, publicada, a noticia tem efeito instantâneo, automático.

O assessor atua no calor dos fatos ele ajuda a construir a “Teoria Hipodermica”. A teoria hipodérmica estuda o objetivo de comportamento humano com base nas suas experimentações e observações das ciências naturais e biologicas. Ou seja; quem? Através de que meio (Canal)? Com que efeito? Ele age sobre o psicológico com as pesquisas, estimula e obtém a resposta (Feedback).Estímulo é igual a causa e resposta (E.R). Assim ele cultiva adeptos. Notícia boa é a ruim – O valor-notícia como bem lembra Nelson Traquina (1993): O público alvo absorve só aquilo que é do seu interesse, ele nem sempre busca a verdade e quando descobre é por meio da mesma fonte de informação. Ele é movido pelo 4º poder o tempo todo, ele acaba sendo um indivíduo alienado (desconhecido) da sua atual realidade. Entra aí a teoria da propaganda sobre a propaganda. Qual meu público alvo: E assim levá-lo ao consumo. E leva-o a abordagem empírica – experimental ou da persuação.

O valor notícia

Primeiro são os critérios de seleção dos elementos dignos de serem incluídos no produto final, desde o material disponível até a redação.

Em segundo lugar, funcionam como linhas-guia para a apresentação do material, sugerindo o que deve ser realçado, o que deve ser omitido, o que deve ser prioritário na preparação das notícias a apresentar ao público.

São regras praticas que abrangem um corpus de conhecimentos profissionais que direciona os procedimentos o operativos redacionais. O valor notícia está presente nas interações cotidianas do jornalista. O valor notícia nada mais é do que qualidades dos acontecimentos, ou da sua construção. A distorção dos fatos estão ligados a produção e aos valores profissionais.

“O jornalismo tenderá a realçar os elementos extraordinários, dramáticos, trágicos, etc., para reforçar a sua notabilidade. (...) E acontecimentos que tenham um número desses valores-notícia terão maior potencial noticioso do que os outros.

Não se noticia que milhares de aviões levantaram vôo e pousaram normalmente nos aeroportos, sem nenhum acidentes, mas se estes levantaram vôo tiveram uma pequena derrapagem, já é fato para levantar pauta e consequentemente polêmica. A edição em muitos casos seguem o que a empresa pretende passar e nem e sempre o que é verdade. O valor da notícia (BBB). O caso Sandro Nscimento, do ônibus 174 que fazia linha Jardim Botânico, Rio de Janeiro, em 12 de junho de 2000.


1 – Dramaticidade provocada ou dramaticidade simulada?
2 – Erro. Erro prematuro; imperdoável. Impensável.
3 – Cálculo mal planejado que despertou na população a vontade de fazer justiça com as próprias mãos.
4 – A polícia mata enfrente as câmeras.
5 – Mata a professora Geise e mata Sandro do Nascimento.
6 – Espetáculo.
7 – Espetáculo para a mídia.
8 – Eles mataram porque estão acostumados a matar.
9 – E quem ia defender o Sandro?
10 – O velório acompanhado pela população.
11 – O velório acompanhado pela 2ª mãe e o coveiro do cemitério.
12 – Essa é a função da mídia para a construção da realidade atual. Esse é o valor da notícia?

Em busca do público

Qual mídia escolher para atingir públicos cada vez mais pulverizados? Um exemplo; a propaganda. Seguindo uma escala cada vez maior.

As notícias são elaboradas a diferentes nichos de clientes. Para (Pierre Bourdieu, que faleceu no dia 9 de março de 2007), a mídia na sua opinião regia perante a opinião pública de acordo com as três problemáticas das organizações, que são elas:

1º - Intervenções das organizações

Na mídia participam funcionários, clientes, fiscalizadores e reguladores. Coloca em xeque-mate a perspectiva das organizações de encarar a imprensa como interlocutora central na comunicação com seus públicos.

Entende-se como imprensa uma entidade homogenia e indiferenciada. Mostra que as mídias oferecem poder de agendamento. Isso faz identificar a agenda-setting.

2º Como enfrentar a Opinião Pública? (O.P)

Exigem estudo mais denso sobre atitudes e hábitos dos receptores-consumidores de informações. Portanto o impasse perante o conceito de (O.P) e a busca de identidade com o receptor estão presentes nos quadros dirigentes e fontes.

O papel do assessor é canalizar informações em alta velocidade, dentro da realidade em que se encontra; mesmo assim a imprensa nem sempre é o único ou melhor meio para a comunicação.

Narcotizar o indivíduo, excedendo suas ideias, deixando esse público às vezes sem rumo, gera o conformismo. O assessor de imprensa é um jornalista especializado por tanto em lidar com verdades alheias e está visado perante a sociedade. Ele não é a lei, dessa organização. Ele é o interlocutor interno e externo, mas os fatos cedidos ao público é de competência dos órgãos especializados a dar a resolução. Pois a sua verdade não é absoluta e sim relativa. Alguém pode questioná-la.

Nossa imprensa de cada dia


A imprensa deveria ir mais fundo na apuração das irregularidades, deveria dar mais evidência às injustiças e falcatruas que se cometem contra o cidadão comum. Deveria expor a realidade de forma nua e crua, sem rodeios. Por outro lado, a imprensa deveria também evitar a incitação de linchamentos morais, seu poder deveria ser utilizado de modo mais criterioso, e a busca do furo não deveria justificar suas frequentes precipitações.

Critica-se o jornalismo por ser omisso e invasivo, por ser comprometido e irresponsável ao mesmo tempo. Falsa contradição, em grande medida, que só pode ser superada pela evolução quantitativa da própria mídia.

Não se trata de uma vaga constatação. Caso raro de polemista destemido, mas avesso a dogmatismos, a imprensa na sua militância crítica, alcança no entanto, toda uma série de outros “pequenos assassinatos” que a imprensa comete a cada dia por prepotência outras meras pressas.

Dos anos 50 a meados dos anos 60 o jornalismo foi refém dos partidos políticos. De meados dos anos 70, refém da ditadura.

Nos anos 80, refém dos movimentos organizados. Em final dos anos 80 descobriu uma verdadeira vocação em uma sociedade de mercado moderno: ser representante dos interesses difusos da sociedade, contra os interesses políticos, corporativos e setoriais.

O passo seguinte foi ver como um produto, que tem que responder às expectativas do seu público. A mídia passou a recorrer a departamentos de pesquisas, a leituras imediatistas do que as pesquisas mostravam, a tentar atender as demandas de curto prazo do leitor. E aí se tornou refém do pior censor: a ditadura da opinião pública ou, melhor, de atuar passivamente oferecendo ao leitor aquilo que se pensa que ele quer.

Este é o grande dilema da imprensa de opinião no século 21: atender às expectativas imediatas do leitor ou ser guardiã dos valores da civilização? Se o leitor pede linchamento, ele lhe será oferecido? Como definir as relações com o público, sabendo-se que o participante do jogo de mercado, defendendo da audiência para se viabilizar economicamente? Como impedir que o jornalismo de opinião, intuição essencial para o país, não se contamine definitivamente com o espetáculo tornando o jornalismo num “Reality Show” diário e, ao mesmo tempo, não se torne maçante, a ponto de ser apreciado por meia dúzia de eleitos?

Este é o desafio. Como jornalista, aprendemos a utilizar no limite uma ferramenta que o jornalismo tem como ninguém: a capacidade da meta-crítica, do ajuste rápido. Estruturas hierárquicas, como o judiciário, a universidade, o setor público como um todo têm dificuldades para correções rápidas de rumo. A política se renova a cada quatro anos. Na mídia, não há campanha, por mais ampla e sistemática que seja, que revista a um bom argumento colocado individualmente por um jornal. Esta é a maior virtude da imprensa, essa capacidade e rapidez para o auto-ajuste, a auto-regulação. Nos últimos anos essa capacidade foi embotada inicialmente por uma competição baseada na emulação por toda a mídia dos padrões vitoriosos. Depois, pela consolidação do market share dos principais jornais, e o receio de mudar o modelo e perder participação.

Criou-se uma estratificação daninha. Toda manhã cada jornal tem seu jornalista lendo os concorrentes e comparando as notícias. Se o repórter utilizou o mesmo enfoque do concorrente, não será incomodado, ainda que esteja errado, porque estará errado com a maioria. Se buscar o enfoque original, será cobrado ainda que esteja certo. E se a verdade demorar a aparecer, provavelmente o repórter não terá espaço nem tempo de cobertura para fazer valer a sua verdade. Criou-se um círculo vicioso. Ocorre o episodio. De cara, forma-se o juízo e apresenta-se a conclusão.

Empreendedor de sucesso


Para ser considerado um bom empreendedor, é necessário que este tenha visão de mercado e principalmente dá área em quem pretende atuar. Portanto é preciso que ele seja uma pessoa bem informada, que tenha espírito competitivo, um grande visionário do seu futuro, que tenha ou não uma formação acadêmica, mas que saiba principalmente entender de economia e gestão de negócio sempre com muita cautela.

