terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Análise dos filmes Todos os homens do presidente e o preço de uma verdade


Filme: O preço de uma verdade

Filme: Todos os homens do presidente



Grandes histórias que aconteceram na comunicação americana tornaram-se obra cinematográfica. Isso é o que acontece com o jornalista Stephen Glass, interpretado pelo ator americano Hayden Christensen, no filme O preço de uma verdade, além do jovem se apresentar extremamente talentoso não é nada confiável aquele tipo de profissional para os seus colegas e para a imprensa que prima pela qualidade e imparcialidade dos fatos.

Dono de uma imaginação genial, Glass, seria um perfeito autor de livro de ficção se ele não fosse parte de uma redação jornalística. Profissional free-lancer ele começa na década de 90, a produzir artigos requintados para a revista “The New Republic”. Por se tratar de um jovem jornalista cheio de ideias inovadoras para uma redação, ele começa a cair nas tentações de inventar fontes. E tudo parece ser tão real ao ponto do rapaz ter todos os dias, horas e locais para viajar na sua imaginação, ou seja; para inventar histórias para um periódico sério dentro da imprensa americana. O jornalista vai além; simula palestras com alunos e professores de cursos superiores em Washigton e é convencido por seus delírios.


Desconfiado, seu editor-chefe começa a investigá-lo, deixando de lado aquela imagem que todos tinham do jornalista Glass, do profissional de destaque por grandes matérias de capa. O foco da redação muda completamente para dentro daquele impresso e começa então uma bruta investigação sobre a vida profissional de Stephen.

Depois de se ver rodeado por cobranças da equipe em saber nomes de suas fontes e possíveis contatos, o jovem de vinte e poucos anos de idade, começa a cair em contradição. Pois até e dado momento ele acreditava em suas próprias mentiras. O óbvio acontece um dia, quando ele não consegue mais provar a existência de seus entrevistados. É nessa hora que o talento dá lugar a mentira, a falta de credibilidade dos trabalhos que ele vinha prestando para a “The New Republic”, e sem saber o que fazer, seu reinado de letras desmontar, e Stephen Glass é desmascarado e demitido.

O exemplo de Stephen Glass, não foi só obra de ficção para o cinema americano, foi fato real e ainda é possível encontrar esse tipo de jornalista camuflado dentro de grandes redações pelo mundo da comunicação.


Porém, o simular, o convencer sem apresentar dados exatos é o pior dos defeitos que um profissional de jornalismo pode tentar exercer. Mais cedo ou mais tarde ele vira o foco de investigação para seus colegas e leitores. E esse não é bem visto por ninguém. Enquanto que no filme o fato acontece dentro de uma redação e seus superiores abafam o caso só manda este ir embora.

Enquanto que no filme o “Preço de uma verdade”,verdade é algo que não existe nas fontes de Stephen Glass, no filme “Todos os homens do presidente” mostra outra realidade, do que deve ser o jornalismo.

O filme é interpretado com Robert Redford e Dustin Hoffman, nos papéis de Bob Woodward e Carl Bernstein, a curiosidade, o esforço, a cautela e a busca veemente por fontes seguras a fim de desvendar todo um caso histórico para a nação americana, os dois repórteres tratam o acaso de forma madura e comprometida com a realidade que existiu dentro da redação do jornal Washington Post, em 1972, nos Estados Unidos.

Tudo acontece quando cinco homens invadem a sede do Partido Democrata do presidente Richard Nixon, na década de 70, o filme é resultado de um trabalho que deveria ser sempre praticado por profissionais da comunicação que buscam um dia em suas carreiras o reconhecimento por um bom trabalho prestado não só para as pessoas, mas para todos que acreditam nesse jornalista, descobriram a fonte mais importante para sanar qualquer dúvida no caso Watergate – O garganta profunda, personagem fundamental para direcionar todo o desenrolar da história escandalosa daquele governo que foi derrubado do poder.

Outro fato que chama atenção em particular é a quebra do sigilo da fonte. No caso do Garganta Profunda, os jornalistas prometeram não revelar a sua identidade, e se um dia revelassem seria o dia que ele morresse, porém o acordo não foi respeitado. Em 31 de maio de 2005, Mark Felt, ex-vice-presidente da polícia americana veio a público e revelou sua identidade e os jornalistas foram quem confirmaram a verdade para que não ficasse na história alguma dúvida.

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