sábado, 11 de abril de 2009

Água limpa. Inodora, Incolor. Até quando?

Rica!!! Nos proporcina saúde. Mata nossa sede. Rega os alimentos que veem para a nossa mesa. Ajuda-nos a preparar nossas refeições. Deixa a casa limpinha, cheirosa e garante a nossa higiene pessoal.



Mas a humanidade ainda não se ligou que é preciso urgentemente preservá-la. Estamos falando da água. É preciso respeitá-la. Não desperdiçando e acima de tudo não sujando-a. A falta dela já é grande e imagine você sufocando no calor sem tê-la para saciar a sua sede ou para refrescá-l0 (a).

Água limpa. Inodora, Incolor. Até quando?


Nos primórdios da civilização, foram os rios, os primeiros caminhos que possibilitaram as mais antigas relações comerciais e fatores de multiplicação dos núcleos urbanos. O Nilo, o Ganges, o Yang Tsé-Yang e o Eufrates são bons exemplos. Invariavelmente, as cidades nasciam próximas aos rios: Londres (Tâmisa) Lisboa (Tejo) Moscou (Moscova) París (Sena), Praga (Moldávia) devem seu desenvolvimento às águas doces. Em Roma, uma fonte presta homenagem aos maiores do mundo.


No Brasil, desde os tempos coloniais, também foram assim. Povoados históricos, como a nossa Vila Boa e Pirenópolis, surgiram, respectivamente, às margens do Rio Vermelho e Rio das Almas.


Se, no início, as culturas e civilizações viviam a base da caça, coleta, agricultura e comércio rudimentar, foi fácil a convivência homem-rio, com o aumento populacional e, mais tarde, com o advento das revoluções industriais, essa relação deteriorou-se: dejetos, lixos, enfim a poluição passou a comprometer a cristalinidade e o teor potável das águas doces dos rios.


Durante séculos, na Europa, os rios foram poluídos, até que a consciência ecológica da segunda metade do século XX, passou a exigir respeito e despoluíção. Rios mortos, como o Sena e o Tâmisa, voltaram a ser habitat de peixes.


No Brasil, os rios ainda são latas de lixo das cidades e das indústrias. O Tietê, em São Paulo, a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro e Rio Meia Ponte, Goiânia, são os maiores exemplos negativos de tudo isso, apesar dos projetos e início de sua despoluição.



No cerrado rios como Uberabinha, Paranaíba, Meia Ponte e outros estão comprometidos até quando à sua existência. O maior fator poluente são os dejetos domésticos, os frigórificos, as indústrias alimentícias e as curidoras de peles e couros.




Cartão postal poluído



A poluição é o maior no perímetro urbano, mas compromente toda a vida do Rio. Soma-se a isso o lançamento de agrotóxicos, a devastação das matas ciliares, a situação de risco das nascentes, a quebra da harmonia dos ecosistemas, e assim constatamos o processo de agonia dos nossos rios. Principalmente do Rio Meia Ponte, que deveria ser um cartão postal da cidade, reverenciado e protegido. O complexo Meia Ponte e João Leite já foram temas de audiências públicas na Câmara Municipal de Goiânia e nada até então foi resolvido.




Sabemos que 52% da água consumida pelos goianienses vem do Ribeirão João Leite, que 94% do esgoto doméstico é despejado no Rio Meia Ponte, que ainda sofre a ação criminosa das indústrias localizadas às margens. Na tentativa de sanar (ou pelo menos de minimizar) o problema, foi criado o Forúm Permanente em Defesa do Meia Ponte, cuja bacia hidrográfica é uma das mais importantes da região.



Sua nascente é em Itauçu. Lá, a mata ciliar ainda não se livrou da devastação e da erosão, da nascente de Cachoeira Dourada, com passagem por Goiânia, Hidrolândia, Professor Jamil, Morrinhos e Goiatuba.



O Meia Ponte possui 416 quilômetros de extensão, e deveria ser devidamente respeitado pela a população e órgãos governamentais, através de ações educativas, antipoluentes e de reposição das matas ciliares. O Rio Meia Ponte poderá ser um dos nossos mais belos e importantes mananciais hídricos, num tempo em que o planeta se preocupa com a salvaguarda da água doce, constituída pelas geleiras, rios e lagos.




Acabar com a agonia do Meia Ponte e participar da luta em sua defesa é dever de todo cidadão. Como? Propondo ações educativas junto às populações próximas às suas margens; comprometendo os poderes públicos com estações de tratamento de esgoto; fiscalizando as indústrias, replantando as matas ciliares; controlando os agrotóxicos. Sobretudo; com respeito aos rios, a vida e as gerações futuras vão agradecer. Não basta só discutir o assunto é preciso fazer alguma coisa.


Afinal, a água está em constante movimento, transportando a cada segundo os nutrientes essenciais à vida no Planeta Terra. Mas o desrespeito é competitivo a ela, porque a medida que crescem as populações, a sustentabilidade do uso humano de água, depende fundamentalmente da adaptação das pessoas ao ciclo da mesma.


A sociedade precisa desenvolver a habilidade-conscientizar, obter conhecimento, procedimentos e buscar as instituições para administrar seu uso na terra, como também da água, de uma forma integrada e abrangente, de modo a manter a qualidade do suprimento para as pessoas e para o ecosistema que a suporta.



Os rios que cortam as metrópoles do Terceiro Mundo, como o Tietê, em São Paulo, o Meia Ponte em Goiás, acabam mortos pelos dejetos industriais e esgotos. É a poluição da pobreza. As capitais do Primeiro Mundo já estão recuperando seus rios para a vida. Eles renascem com o antigo vigor, mais depressa do que se poderia esperar.



Exemplos tais como: Tietê (SP) Rodrigo de Freitas (RJ) e Meia Ponte (GO) estão aí, nos mostrando que um dia eles foram limpos, bonitos e todos tinham confiança em si para poder nadar e que hoje esperam as mesmas mãos que dia os prejudicaram que voltem e os tirem da cena precária que se encontram.




Nenhum comentário:

Postar um comentário