Jornalista Rosa Rodrigues
14 de fevereiro de 20011


Guia para edição jornalística de Luiz Costa Pereira Junior



Guia para edição jornalística de Luiz Costa Pereira Junior


Professor universitário
Especialista pela Universidade de Navarra, no Curso Máster de Jornalismo para Editores
Trabalhou oito anos no Estado de S.Paulo como repórter e editor
Criador e editor da Revista Língua Portuguesa
Escritor de grandes obras como: Apuração da Matéria, pela editora Vozes entre outros.

Edição de fotos


A
fotografia é a construção, registro, o artifício, a testemunha da realidade. É a expressão do acaso, controlado.

É mais fácil a pose do que o movimento. Muito cuidado, pois a foto posada pode gerar conflitos entre algo descoberto importante.

O fotojornalismo busca o plus de naturalidade contido no imprevisto, é uma construção elaborada por um profissional. A escolha da lente, do diafragma e da própria câmera pode afetar o resultado. Pois este busca o momento em que o ato desperta o olhar distraído. O instante significativo, pode ser recortado somente pelo fotógrafo e pelo editor.

Ao fotografar não sedeve pensar só no que é registrado, como a também significação que tal imagem transmitirá a quem a veja. A imagem depende do próprio repertório. A edição traz fragmentos congelados, mas confere uma lógica própria.

O equilíbrio entre o que percebemos e queremos é um conceito dado ao objeto e o efeito obtido pela forma. O que para Ivan Lima, significa a ilusão de cena congelada.

Os elementos básicos da fotografia

Pontos, linhas, formas e texturas (sentimentos e sentidos)


Contexto

Não é raro o caso em que texto, por melhor e mais informativo,perde importância e espaço na página por falta de imagem. Uma matéria frágil ganha vitalidade com boa foto. Às vezes pode ser um pequeno texto que a foto dará o valor ao acontecimento.

A foto, sozinha, não estimula o imaginário. Segundo Lucia Santaella e Winfred Noth, em muitos casos há uma estratificação entre imagem e texto.

1 – Imagem inferior ao texto – só completa.
2 – Imagem superior ao texto – ela domina, é mais informativa.
3 – Imagem e texto – se bem integrados, informam.

A imagem tem sua significação modificada pelos títulos, textos legendas e diagramação, pelo contraponto com outras fotos na mesma página e edição, pela reutilização em contextos diferentes da situação original. O seu objetivo é controlar a leitura que será feita dela.

Kossay observa que pela a composição entre imagem, texto, edição da foto só promove “um conteúdo transferido de contexto”, pois um “novo documento” é derivado da foto original e provoca uma interpretação específica, uma “ficção documental” é forjada.

Quando o texto e imagem são dispostos lado a lado, não edição de duas mensagens informativas distintas. Deriva uma nova interpretação. Não há um dueto entre texto e imagem que interfira na imagem. O efeito desejado é dar impressão de relação causal.

A foto jornalística,é “polissêmica”, feita para não dar margem a mais de um sentido interpretável, a foto deve possibilitar múltiplas interpretações.

Mas ela acaba dando imagem fotográfica e duplo sentido. O texto, a legenda, o titulo, ancoram um sentido específico.


Estrutura da composição

a) – Extra quadro > extrapolação dos limites do quadro a partir de elementos contidos no próprio quadro.
b) Assujeitamento > momento do objeto encarar a objetiva e ele se nega.
c) Sutura > inclui a câmera no grupo fotografado (ato cirúrgico). Dá se a ilusão de que o observador participa da ação.
d) Jogo de linhas > linhas horizontais sugere tranquilidade.
e) Jogo de linhas > linhas verticais, movimento e atividade.
f) Jogo de linhas > profundidade
g) Arbítrio > o local onde faz a foto torna-se também sua importância.
h) Perspectiva > 3ª dimensão na fotografia.Inclui jogos de linhas, formas e luzes.
i) Efeito figurativo > formam enfileiradas dando a ilusão de profundidade.
j) Efeito linear > mais alta a linha horizontal, maior a ilusão tridimencional.
k) Efeito luminoso > sensação de profundidade ocorre quando a zona mais escura está próxima, em primeiro plano, ficando mais clara à medida que os objetos se afastam da objetiva.
l) É aconselhável usar uma foto por página de preferência a melhor.
m) Contraste > ângulos longos, fechados contra-abertos, grupos contra indivíduos, vistas gerais, dando ou não dramaticidade.

A palavra interfere na imagem e por isso ela mudou a leitura dos jornais.
A chegada da foto tirou espaço do texto, consumiu menos tempo para a compreensão dos fatos. Ela é a verdade factual do mundo.

Virtualidade e ética

No século 20, ângulos planos, produtos químicos afetaram o produto final.
Com a digitalização a imagem tornou-se mais sofisticada. Podendo interferir nessa imagem ao ponto de manipulá-la. Os recursos tecnológicos atingiram o coração do estatuto da verdade.

É preciso ser muito profissional e ético para fazer o melhor sem trair o leitor que vai ler e conhecer a história exposta no impresso de sua preferência.

Teorias da comunicação: Conceitos, escolas e tendências


Teorias da comunicação
Conceitos, escolas e tendências
Antônio Hohlfeldt, Luís C. Martinho e Vera Veiga França


Dependendo da mídia, sofremos sua influência, não a curto, mas a médio e longo prazo, não nos impondo-a determinados conceitos, mas incluindo em nossas preocupações certos temas que, de outro modo, não chegariam a nosso conhecimento e, muito menos, tornar-se-iam temas de nossa agenda.

A mídia tem poder de centralidade, de colocar como algo importante determinado assunto, dando-lhe não apenas relevância quanto hierarquia e significado.

Um fator que marca essa centralidade é a tematização, ou seja, a forma dos desdobramentos que a notícia sofre, conhecida como (suíte) a medida que a informação vai se desdobrando ela vai recebendo atenção privilegiada do receptor.

E assim cada um dá a sua própria atenção e seus respectivos valores. O que chamamos de saliência ao assunto.

De acordo com o pesquisador Kurt Lewin, as recusas ou aceitação de um acontecimento enquanto que notícia dependeria muito de uma espécie de conceito difuso da informação.

Por tanto, admiti-se que os processos de comunicação têm em si mesmos uma função de controle social desenvolvido a partir do estabelecimento de praticas socializadas entre seus profissionais.

Para qualquer momento da busca de informação o convívio com os pesquisadores é fundamental, porque leva à familiarização com o grupo e as rotinas ali desenvolvidas, numa perspectiva de naturalidade, até o momento em que, tendo-se identificado plenamente o grupo, deve-se distanciar do mesmo para poder manter o equilíbrio observador e crítico sobre tais práticas.

Noticiar é um processo organizado que implica uma perspectiva pratica dos acontecimentos. É um processo de descontextualização e recontextualização de cada fato,enquanto narrativa jornalística.

Por isso, a notícia está regrada por valores-notícia, conjunto de elementos e princípios através dos quais os acontecimentos são avaliados pelos meios de comunicação de massa e seus profissionais. Os valores-notícia (News Vallue) não podem e nem devem ser analisados isoladamente. Estes reúnem um conjunto de cinco qualidades dos acontecimentos que permitem uma construção narrativa.


1º categorias substantivas

A importância

A nível de grau de hierarquia dos indivíduos envolvidos no acontecimento. Impacto sobre a nação e o interesse nacional, quantidade de pessoas envolvidas, relevância e significação do acontecimento quanto à sua potencial evolução e consequência.

Interesse

A capacidade de entreter grupos, de forma equilibrada com a notícia. Não muito positiva e alegre e nem negativa e triste.

2º categorias relativas ao produto (notícia)

A brevidade ou melhor, a notícia deve estar adequada com cada meio a ser divulgada. Sem que haja desvio de informação e para assim facilitar na construção de suíte.

Muitas vezes, o profissional dispõe a informação, por exemplo, fornecida em off, mas não pode usá-la até aquele determinado momento em que ela está na eminência de se tornar pública. Essa prática é muito observada e cobrada dentro do jornalismo investigativo, levando em conta qualidade narrativa, equilíbrio e a forma de apresentar.

3º categorias relativas aos meios de informação

Bom material visual e textos devem ser equilibradas,por isso ter acesso a fontes e ao local do acontecimento pressupõe a continuidade daquela cobertura. Por tanto, o seu formato é de total importância, (introdução, desdobramento e conclusão).

4º categorias relativas ao público

Na estrutura narrativa, exige-se clareza, identificação dos personagens envolvidos, deve atender além de informação a uma prestação de serviços e evitando criar traumas, pânicos ou ansiedade, a protetividade é fundamental.

5° categorias relativas à concorrência

Jornalista em primeiro lugar escreve e divulga para jornalista ler e ver. Há uma grande preocupação em descobrir qual a pauta do seu concorrente. A competição é acirrada entre empresas e pessoas envolvidas. A exclusividade ou o furo ainda é o alvo destes profissionais.

Nota-se com essa concorrência total despreparo para a informação, a cópia prevalece e prevalecerá por muitos anos, pois muitos preferem estabelecer padrões ou ter como referência alguns modelos.


E hoje com o boom das tecnologias avançadas, o profissional corre menos em busca de contato com a fonte ele recorre sempre ao telefone e a internet. De modo geral, a televisão e o jornal ouvem o rádio; mas a televisão e o rádio lem o jornal. Apresentam papéis alternativos.


Em conclusão sobre o tema Valores-Notícias a perspectiva das chamadas teorias empíricas, em especial aquelas de campo,já levaram em conta, de certo modo, tais perspectivas, ao chamarem a atenção para o fato de que o processo informacional, mais do que uma relação equilibrada entre emissor e receptor, amplia-se, a partir do emissor primeiro.

Onde e como funcionam o lugar onde se produz a notícia?


Acontece nas redações de um veículo de comunicação;

Funciona de acordo com determinado veículo, cada veículo define sua rotina produtiva de acordo com sua realidade econômica;

É o lugar onde se organiza as informações para então virar notícia.

Redação

É um local onde se produz a notícia e não onde acontece a notícia;

Não é único lugar onde se decide o destino da notícia, pois ela sempre será influenciada na sua decisão final;

É um ambiente onde deve mostrar os aspectos da realidade;

Lugar parecido com escritórios de empresa privada como outra qualquer.


O jornalista e o cozinheiro



Lida com produtos instáveis;

O acontecimento nunca é o mesmo;

O jornalista deve pensar no que pode ser importante ou não para seu público.

Produtos estáveis;

Há uma mistura de ingredientes;

Essa mistura é importante para sair um alimento perfeito.


Interesse e importância


O que é interessante para uma imprensa local pode não ser para uma imprensa nacional.

O que é importante para um jornal pode não ser para uma emissora de TV ou vice-versa.


No caminho da redação


Existe um padrão hierárquico em todo veículo de comunicação:

Pauteiro (garçon);

Repórter (cozinheiro);

Editor (gerente);

A notícia nasce de uma pauta;

Passa pelo repórter;

E chega ao editor (é ele quem decide o que vai ser notícia ou não, de acordo com critérios técnicos para ficar no padrão do veículo).


Sobre as pautas

De milhares que chegam ao veículo apenas um décimo é transformada em matéria e desta, a metade será aproveitada para edição final;

O jornal deveria ser o espelho do mundo, mas hoje ele só consegue ser um pedaço de caco desse espelho;

O veículo só consegue mostrar uma visão geral dos acontecimentos.


O jornal impresso


Na década de 30 era o único meio de informação;

Com surgimento do rádio e da TV, diminuiu suas tiragens, por causa da modernização, do surgimento do jornalismo industrial;

Continua sendo o que sempre foi (espaço para divulgação de notícias, idéias, visões de mundo e principalmente por seus anúncios em classificados e campanhas publicitárias).


Exemplo de uma rotina em redação

Às 9h da manhã chegam os repórteres;

Em seguida eles se reúnem com o editor para a distribuição de tarefas;

Esse grupo é o da Editoria de Cidade que envolve 12 repórteres (mas só seis estão neste momento).

Mais tarde chegam mais quatro e depois os outros dois são setoristas (cobrem governo e o legislativo local);

O supervisor chega no final da manhã para participar de uma reunião com o editor e o pauteiro;

Depois é a vez do “copidesque” (redator) finaliza o material com uso de legendas em fotos, títulos e o texto em geral;

11h chega o editor, que faz uma reunião com o pauteiro e o subeditor para fazer o fechamento da Editoria de Cidades.


A explosão da rotina


Não é uma norma a rotina de um jornal;

Às vezes precisa improvisar outra rotina em função dos fatos;

E quando outros acontecimentos importantes obrigam o veículo a mudar sua rotina pra cobrir os fatos imprevistos (ex: 11 de setembro);

Essa explosão modifica as relações do jornal com suas fontes tradicionais.

Pauta externa

Quem recebe a sugestão de pauta externa é o próprio pauteiro;

Quando a pauta vale a pena ele sempre dá um jeitinho de encaixá-la no jornal;

Todos os dias chegam muitas pautas elaboradas por assessores de imprensa, relações públicas, divulgadores culturais e outras pessoas de diferentes áreas, mas nem sempre é possível encaixar uma pauta.



Decidindo o que é notícia


É quando o editor retorna a reunião geral com a Equipe da Editoria de Cidade para definir juntos os detalhes da edição para então mandar o material para gráfica.

Após o trabalho finalizado, o que aparecer fica para outro dia;

Ou seja, a redação só funciona em equipe.

A questão da política editorial no jornalismo: Quem decide o que editar?


O que podemos perceber é que os filtros na cobertura jornalística são fundamentais e influenciam nos processos de edição nos meios de comunicação.

Para Clóvis Rossi, as batalhas por dentro e por fora destes meios de comunicação não passam de distorsivas, partindo da pauta, passando pelo copidesque, editor e as influências da fonte e do anunciante. Essa tem sido a definição para o jornalismo atual partindo desses conceitos.

De acordo com Joaquim Douglas, a importância dos títulos, manchetes têm como objetivo destacar, influenciar ou não o leitor.

A cobertura jornalística sempre é influenciada pelo núcleo do poder e nem sempre a margem do povo que representa vastos setores da vida social.

Outra discussão é o “releamania”, que assola o país devido às assessorias de comunicação, imprensa e relações públicas, que enviam diariamente press-realeses para esses meios, principalmente o “impresso”.

Resta questionar: até que ponto a seleção de informações reflete exatamente a opinião da empresa e até onde os dirigentes de uma organização jornalística controlam o que vai ser publicado?

Mas é possível ser criativo e independente, convivendo numa empresa voltada para o lucro. Profissionalismo e ética devem andar juntos. Do contrário os leitores acabam recebendo a informação sob a ótica dos proprietários dos meios de comunicação e não dos jornalistas que coletam os dados e redigem as matérias.

Não podemos generalizar só o impresso o eletrônico também passa por todos os filtros e todas as críticas aqui citadas.

Na opinião da editora adjunta da Revista Hoje Karla Rady, “particularmente seguimos uma política editorial ética e competente, porém; é preciso deixar sempre claro que para a sobrevivência deste meio de informação contamos com o apoio de empresas públicas e privadas.

O ônibus 174 e a sociologia da abordagem sistêmica


A mídia e o seu impacto. Uma análise que sustenta o real desenvolvimento que a mídia transformou a constituição espacial e temporal da vida social, criando novas formas de ação e interação não mais ligadas ao compartilhar de um local comum. As consequências desta transformação têm grande alcance e atingem muitos aspectos de nossas vidas, desde os mais íntimos aspectos da experiência pessoal e da transformação à mutável natureza do poder e da visibilidade do domínio público.

O que proponho nessa análise é o estudo comum com alta dramaticidade da grande narrativa do documentário – O ônibus 174 – feito ao vivo por redes de TV numa época em que se descobria o peso do meio com a relação indivíduo, o vale tudo pela audiência, pela exposição, pela manipulação enfim o ibope prevalece como a palavra chave das redes de TV aberta e fechada.

A sociologia e a abordagem sistêmica


A população da cidade do Rio de Janeiro, parou no dia 12 de junho de 2000 para acompanhar ao vivo pela televisão o sequestro do ônibus 174 na Rua Jardim Botânico. Durante cerca de quatro horas, o assaltante Sandro Nascimento manteve dez das passageiras como reféns. O desfecho foi trágico. Depois de simular que havia matado uma das passageiras, o bandid, o desceu do ônibus usando a professora Geisa Firmo Gonçalves como escudo. Naquele momento, o soldado do BOPE, Marcelo de Oliveira Santos tentou matar o sequestrador. As balas do policial, no entanto, não atingiram apenas a refém, que levou ainda dois tiros disparados pelo assaltante e morreu. O bandido foi asfixiado pelos policiais, enquanto era levado ao hospital Souza Aguiar.

Enquanto a Globo News ficou no ar, direto, com imagens dramáticas do episódio, a TV Globo manteve sua programação normal, inserindo flash’s em seus intervalos comerciais. A cobertura completa do sequestro foi ao ar no Jornal Nacional daquela noite. Evandro Carlos Andrade, na época diretor da CGJ, explica a decisão da emissora: “Nós tivemos duvida em relação à TV aberta uma vez que havia o receio de o sequestrador estoura a cabeça de uma das reféns e nós mostramos a cena. Entendemos, depois, que nossa decisão de não dar continuidade à cobertura foi um erro. O que nós devíamos ter feito e faremos daqui para frente era alertar permanentemente o público, os pais, as famílias, para o risco de mostrarmos uma cena muito chocante. Cabe às famílias tomarem medidas de cautela. Nós achamos que devemos transmitir os acontecimentos. E, se fosse hoje, levaríamos ao ar também na TV aberta, porque é um fato que causa expectativa. E, se nós temos acesso, o público também deve ter. Caso contrário, estaremos censurando a informação.”

