terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Teoria organizacional


Em poucas palavras podemos dizer que Teoria organizacional,
é a teoria que tenta explicar a organização (funcionamento) de um jornal.

Essa teoria foi criada por Warren Breed e ela diz tudo sobre um jornalista em seu local de trabalho, por exemplo o jornal. A teoria organizacional da um enorme destaque ao quanto o jornalista sofre pressão da entidade a qual ele presta serviços, onde o que predomina são as normas política editorial e normas internas da empresa. Sua vontade e impulsos pessoais não valem muito. Trocando em palavras populares, pode-se dizer que o jornalista (principalmente no início da carreira) não tem poderes dentro da empresa.

Como exemplo disso, em estudo realizado em Portugal por José Luís Garcia, 90,6% dos jornalistas daquele país revelaram já ter sofrido algum tipo de pressão no exercício de sua profissão. Essas pressões eram de origem externa e interna. Entre as pressões externas, a maioria provinha de grupos interesses político-partidários (85,8%), seguidos por grupos empresariais e governamentais. Essa pressão, entretanto, não é direta. Ao jornalista inexperiente não é informado o que ele deve ou não deve fazer. Ele o aprende aos poucos, através de um sucesso sutil de recompensas e punições. Assim, o jornalista aprende a antever aquilo que se espera dele, a fim de obter recompensas e evitar penalidades.

São poucos os jornalistas que se colocam contra a linha política-editorial da empresa. A maioria se conforma com ela em decorrência de seis fatores:

1) A autoridade institucional e as sanções; as punições e as recompensas, um dos fatos que mais ocorrem no jornal é o editor chefe selecionar quem irá fazer a cobertura de que acontecimentos e nem todos são encarados da mesma forma, as alterações de matérias, a colocação da matéria no produto jornalístico e a assinatura ou não na matéria.


2) Os sentimentos de estima e obrigação para com os superiores; muitos jornalistas têm respeito, admiração e agradecimento para com seus superiores e o medo de mágoa-los.


3) As aspirações de modalidade; a vontade de crescer, jornalistas que se adequar a linha política-editorial da empresa tem mais chances de chegar a cargos de chefia.


4) A ausência de grupos de lealdade e conflito; o local de trabalho é relativamente pacífico.


5) O prazer da atividade; os jornalistas, apesar de não perceberem os altos salários, estão geralmente satisfeitos com sua atividade e sentem que estão contribuindo de alguma forma para a melhoria as sociedade.


6) O tempo; quanto menor for o tempo de escolha do jornalista, e quanto mais próximo ele estiver do deadline, maior será a influência da organização sobre ele.

Entretanto a como iludir o controle da empresa, pois as normas da política-editorial nem sempre são completamente claras. Os editores podem ignorar certos fatos específicos e o jornalista tem o poder de decidir quem irá entrevistar e quem ignorar, que perguntas fazer, que citações anotar e, ao escrever o artigo, que itens realçar, quais enterrar e, de um modo geral, que tom dar aos vários elementos possíveis da notícia. O jornalista pode utilizar a tática da prova forjada, onde o mesmo quando obtenha uma boa estória pode pedir para um amigo de outro jornal publicá-la e apresentá-la para seu próprio editor e alegar que a matéria se tornou demasiado importante para ignorar.

As fontes de recompensas do jornalista não se localizam entre os eleitores, mas sim, entre seus colegas de trabalho, em outras palavras só o jornalista lê todos os jornais, a maioria das pessoas lêem apenas um jornal, sendo assim os jornalistas se preocupam com seus colegas de trabalho e seus superiores.

A Teoria Organizacional prega uma volta ao sensacionalismo anterior a Teoria do Espelho, mas demonstra que toda notícia é apenas uma versão dos fatos, e nunca uma versão definitiva do mesmo.

A Teoria Organizacional tenta explicar o funcionamento de um jornal, falando tudo sobre o jornalista e seu local de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário