terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Teorias da comunicação: Conceitos, escolas e tendências


Teorias da comunicação
Conceitos, escolas e tendências
Antônio Hohlfeldt, Luís C. Martinho e Vera Veiga França


Dependendo da mídia, sofremos sua influência, não a curto, mas a médio e longo prazo, não nos impondo-a determinados conceitos, mas incluindo em nossas preocupações certos temas que, de outro modo, não chegariam a nosso conhecimento e, muito menos, tornar-se-iam temas de nossa agenda.

A mídia tem poder de centralidade, de colocar como algo importante determinado assunto, dando-lhe não apenas relevância quanto hierarquia e significado.

Um fator que marca essa centralidade é a tematização, ou seja, a forma dos desdobramentos que a notícia sofre, conhecida como (suíte) a medida que a informação vai se desdobrando ela vai recebendo atenção privilegiada do receptor.

E assim cada um dá a sua própria atenção e seus respectivos valores. O que chamamos de saliência ao assunto.

De acordo com o pesquisador Kurt Lewin, as recusas ou aceitação de um acontecimento enquanto que notícia dependeria muito de uma espécie de conceito difuso da informação.

Por tanto, admiti-se que os processos de comunicação têm em si mesmos uma função de controle social desenvolvido a partir do estabelecimento de praticas socializadas entre seus profissionais.

Para qualquer momento da busca de informação o convívio com os pesquisadores é fundamental, porque leva à familiarização com o grupo e as rotinas ali desenvolvidas, numa perspectiva de naturalidade, até o momento em que, tendo-se identificado plenamente o grupo, deve-se distanciar do mesmo para poder manter o equilíbrio observador e crítico sobre tais práticas.

Noticiar é um processo organizado que implica uma perspectiva pratica dos acontecimentos. É um processo de descontextualização e recontextualização de cada fato,enquanto narrativa jornalística.

Por isso, a notícia está regrada por valores-notícia, conjunto de elementos e princípios através dos quais os acontecimentos são avaliados pelos meios de comunicação de massa e seus profissionais. Os valores-notícia (News Vallue) não podem e nem devem ser analisados isoladamente. Estes reúnem um conjunto de cinco qualidades dos acontecimentos que permitem uma construção narrativa.


1º categorias substantivas

A importância

A nível de grau de hierarquia dos indivíduos envolvidos no acontecimento. Impacto sobre a nação e o interesse nacional, quantidade de pessoas envolvidas, relevância e significação do acontecimento quanto à sua potencial evolução e consequência.

Interesse

A capacidade de entreter grupos, de forma equilibrada com a notícia. Não muito positiva e alegre e nem negativa e triste.

2º categorias relativas ao produto (notícia)

A brevidade ou melhor, a notícia deve estar adequada com cada meio a ser divulgada. Sem que haja desvio de informação e para assim facilitar na construção de suíte.

Muitas vezes, o profissional dispõe a informação, por exemplo, fornecida em off, mas não pode usá-la até aquele determinado momento em que ela está na eminência de se tornar pública. Essa prática é muito observada e cobrada dentro do jornalismo investigativo, levando em conta qualidade narrativa, equilíbrio e a forma de apresentar.

3º categorias relativas aos meios de informação

Bom material visual e textos devem ser equilibradas,por isso ter acesso a fontes e ao local do acontecimento pressupõe a continuidade daquela cobertura. Por tanto, o seu formato é de total importância, (introdução, desdobramento e conclusão).

4º categorias relativas ao público

Na estrutura narrativa, exige-se clareza, identificação dos personagens envolvidos, deve atender além de informação a uma prestação de serviços e evitando criar traumas, pânicos ou ansiedade, a protetividade é fundamental.

5° categorias relativas à concorrência

Jornalista em primeiro lugar escreve e divulga para jornalista ler e ver. Há uma grande preocupação em descobrir qual a pauta do seu concorrente. A competição é acirrada entre empresas e pessoas envolvidas. A exclusividade ou o furo ainda é o alvo destes profissionais.

Nota-se com essa concorrência total despreparo para a informação, a cópia prevalece e prevalecerá por muitos anos, pois muitos preferem estabelecer padrões ou ter como referência alguns modelos.


E hoje com o boom das tecnologias avançadas, o profissional corre menos em busca de contato com a fonte ele recorre sempre ao telefone e a internet. De modo geral, a televisão e o jornal ouvem o rádio; mas a televisão e o rádio lem o jornal. Apresentam papéis alternativos.


Em conclusão sobre o tema Valores-Notícias a perspectiva das chamadas teorias empíricas, em especial aquelas de campo,já levaram em conta, de certo modo, tais perspectivas, ao chamarem a atenção para o fato de que o processo informacional, mais do que uma relação equilibrada entre emissor e receptor, amplia-se, a partir do emissor primeiro.

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