Posicionando a questão, o tema da relação entre violência e televisão não é novo.
Ambos estão estreitamente vinculados e constituem a temática da ordem do dia em várias sociedades, possuindo, portanto, um significado cultural. Na atualidade, essa relação que se torna cada vez mais sólida e frequente tem despertado a atenção de diferentes setores da sociedade, e de pesquisadores das ciências sociais e da comunicação, que buscam, com diferentes aportes, explicitar a intrigante e polêmica relação: violência e televisão.

Essas pesquisas, fundamentadas em diferentes perspectivas teóricas e estratégias metodológicas, têm produzido resultados contraditórios. Os pesquisadores coincidem em afirmar que é difícil determinar a forma e a magnetude com que os conteúdos violentos, que habitam o cotidiano da televisão, afetam as pessoas, uma vez que a sociedade está composta por grupos, segmentos sociais e indivíduos que vivem em contextos pessoais, socioculturais e religiosos diferentes, dificultando, portanto, a generalização dos dados e a interpretação conclusiva dos resultados.

A preocupação que nos move nessa reflexão não recai sobre o estudo da violência em si, tampouco sobre os efeitos que os meios de comunicação causam no comportamento das pessoas ou grupos. O intento é mais simples: move-se no sentido de analisar como a violência é representada nas notícias dos informativos de televisão. Em outras palavras, buscamos recortar o espaço imaginário da televisão, investigando como se constrói a representação da violência por meio das notícias transmitidas nos telejornais de maior audiência no Brasil, respectivamente, Jornal Nacional (Rede Globo de Televisão) e (Jornal da Record de Televisão) no ano de 1999.

Interessa-nos, sobretudo, identificar como os noticiários de televisão constroem e trabalham um conjunto de representações inseridas no dia-a-dia do telespectador brasileiro, como também averiguar os processos de mediação e interação estabelecidos entre os discursos veiculados e a construção da realidade oferecida ao público.

O dia 12 de junho de 2000 entra para a história da televisão brasileira como o dia em que os telespectadores assistiram pela primeira vez a uma execução ao vivo. O país surpreende-se com imagens de violência transmitidas diretamente do cenário do crime, no Rio de Janeiro. As cenas enredas por imagens de extrema crueldade, foram captadas por uma câmara da Companhia de Engenharia de Tráfego da Prefeitura do Rio (os diálogos mantidos pelos personagens do drama não eram audíveis) e transmitidas pela TV a cabo Globo News e pela Rede Record. Dois estudantes de jornalismo da PUC/Rio também registraram a tragédia imagética, quando gravavam um programa para a TV Universitária.

Sandro, 20 anos, ex-menino de rua e sobrevivente da chacina da Candelária, assalta, no Dia dos Namorados, um ônibus urbano na zona sul carioca, tomando uma professora como refém, esse passageiro 174, juntamente com familiares, policiais, sequestrador e espectadores parecem ser protagonistas de um filme de longa-metragem, com mais de quatro horas de duração. Entretanto, diferenças substantivas distinguem as cenas de violência urbana transmitidas ao vivo das cenas de violência das películas do cinema: a ausência de um roteiro previamente definido e a pouco ou nenhuma possibilidade de um final feliz.

Uma das reféns do sequestro do ônibus, uma estudante de 20 anos, declara que procurou manter a calma durante o acontecimento. “Vi que o bandido era passível de diálogo. Perguntei se ele sabia quem era a maior vitima da situação. Ele disse que não. Eu respondi: você”.

Enquanto o diretor de jornalismo da Rede Globo elogia essa cobertura dramática, dizendo que: Se o público não tivesse testemunhado, engoliria versões oficiais”.

O diretor da Rede Record, Luís Gonzaga Mineiro, na reportagem à revista Istoé, de 22/06/2000, admitiu pequenos excessos na cobertura da rede de televisão”. Houve exagero por parte de ambas como a música de suspense que acompanhava a transmissão”.

Ex-menino de rua, o sequestrador é agora mais uma das vítimas da violência policial, depois da excussão de seus pares da Candelária. Em uma redação, Sandro, com ainda 13 anos, revela os desencontros de um país marcado por desigualdades econômicas e sociais estruturais: “Eles não são animais não. São crianças indefesas sem nenhuma riqueza”. A identidade dos meninos de rua é assim construída pela negação e por uma atitude de defesa.

É nesse contexto sociomediático, em que a violência da tela goteja no imaginário dos telespectadores, que nos aproximamos do estudo das notícias de violência nos telejornais de cobertura nacional, analisando comparativamente os conteúdos informativos sobre violência veiculados, identificando os discursos em circulação que conduzem ao enquadramento da problemática, indicando o tratamento jornalístico oferecido e extraindo daí as formas de representação social da realidade da violência nos noticiários de televisão.

Por se tratar de um amplo e polêmico fenômeno, tanto do ponto de vista moral como ético, aproximamos da problemática relação entre violência, televisão e cotidiano por meio da materialidade da notícia audiovisual, ou seja, investigando aquilo que é comum no material informativo produzido e veiculado, consumido pelos diferentes públicos, que assistem, ao noticiários de televisão e por meio deles se informam.


Portanto a televisão é a principal mídia mundial e a sua inserção social é das mais elevadas, principalmente no Brasil, onde funciona como substituta de outras opções culturais e como a principal fonte de informação da maioria da população e a violência é representada socialmente como problema de ordem pública, cuja a solução depende de medidas e de ações policiais e do Poder Judiciário por meio dos tribunais de justiça.

As reportagens de violência são assim; uma mistura de narração e representação. Narração feita pela voz em off, pela presença da câmara do jornalista enfim é pelo extraordinário da situação que se estabelece a comunicação com o público.

Sangue na tela, esta é a representação da violência nos noticiários de televisão no Brasil, é a imposição do real e a construção da realidade seja ela também simulada.

Análise dos filmes Todos os homens do presidente e o preço de uma verdade


Filme: O preço de uma verdade

Filme: Todos os homens do presidente



Grandes histórias que aconteceram na comunicação americana tornaram-se obra cinematográfica. Isso é o que acontece com o jornalista Stephen Glass, interpretado pelo ator americano Hayden Christensen, no filme O preço de uma verdade, além do jovem se apresentar extremamente talentoso não é nada confiável aquele tipo de profissional para os seus colegas e para a imprensa que prima pela qualidade e imparcialidade dos fatos.

Dono de uma imaginação genial, Glass, seria um perfeito autor de livro de ficção se ele não fosse parte de uma redação jornalística. Profissional free-lancer ele começa na década de 90, a produzir artigos requintados para a revista “The New Republic”. Por se tratar de um jovem jornalista cheio de ideias inovadoras para uma redação, ele começa a cair nas tentações de inventar fontes. E tudo parece ser tão real ao ponto do rapaz ter todos os dias, horas e locais para viajar na sua imaginação, ou seja; para inventar histórias para um periódico sério dentro da imprensa americana. O jornalista vai além; simula palestras com alunos e professores de cursos superiores em Washigton e é convencido por seus delírios.


Desconfiado, seu editor-chefe começa a investigá-lo, deixando de lado aquela imagem que todos tinham do jornalista Glass, do profissional de destaque por grandes matérias de capa. O foco da redação muda completamente para dentro daquele impresso e começa então uma bruta investigação sobre a vida profissional de Stephen.

Depois de se ver rodeado por cobranças da equipe em saber nomes de suas fontes e possíveis contatos, o jovem de vinte e poucos anos de idade, começa a cair em contradição. Pois até e dado momento ele acreditava em suas próprias mentiras. O óbvio acontece um dia, quando ele não consegue mais provar a existência de seus entrevistados. É nessa hora que o talento dá lugar a mentira, a falta de credibilidade dos trabalhos que ele vinha prestando para a “The New Republic”, e sem saber o que fazer, seu reinado de letras desmontar, e Stephen Glass é desmascarado e demitido.

O exemplo de Stephen Glass, não foi só obra de ficção para o cinema americano, foi fato real e ainda é possível encontrar esse tipo de jornalista camuflado dentro de grandes redações pelo mundo da comunicação.


Porém, o simular, o convencer sem apresentar dados exatos é o pior dos defeitos que um profissional de jornalismo pode tentar exercer. Mais cedo ou mais tarde ele vira o foco de investigação para seus colegas e leitores. E esse não é bem visto por ninguém. Enquanto que no filme o fato acontece dentro de uma redação e seus superiores abafam o caso só manda este ir embora.

Enquanto que no filme o “Preço de uma verdade”,verdade é algo que não existe nas fontes de Stephen Glass, no filme “Todos os homens do presidente” mostra outra realidade, do que deve ser o jornalismo.

