A exclusão digital não é ficar sem computador ou telefone celular. É continuarmos incapazes de pensar, de criar e de organizar novas formas, mais justas e dinâmicas, de produzir e distribuir conhecimento. Na primeira gestão do presidente norte-americano Bill Clinton, ele havia distribuído computadores para quase todas as escolas do país. Não deu certo. Em muitas regiões as máquinas viraram sucatas. Faltou uma política de requalificação dos professores.
De acordo com o censo escolar de 2000, mostrou que 82% das escolas de ensino médio no Brasil tinham bibliotecas e conseguiam atender 87% dos alunos. O país estava convivendo com 42% das crianças sem acesso a uma diversidade mínima de livros para apoiar sua formação escolar. O censo ainda esclareceu naquela época que só 46% das escolas de segundo grau possuíam laboratórios de ciências, um percentual que cai para 7,3% no ensino fundamental. Temos hoje laboratórios de informática em quase metade das escolas de ensino médio do país. Somente 34,8% têm acesso à internet. A renovação veloz e constante do conhecimento é um dos principais elementos que caracterizam a era da informação. A escola é apenas um pólo de orientação diante do dilúvio de informações gerado e constantemente alimentado pela rede mundial de computadores.
A memória foi ampliada pelos bancos de dados, pelos documentos em hipermídia e pelos arquivos digitais.
O projeto genoma é o exemplo mais destacado, e a dedução lógica e a indução vão sendo trabalhadas em cima de teses com a realidade virtual. O que está em jogo é o potencial de inteligência coletiva da sociedade e não podemos aceitar uma formação tecnicista e mercantilista. Uma pedagogia que incentive a aprendizagem personalizada a partir do interesse de cada um.
A educação não pode mais simplesmente ser definida com antecedência. O professor será cada vez mais um orientador indispensável, em busca dos saberes coletivos.
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