A Revista IstoÉ, nasceu em maio de 1976, como um produto do encontro editorial. Os sócios da empresa eram argentinos, naturalizados brasileiros, (Domindo Alzugaray, ex-diretor comercial da Editora Abril e Luiz Carta e seu irmão Mino, também ex-funcionário da Abril.
Como acontece quase sempre em toda nova publicação, o primeiro número exibia um eclitismo de tirar o fôlego. Trazia diversas seções como: Filmes, Língua Portuguesa, Espetáculo, Televisão, Livros entre outra, e textos sobre os assuntos mais variados ao longo de 164 páginas. A pretenão de ser uma revista de conteúdo e elegante se traduzia em muito texto, poucas ilustrações e poucas fotos, geralmente pequenas em preto e branco, e até no recurso de desmembrar os trechos finais das matérias para as últimas páginas.
Nove meses após seu lançamento, IstoÉ, tornou-se semanal, concretizando um sonho de Mino Carta. Apesar de passar a ter como principal preocupação a de "colher a atualidade ainda quente", a revista manteve a característica de apresentar textos interpretativos. No primeiro número na fase semanal, por exemplo, a seção "A semana em Brasília" não trazia nenhum fato quente em seu lead.
Durante pelo menos um ano após a "semanalização", a Revista IstoÉ, não se desviou dos planos idealizados por Mino: "da mensal que fizemos até agora, manteremos o espírito e algumas peças mais alentadas, tais como: ensaios, grandes entrevistas, pesquisas em profundidade, capítulos e resumos de livros sintomáticos".
A opção de oferecer um noticiário diferenciado, mais analítico e de maior profundidade, tinha sido suficiente apenas para cumprir a primeira tarefa da publicação, que era a de não morrer por falta de leitores ou suporte financeiro, mas não parecia ser a receita para o sucesso na próxima, e mais difícil, etapa: ultrapassar a "Veja", ou no mínimo conquistar um espaço semelhante.
Os prejuízos acumulados pela revista acabaram determinando varias mudanças no comando durante suas décadas de vida.
Com 38 jornalistas em sua redação em São Paulo e uma tiragem na casa dos 400 mil exemplares semanais, a IstoÉ em 1997 continua estabelecendo seus parâmentros em função da concorrente, que tem uma tiragem três vezes maior. A IstoÉ tenta se diferenciar da Veja no que a gente julga seus pontos falhos. Basicamente é uma linguagem um pouco pretenciosa e muito distante do leitor. A revista "Veja" gosta de falar de cátedra. A IstoÉ tem uma pauta mais ampla e os preconceitos da IstoÉ em relação a Veja são cada vez menores, enquanto a Veja é uma revista muito preconceituosa.
Apesar de uma das características da IstoÉ, uma vez por outra publica uma notícia exclusiva de grande impacto, é um fato pouco conhecido. A pauta da IstoÉ é definida através de um "colegiado informal", formado por editores, redatores, repórteres, fotógrafos, ilustradores, diagramadores e diretores de arte.
A revista é composta por oito Editorias sendo elas: Artes & Espetáculos, Brasil, Ciência & tecnologia, Comportamento, Economia & Negócios, Educação & Cidadania, Internacional, Medicina & Bem Estar, e das seções, A Semana, Avenida Brasil, Cartas, Editorial, Em Cartaz, Entrevista, Fax, Brasília, gente Século 21, e Viva Bem.
Está é a história da Revista IstoÉ, de grande circulação nacional e que atrai cada vez mais leitores pelas pautas interessantes e inovadoras e que em maio chega aos seus 33 anos de existência na história da Comunicação Brasileira Impressa.
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