O filme é interpretado com Robert Redford e Dustin Hoffman, nos papéis de Bob Woodward e Carl Bernstein, a curiosidade, o esforço, a cautela e a busca veemente por fontes seguras a fim de desvendar todo um caso histórico para a nação americana, os dois repórteres tratam o acaso de forma madura e comprometida com a realidade que existiu dentro da redação do jornal Washington Post, em 1972, nos Estados Unidos.

Tudo acontece quando cinco homens invadem a sede do Partido Democrata do presidente Richard Nixon, na década de 70, o filme é resultado de um trabalho que deveria ser sempre praticado por profissionais da comunicação que buscam um dia em suas carreiras o reconhecimento por um bom trabalho prestado não só para as pessoas, mas para todos que acreditam nesse jornalista, descobriram a fonte mais importante para sanar qualquer dúvida no caso Watergate – O garganta profunda, personagem fundamental para direcionar todo o desenrolar da história escandalosa daquele governo que foi derrubado do poder.

Outro fato que chama atenção em particular é a quebra do sigilo da fonte. No caso do Garganta Profunda, os jornalistas prometeram não revelar a sua identidade, e se um dia revelassem seria o dia que ele morresse, porém o acordo não foi respeitado. Em 31 de maio de 2005, Mark Felt, ex-vice-presidente da polícia americana veio a público e revelou sua identidade e os jornalistas foram quem confirmaram a verdade para que não ficasse na história alguma dúvida.

Exclusão digital



A
exclusão digital não é ficar sem computador ou telefone celular. É continuarmos incapazes de pensar, de criar e de organizar novas formas, mais justas e dinâmicas, de produzir e distribuir conhecimento. Na primeira gestão do presidente norte-americano Bill Clinton, ele havia distribuído computadores para quase todas as escolas do país. Não deu certo. Em muitas regiões as máquinas viraram sucatas. Faltou uma política de requalificação dos professores.

De acordo com o censo escolar de 2000, mostrou que 82% das escolas de ensino médio no Brasil tinham bibliotecas e conseguiam atender 87% dos alunos. O país estava convivendo com 42% das crianças sem acesso a uma diversidade mínima de livros para apoiar sua formação escolar. O censo ainda esclareceu naquela época que só 46% das escolas de segundo grau possuíam laboratórios de ciências, um percentual que cai para 7,3% no ensino fundamental. Temos hoje laboratórios de informática em quase metade das escolas de ensino médio do país. Somente 34,8% têm acesso à internet. A renovação veloz e constante do conhecimento é um dos principais elementos que caracterizam a era da informação. A escola é apenas um pólo de orientação diante do dilúvio de informações gerado e constantemente alimentado pela rede mundial de computadores.

A memória foi ampliada pelos bancos de dados, pelos documentos em hipermídia e pelos arquivos digitais.

O projeto genoma é o exemplo mais destacado, e a dedução lógica e a indução vão sendo trabalhadas em cima de teses com a realidade virtual. O que está em jogo é o potencial de inteligência coletiva da sociedade e não podemos aceitar uma formação tecnicista e mercantilista. Uma pedagogia que incentive a aprendizagem personalizada a partir do interesse de cada um.

A educação não pode mais simplesmente ser definida com antecedência. O professor será cada vez mais um orientador indispensável, em busca dos saberes coletivos.

Valores da notícia


Noticibilidade: Critérios é um fenômeno extremamente, construído de inúmeros fatos, uma quantidade de informações.

A noticibilidade é o conjunto de regras práticas que abrangem a transformação.

Notícia: É a expressão de um fato novo, que desperta interesse do público que lê, ouve ou assiste.

Categorias

1º Categorias substantivas – está ligada a acontecimentos personagens.

a) Importância

I. Grau e nível hierárquico dos indivíduos.
II. Impacto sobre a nação e o interesse nacional.
III. Quantidade de pessoas envolvidas no acontecimento.
IV. Relevância e significação do acontecimento quanto à sua potencial evolução e conseqüências.

b) Interesse

I. Capacidade de entretenimento
II. Interesse humano
III. Composição equilibra o noticiário.

2° Categoria relativa aos meios de informação – tem a ver com a quantidade de tempo usada para a veiculação da informação.

a) Bom material visual e texto verbal.
b) Freqüência.
c) Formato.

4º Categorias relativas ao público- referem-se à imagem que o profissional ou o veículo possuem de seus receptores.

a) Estrutura narrativa.
b) Projetividade.

5º Categorias relativas à concorrência dos meios de comunicação, enquanto empresas, concorrem entre si e buscam saber, antecipadamente, qual a pauta de seu concorrente, com a qual busca competir ou à qual tentam neutralizar.

a) Exclusividade ou furo.
b) Geração de expectativas recíprocas.
c) Desencorajamento sobre inovações.
d) Estabelecimento de padrões profissionais, ou de modelos referenciais.

Três diferentes fases

a) Esecolha ou captação de informações, que dependera de fontes variadas, agências noticiosas ou agendas de serviços;
b) Seleção de informações, dentre aquelas todas disponíveis;
c) Apresentação ou edição;
d) Distribuição, que implica na seleção daquilo que vai ser mais ou menos distribuídos atingindo a todos os veículos vinculados a uma determinada agência ou só a alguns deles.

Antigamente e Hoje

O profissional saía à caça da informação.

Com as tecnologias do telefone e da internet, jornalista é capaz de fazer a matéria.

Corpo e voz na TV


O livro “Corpo e voz na TV de Leny Kyrillos” é um daqueles livros que predispõe de dicas fundamentais para quem trabalha com a voz e o corpo na TV.

Leny, ensina que uma boa voz, bem colocada, ajuda a compreender o que está sendo dito e quem a usa profissionalmente precisa analisar a impressão que ela está passando para as pessoas. O ideal é que seja uma voz com psicodinâmica relacionada á credibilidade, preparo e profissionalismo.//

O que garante uma voz clara, limpa, é o equilíbrio do uso das três cavidades de ressonância – garganta, boca e nariz.//

A maneira como articulamos os sons pode ajudar – ou atrapalhar a comunicação./ Pessoas que não mexem ou mexem pouco a boca para falar não inspiram confiança. “Passam a idéia de que escondem algo ou de que não estão convictas do que dizem”./ Segundo a fonoaudióloga Leny Kyrillos, o mesmo se aplica a quem fala muito baixo./ A impressão que se tem é a de que a pessoa está insegura, se escondendo./ Já quem fala muito alto invade o limite do outro./ E por isso pode ser considerado inconviniente./ No caso dos repórteres, utilizar bem a voz é indicado mesmo longe das câmeras./ É bom lembrar que antes de gravar entrevistas, normalmente, há uma conversa preliminar, quando a fala pode transmitir, ou não, credibilidade e passar uma boa impressão.//

Na opinião de Leny Kyrillos, apuradores e pauteiros, que falam muito ao telefone, também deveriam treinar a voz, afinal, quando a pessoa não é vista./ A voz desempenha um papel ainda mais importante./ Torna-se o único elo e, por meio dela, o interlocutor idealiza a pessoa com quem conversa./ Uma pessoa que tem uma voz muito aguda, por exemplo, as pessoas não a levam tão a sério na hora de se identificar por telefone, dizendo que trabalha em tal emissora ou qualquer outro órgão./ Sempre vão achar que é um trote, pois a voz da à impressão de criança do outro lado da linha.//

Já o sotaque é difícil de ser totalmente eliminado./ Contudo, pode-se suavizá-lo./ E isso é importante para os que quiserem trabalhar em um jornal de rede, transmitindo para todo o país./ Acredita-se que o jeito de falar muito marcado por regionalismos chame mais atenção do que o conteúdo da notícia.//

De acordo com Leny, profissionais de vídeo deveriam se preocupar com a voz da mesma maneira com que se preocupam com a aparência, com o corte de cabelo, com o peso./ É preciso saber o que faz bem e o que faz mal para a voz.//

Contradição de um amor inútil



Faço aqui uma análise. Um comentário o qual eu já deveria enterrá-lo na lembrança, lá no passado. Faço aqui aquilo que eu já deveria ter matado dentro do meu eu, aliás matar porque se ele nem nasceu. Sentimento que um dia eu disse que era puro, real e verdadeiro. Faço aqui uma crítica a mim mesma por um comportamento tão vão e desnecessário. Falar de algo que me machucou e só trouxe perca de tempo em minha vida.

Te odiar, é pouco. É melhor seguir em frente e acreditar como acreditei que você era de verdade, mas agora acredito piamente que você não existe. Você não é vida, não é amor, não é nada, é uma ideologia idiota e inútil.

Análise sobre o livro Cidadania no Brasil – O longo Caminho e do filme, Deus e o Diabo na Terra do Sol

Análise da Jornalista Rosa Rodrigues sobre o livro Cidadania no Brasil – O longo Caminho do autor José Murilo de Carvalho e o filme, Deus e o Diabo na Terra do Sol de Glauber Rocha, uma obra de Guimarães Rosa




Para José Murilo de Carvalho, cidadania virou gente depois da constituição de 1988, ou seja; constituição cidadã. O fato de termos conquistado o direito de ir e vir e de voto entre outros direitos reservados, nem sempre o de expressar o que pensamos principalmente na imprensa, ainda é discutido em público, a começar também pelos direitos dos negros trazidos da África para sustentar a mão-de-obra e outras necessidades dos grandes proprietários aqui no Brasil. Analisando os escravos como minoria no campo de batalha à abolição, pois até 1888, 95% dos escravos descendentes de africanos já haviam conquistados sua liberdade ou fugido.

Revoltas contra as péssimas condições econômicas e o centralismo do Império marcou em 1837 em Salvador, a Revolta da Sabinada e deixou evidente em 1896, que a primeira expedição militar enviada a Canudos foi rechaçada pelos seguidores de Antônio Conselheiro.

A expressão mais adequada para o pressuposto acordo entre Minas e São Paulo seria “Café com Café”, pois o café produzido por Minas Gerais era bem inferior ao de São Paulo e exigia investimentos específicos, (transporte, tarifas públicas, tamanhos de propriedades e regime de trabalho eram distintos). Dificultando acordos, como por exemplo Afonso Pena, ele impunhava obstáculos para a viabilização do Convênio de Taubaté (1906 e 1913) primeira política de proteção ao café, pactuada pelos três Estados cafeicultores, com o objetivo de amenizar a crise do setor quase três anos depois. As regras eram as mesmas porém, mudavam apenas os acordos. No final da República Velha os demais parceiros abalaram o modelo político em vigor.

A expressão Café com Leite é uma especulação interessante, onde provavelmente a própria imprensa criou a expressão bem no final da década de 1920, isso porque foram encontrados registros anteriores, numa referência à aliança entre paulistas e mineiros em torno da indicação de Washigton Luís e Arthur Bernardes e forçada pelo longo governo de Getúlio Vargas (1930-1945) para desqualificar o processo político da Velha República que o mesmo pretendia superar. Anos mais tarde, as ondas grevistas no mar da República atrelaram a partir de 1930, os sindicatos ao governo, não conseguindo paralisar o movimento operário.

José Murilo de Carvalho enfatiza na sua obra Cidadania no Brasil – O Longo Caminho, que exatamente durante um século, o Carioca liderava a maior revolta urbana a que o Rio de Janeiro já assistiu, dizendo “Não!” a obrigatoriedade da vacina contra a Varíola e a Invasão de seus lares imposta pelo governo, resultando grande saldo de revolta com centenas de presos e mortos.

Outro ponto que deve ser destacado é a imigração com disposição total de fazer o Rio de Janeiro e São Paulo, as primeiras capitais a receber a dose da vacina, e nem sempre com seus direitos respeitados.

A guerra do Paraguai não tinha exclusivamente a tropa masculina, mas muitas mulheres tiveram nela participação marcante como Jovita Feitosa que se vestiu de homem e foi ao Paraguai como voluntária, assim outras tantas formaram um exército Invisível.


Ditadura severa, com lutas e conquistas nas leis que até então rege o cidadão brasileiro, encararam revoltas de um presidente populista e assim assistiram o seu suicídio com tamanha pressão oposicionista.

Vinte anos depois da ditadura e de violenta repressão, vários setores da sociedade se uniram e exigiram a volta da democracia. O Movimento, batizado de Direitas Já, foi importante para forçar a volta das eleições diretas marcando desde 1990, um período de desafios, por conta da alta concorrência em escala global, liberando mercados, redução dos gastos sociais do Estado e desmantelamento da legislação social. Em vários setores, sobretudo nos que empregam Tecnologias da Informação, o trabalho manual é cada vez menos necessário. Mas os atuais debates em torno das anunciadas reformas trabalhistas e sindicais estão aí para atestar que os trabalhadores e suas organizações ainda ocupam parte importante das agendas políticas. Luís Inácio Lula da Silva em 1979, época do surgimento do “Novo Sindicalismo” enfrentou os últimos anos da ditadura militar.

E o filme de Glauber Rocha da obra de Guimarães Rosa, é interessante no aspecto relevante da luta entre – Deus e o Diabo na Terra do Sol, a eterna luta entre o bem e o mal. Assim, transparece todo o misticismo do sertão, numa religiosidade medieval baseada apenas nos dois extremos e marcada pelo medo, pavor, inclusive com a preocupação de não invocar o diabo, para que ele não “tome forma, ou forme forma”, daí o diabo ser tratado “Por o que não existe” ou “O que não é, mas finge ser”, e outras expressões semelhantes. Assim é o sertão: ora particular, pequeno e próximo; ora universal e infinito, pois “o sertão é o mundo” ou, melhor ainda, o sertão é dentro da gente”.

A obra readaptada por Glauber Rocha é extraordinária, com tamanha enfatização a fé, ao realizar espiritualmente não importando o caminho e sim realizando a necessidade.

Teoria organizacional


Em poucas palavras podemos dizer que Teoria organizacional,
é a teoria que tenta explicar a organização (funcionamento) de um jornal.

Essa teoria foi criada por Warren Breed e ela diz tudo sobre um jornalista em seu local de trabalho, por exemplo o jornal. A teoria organizacional da um enorme destaque ao quanto o jornalista sofre pressão da entidade a qual ele presta serviços, onde o que predomina são as normas política editorial e normas internas da empresa. Sua vontade e impulsos pessoais não valem muito. Trocando em palavras populares, pode-se dizer que o jornalista (principalmente no início da carreira) não tem poderes dentro da empresa.

Como exemplo disso, em estudo realizado em Portugal por José Luís Garcia, 90,6% dos jornalistas daquele país revelaram já ter sofrido algum tipo de pressão no exercício de sua profissão. Essas pressões eram de origem externa e interna. Entre as pressões externas, a maioria provinha de grupos interesses político-partidários (85,8%), seguidos por grupos empresariais e governamentais. Essa pressão, entretanto, não é direta. Ao jornalista inexperiente não é informado o que ele deve ou não deve fazer. Ele o aprende aos poucos, através de um sucesso sutil de recompensas e punições. Assim, o jornalista aprende a antever aquilo que se espera dele, a fim de obter recompensas e evitar penalidades.

São poucos os jornalistas que se colocam contra a linha política-editorial da empresa. A maioria se conforma com ela em decorrência de seis fatores:

1) A autoridade institucional e as sanções; as punições e as recompensas, um dos fatos que mais ocorrem no jornal é o editor chefe selecionar quem irá fazer a cobertura de que acontecimentos e nem todos são encarados da mesma forma, as alterações de matérias, a colocação da matéria no produto jornalístico e a assinatura ou não na matéria.


2) Os sentimentos de estima e obrigação para com os superiores; muitos jornalistas têm respeito, admiração e agradecimento para com seus superiores e o medo de mágoa-los.


3) As aspirações de modalidade; a vontade de crescer, jornalistas que se adequar a linha política-editorial da empresa tem mais chances de chegar a cargos de chefia.


4) A ausência de grupos de lealdade e conflito; o local de trabalho é relativamente pacífico.


5) O prazer da atividade; os jornalistas, apesar de não perceberem os altos salários, estão geralmente satisfeitos com sua atividade e sentem que estão contribuindo de alguma forma para a melhoria as sociedade.


6) O tempo; quanto menor for o tempo de escolha do jornalista, e quanto mais próximo ele estiver do deadline, maior será a influência da organização sobre ele.

Entretanto a como iludir o controle da empresa, pois as normas da política-editorial nem sempre são completamente claras. Os editores podem ignorar certos fatos específicos e o jornalista tem o poder de decidir quem irá entrevistar e quem ignorar, que perguntas fazer, que citações anotar e, ao escrever o artigo, que itens realçar, quais enterrar e, de um modo geral, que tom dar aos vários elementos possíveis da notícia. O jornalista pode utilizar a tática da prova forjada, onde o mesmo quando obtenha uma boa estória pode pedir para um amigo de outro jornal publicá-la e apresentá-la para seu próprio editor e alegar que a matéria se tornou demasiado importante para ignorar.

As fontes de recompensas do jornalista não se localizam entre os eleitores, mas sim, entre seus colegas de trabalho, em outras palavras só o jornalista lê todos os jornais, a maioria das pessoas lêem apenas um jornal, sendo assim os jornalistas se preocupam com seus colegas de trabalho e seus superiores.

A Teoria Organizacional prega uma volta ao sensacionalismo anterior a Teoria do Espelho, mas demonstra que toda notícia é apenas uma versão dos fatos, e nunca uma versão definitiva do mesmo.

A Teoria Organizacional tenta explicar o funcionamento de um jornal, falando tudo sobre o jornalista e seu local de trabalho.

A fotografia como espelho do real

Foto: Jornalista Rosa Rodrigues



O efeito da realidade ligado a imagem fotográfica está intimamente ligadas ao pensar e depois fotografar. Este é produto de trabalho, do gênio e do talento manual do artista, porém, a fotografia sofre serias polêmicas como: Obscura e outras vezes classificada como algo de puro entusiasmo.

Os franceses por exemplo, não acreditavam que a máquina e o fotógrafo pudessem produzir a arte, acreditavam na arte resultada da natureza.

Daguerre foi o messias vingador dessas ideias. Dizia que a fotografia era arte acredite ou não.

A fotografia como transformação do real

A foto é conhecida como espelho do mundo, o ícone, ou seja, é a semelhança do tempo, porém, a imagem não é um espelho neutro e sim um instrumento de análise, interpretação, transformação do real como a Língua Culturalmente Codificada, ou seja; por código de transformação.

O seu sucesso depende de todos os fatores como: sombra e luz, partindo dos princípios das cores, (preto e branco).

Arnheim oferecia a seguinte análise: A fotografia oferece ao mundo uma imagem determinada pela visão escolhida, distanciada do objeto, pelo enquadramento, tridimencional e bidimencional por variações cromáticas, contraste branco e preto de finalmente pelo espaço.

Para Bazin, o resultado é que conta, a imagem feita, o modo que ela é constituída, ele testemunha a atitude positiva quanto a conseqüência teóricas do efeito do real transformado e esta é culturalmente determinada para a sua leitura de código e esta quando não reconhecida, não é interpretada, deixa de ser transparente, inocente e realista sua essência. A foto é um conjunto de códigos e símbolos.

A fotografia como traço de um real


A foto como espelho do mundo, e a foto como operação das aparências tem como denominador comum a consideração da imagem fotográfica como portadora de um valor absoluto, seja por semelhança ou por convenção.

O referente fotográfico não facultativamente a coisa real, que a imagem ou um signo remete, mas a coisa colocada diante da objetiva, ao contrário da pintura, pode fingir a realidade vista.

A fotografia de acordo com Barthes é atravessada por todos os tipos de códigos, ela é a mensagem sem código.

As fotografias instantâneas são instrutivas, pois representa o que foi visto desse ponto de vista, portanto, pertencem a massa segunda classe de signos, signos por conexão física (índice).

A imagem fotografada torna-se inesperável de sua experiência referencial, do ato que a funda. Sua realidade primordial nada diz além de uma afirmação de insistência.

Depois de ser o índice, torna-se ícone e adquire o sentido (símbolo).


Estudando o mundo da fotografia


Foto: Jornalista Rosa Rodrigues


Equilíbrio

Equilíbrio é a ação em pausa; influenciando a configuração, direção e a localização. Pesando e direcionando com controle e estabilidade.

Configuração

Captação do essencial - o contorno dos objetos retidos na memória podendo ou não influenciar a percepção, formando informações do mundo ao seu redor e do seu próprio orgânismo, mas a configuração depende da estrutura do todo. A configuração nos permiti distinguir um número quase infinito de objetos individuais diferentes.

Forma

Forma é a configuração visível do conteúdo ultrapassando a função prática encontrando qualidades visuais, de pensamentos e linguagens, como: força ou fragilidade hamônica ou discordância.

Espaço

O espaço é uma área representada e não necessariamente restrita.

Luz e Cor

Mesmo que você acenda mil lâmpadas em uma sala, todas brilharão e nenhuma interferirá no brilho da outra. Essas são condições naturais ou artificiais de iluminação, apresentando espetáculos ou registrando seja através da Luz Actínica, usada em filmes fotográficos proporcionando raios verdes, azuis, vermelhos e amarelos, seja na luz alta, que suplementa cenários.

Luz Atenuante - destinando a sombra.

Luz Básica - ajustada uniformemente de modo a produzir menos sombra, sem efeitos visuais.

Luz Borboletas - usada para efeitos em retratos diretamente ao assunto, formando por exemplo perto do nariz, uma sombra que lembra o formato de uma borboleta.

Luz Chave ou Luz Principal - usada diretamente ao objeto indicando a posição real da luz.

Luz Cruzada - feixes de luz colocados em diagonal, geralmente à frente do assunto.

Luz de Chão - mais conhecida nas laterais de palco.

Luz de Fundo - utilizada em fundo de cenas.

Luz de Pino ou Luz Zenital - instalada no teto dos estúdios, palcos, destinadas a iluminar verticalmente.

Luz de Realce - proveniente de refletores de refletores adaptado a câmara ou tripé.

Luz de Segurança - colorida usada em laboratório fotográfico, nas cores amarelo – laranja.

Luz de Estroboscópica - obtidas por meio de sistemas de flashes eletrônicos.

Luz Geral - conjuntos de focos e tiras – manchas utilizadas para iluminar todo um espaço cênico.

Luz Incidente - aquela que cai sobre uma superfície.

Luz Polarizada - dificulta a distinção das cores e detalhes.

Aprendemos durante muito tempo que a cor tem muitos significados simbólicos.

Por exemplo


O vermelho será ligado à ação, ao amor e ao perigo;
O azul está ligado ao céu, sugerindo paz e tranqüilidade;
O preto é associado à tristeza, ao luto e à escuridão.

A cor está intimamente associada à luz e é uma ação sobre nossos órgãos da visão. Dessa maneira, aprendemos que a cor tem três dimensões:

Matiz – é a cor em si. A partir das cores primárias e secundárias, podemos obter vários matizes.

Saturação – é a pureza da cor, a proporção de cores primárias, secundárias ou de outras cores misturadas. A cor mais saturada é forte e de grande intensidade. A menos saturada é repousante e suave.

Brilho – é quando se refere ao claro e escuro. Notamos bem essa característica quando regulamos o brilho nos aparelhos de televisão.

Quando somos surpreendidos por luzes coloridas brilhantes, clarão de flash ou saímos de um ambiente claro, vemos manchas durante algum tempo.

A mesma coisa ocorre quando fixamos o olhar sobre uma cor por algum tempo e depois olhamos para uma parede branca.

Nunca alguém terá certeza de que seu vizinho vê uma determinada cor exatamente da mesma maneira como ele próprio. Podemos apenas comparar as relações de cor e mesmo isso suscita problemas.

Se for verdade que gatos e cães não vêem cores, o que é que lhes falta? Só é possível afirmar que a ausência da cor os priva da mais eficiente dimensão de discriminação.




Excetuando a patologia individual, como o daltonismo, todos nós temos o mesmo tipo de retina, o mesmo sistema nervoso. Cores determinam cultura pode diferenciar as cores das plantas das do solo ou da água, mas pode não se aplicar para qualquer outra subdivisão de matizes. Outro exemplo em nosso próprio ambiente, certas ocupações requerem distinções apuradas da cor e um vocabulário sofisticado correspondente. São por essas razões que relacionamos a cor com o desenvolvimento cultural com um pequeno detalhe, nem todas as línguas possuem estes nomes de cores. A nomenclatura mais elementar distingue apenas entre obscuridade e claridade e todas as cores são classificadas segundo esta simples dicotomia em vinte línguas.




Cores quentes e cores frias são bastante comuns. As primárias puras, dificilmente podem ser chamadas de quentes ou frias. Seria um vermelho puro claramente mais quente do que um azul puro de igual saturação? É um amarelo puro frio ou quente? Mas a qualidade da temperatura parece ser mais significativa quando aplicada à mistura de uma cor. Um amarelo ou um azul amarelado. Ao contrário, um amarelo ou azul avermelhado cores quentes. Portanto fica uma interpretação livre; não há uma cor principal, mas uma cor no sentido de determinar o efeito. Naturalmente, a instabilidade das cores tem influência em sua temperatura.




Cor seduz nossos olhos, e nas poesias esta torna-se sedução aos nossos ouvidos, a forma é de virtudes tradicionais do sexo masculino e a cor as tentações do sexo feminino. As cores, já dizia padre Athanasius Kirchei, (são os “efeitos da luz”). A cor é inteiramente modificada pela iluminação. Tais modificações são meras transformações: a luz de uma dada cor afetará diferentes cores de um quadro de modo diferente por isso não se pode falar “como uma cor realmente é”, exemplo: o arco-íris, muitos observadores não chegaram a conclusão quanto a posição em que as cores principais aparecem na maior pureza. A discussão dos problemas de cor é repleta de obstáculos e por isso ocorrem tão poucas discussões úteis.

Movimento

Kandinsky afirmava que um círculo amarelo revela “um movimento de expansão a partir do centro que se aproxima quase que sensívelmente do espatador”; um círculo azul “desenvolve um movimento concêntrico (como um caracol escondendo – se em sua concha e se afasta do observador”.



Portanto, movimento é uma causa de projeção consecutiva, em cadência rápida, de uma série de imagens fixas, componentes de determinada ação.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A linguagem sonora


Por intermédio do som codificamos uma série de sinais com os quais o receptor cria determinadas situações ou imagens.

A música desperta determinado tipo de sensações. Victoriano Férnandez Assís declarou, em certa ocasião, que a música deveria ser vendida nas farmácias como sedativos ou estimulantes, sonífero, inibidor sexual ou afrodisíaco, e até mesmo assim dizia, como vomitivo.

Durante milênios a medicina oriental utilizou as propriedades terapêuticas da música como elementos reguladores de disfunções físicas e anímicas.

A música com som de água, madeira, metal fogo podem ser adquiridas em lojas naturalistas especializadas, como remédio para transtornos gástricos, renais, neurológicos ou estados depressivos.

O som de um riacho, com trinados de pássaros, criará um estado de serenidade, uma sirene de ambulância ou polícia, despertará uma sensação de alarme.

O som, utilizado como elemento ritual em cerimônias religiosas ou ações militares, o mesmo equivale aos sons produzidos na guerra chiados e ríspidos.

Mesmo com tantos meios, o espectador nem sempre é capaz de perceber constantemente esse som.

Outros sabem perfeitamente associá-lo, aos níveis; perceptivo, interpretativo e subjetivo. O cinema, o rádio e a televisão oferecem-nos de forma mais ou menos distorcidos o que não obstante, percebemos e aceitamos como reais.

Será difícil escutar o Hino Nacional, sem associá-lo inevitavelmente à retransmissão das partidas da Copa do Mundo ou das Olimpíadas.

Em qualquer dos casos podemos afirmar que o som se transforma em linguagem a partir do momento em que somos capazes de interpretar a mensagem que se pretende transmitir.

A voz


A produção da voz se dá em um órgão chamado laringe que fica na traquéia, e com a passagem no ar no ato da expiração as pregas vocais que ficam na laringe vibram, produzindo o som, esse som, esse som ao passar pelo trato vocal (palato mole, palato duro, língua, dentes, bochechas e lábios) é moldado gerando a fala propriamente dita.

Disfonias Funcionais
Disfonias Orgânicas-Funcionais
Disfonias Orgânicas

Disfonias Funcionais representam na verdade disfonias do comportamento vocal, ou seja, no processo de emissão vocal que decorre do próprio uso da voz, isto é, da função de fonação causando um desvio da função.

Estas disfonias podem ter como mecanismo causal três diferentes aspectos: uso incorreto da voz, inadaptações vocais e alterações psicoemocionais.

O uso incorreto da voz é geralmente favorecido pela falta de conhecimento so bre a produção vocal, pela ausência de noções básicas sobre a voz e as possibilidades do aparelhofonador - o que pode levar o indivíduo a selecionar ajustes motores impróprios a ua produção normal de voz.

Falar é um atributo natural de nossa espécie, e o uso incorreto representa simples desvios do processo básico de produção natural da voz.


As alterações mais enconcontradas são:

1. Nível Respiratório - Aqui observamos dois desvios principais da função normal: inspiração insuficiente para a fonação, ou início fonatório após expiração. O padrão respiraório adequado é o padrão costo-diafragmático-abdominal. Todos nós nascemos com esse padrão para uma produção vocal saudável.

2. Nível Glótico - As principais alterações também são duas, sendo a mais comum o uso hipertônico da compressão glótica e o uso hipotônico a menos comum.

3. Nível Ressonantal - Nesse caso observamos como falhas principais o não-aproveitamento das caixas de ressonância, ficando a voz pobre em amplificação de harmônicos.

Nas inadaptações vocais, observamos discretas alterações que prometem apenas a função de produção vocal, embora a execução das outras funções primárias desses órgãos estejam perfeitas, como a respiração, a deglutição, a tosse e o mecanismo de esfíncter.

Como exemplos temos as assimetrias de pregas vocais, os desvios na proporção glótica, que se configuram nas fendas, as lesões na cobertura das pregas vocais, os desequilíbrios entre o tamanho da laringe e as caixas de ressonância, entre outros.

As alterações psicoemocionais são responsáveis pelo aparecimento de um contigente bastante grande de disfonias. É uma observação simples, comprovarmos a influência de nossas emoções compreendermos a participação dos fatores psicoemocinais na produção de uma disfonia, quando lembrarmos que a voz é o principal meio de comunicação interpessoal em todas as sociedades e um desvio nesse processo repercute na estrutura psicológica do indivíduo e vice-versa.

Comunicar emoções é um dos eventos mais importantes do ser humano, a base de nossa sobrevivência psicológica e social, e nossa voz é seu principal portador.

Uma disfonia orgânico-funcionais é uma disfonia funcional diagnosticada tardiamente, ou por atraso na busca da solução do problema pelo próprio paciente ou pelo não-reconhecimento da potencialidade de se desenvolver uma lesão secundária.

Nas disfonias orgânicas ocorrem alterações na laringe independente do mau uso vocal, como o câncer. É necessário cirurgia onde pode ser retirado parte da laringe ou toda a laringe.

Voz profissional

Na voz profissional trabalha-se da seguinte forma: avaliação fonoaudiológica, avaliação otorrinolaringologica, e prevenção vocal.

Na avaliação fonoaudiológica observamos como esta a voz do paciente, a articulação, projeção vocal, a respiração, as estruturas da cavidade oral e nasal.

A laringe é formada por músculos, cartilagens, membrana, epiglote, pregas vocais, pregas ventriculares, pregas ariepigllóticas e ossos, e quando estamos respirando ela está aberta, e quando estamos falando elas vibram com a passagem do ar.

A cavidade nasal é constituída por septo nasal, que separa as duas narinas: conchas e cornetos, responsáveis pelo aquecimento, umidificação e filtragem do ar.

Região da Rinofaringe é constituída pela trompa de eustáquio e adenóide.

Cavidade oral é constituída por lábios, língua, dentes e palato mole e palato duro.

Região da Orofaringe é constituída de tonsilas palatinas, músculos, tonsilas linguais, seios piriformes, faringe e valéculas.

A respiração atribui um papel importante sobre a emissão dass palavras. Quando falamos utilizamos o fluxo de ar da expiração para as pregas vocais.

O modo respiratório ideal é o nsal, ode favorece aquecimento, umidificação e filtragem do ar inaldo, favorecendo as condições ambientais do trato vocal.

O tipo respiratório ideal para a fala e para o dia-a-dia é o costodiafragmático abdominal, onde permite maior controle sobre a saída do ar durante as diversas demandas vocais.

A articulação envolve as estruturas do trato vocal, devem estar em sintonia, pois qualquer alteração por menor que seja pode alterar seu padrão ariticulatório.

A projeção vocal é muito importante, pois pouca projeção é uma voz baixa, monótona, e muita projeção incomoda o ouvinte.

A avaliação otorrinolaringológica vai investigar se existe alteração na laringe.

A saúde vocal é muito usada em pessoas que utilizam a voz como instrutumento de trabalho. Descartada a possibilidade de alteração laríngea é trabalhado apenas a prevenção, evitando os abusos vocais.

Diversas são as formas de abusos vocal. Classeicamente, as mais comuns são:

1. Não hidratar o organismo e falar em ambientes secos ou empoeirados;
2. Gritar sem suporte respiratório;
3. Falar com golpes de glote;
4. Tossir ou pigarrear excessivamente;
5. Falar em ambientes ruidosos ou abertos;
6. Utilizar tom gave ou agudo demais;
7. Falar excessivamente durante quadros grupais ou crises alérgicas;
8. Praticar exercícios físicos falando;
9. Fumar ou falar muito em ambientes de fumantes;
10. Utilizar álcool em excesso;
11. Falar abusivamente em período pré-menstrual;
12. Falar demasiadamente;
13. Rir alto;
14. Falar muito após ingeriri grandes quantidades de aspirinas, calmantes ou diuréticos;
15. Discutir com frequência;
16. cantar inadequadamente ou abusivamente ou, ainda participar de corais e cantar em vários estilos musicais;
17. Presença de refluxo gastroesofágico, altamente irritante às pregas vocais.

Como é feita a prevenção

Recomenda-se a ingestão de água em pequenas quantidades varias vezes ao dia, para evitar o ressecamento do trato vocal.

Exercícios respiratórios para ser utilizada a respiração nasal e costodiafragmática abdominal.

Postura corporal adequada facilita a respiração.

Exercícios com lábios, língua, bochechas.

Exercícios de aquecimento e dessaquecimento vocal.

Exercícios fonatórios, articulatórios, para projeção vocal, ressonância, intensidade e frequência.

Relaxamento para diminuir o stress.

Evitar se alimentar antes de usar a voz, antes de se deitar, de preferência fazer uma refeição leve à noite.

Cuidar para não ter doenças respiratórias.

Referências Bibliográficas

Avaliação e tratamento das difonias - Mara Behlau & Paulo Pontes. Ed. Lovise.
Fundamentos em fonoaudiologia - Tratando os distúrbios da voz - Silvia M. Rebelo Pinho& Guanabara Koogan.


Tópicos em voz - Silvia M. Rebelo Pinho & Guanabara Koogan.
Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz - Silvia M. Rebelo Pinho & Guanabara Koogan.